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1609 Words
Após o beijo me afastei procurando por fôlego, a respiração ainda era acelerada e Matthew se afastou. Como se fosse tão inapropriado aquilo, mas mesmo que fosse, não era culpa de nenhum de nós dois. - Preciso achar as meninas. - estava saindo quando ele segurou meu braço. - Espera. - nossos olhares se encontraram mais uma vez. - Podemos sair um dia desses? Só nós dois. - o encarei. - Um encontro? - burra! Porque perguntei isto. - Talvez. - ele sorriu e podia ver a malícia em seu sorriso. - Tá. - Meu Deus! o que eu estou fazendo? Sai à procura das meninas que ainda dançavam e meu coração ainda estava acelerado pelo que acabou de acontecer. Choraminguei mentindo que estava muito cansada e com dor para convencê-las a ir embora, como iriam dormir na minha casa, fomos direto. Tentamos fazer silêncio e cada uma foi para um banheiro. Tomei um banho, coloquei um pijama e me deitei, as meninas já estavam apagadas. Eu por outro lado, muito me revirei na cama, não conseguia tirar Matthew da minha cabeça, aquele beijo, foi tão… intenso. Não sabia explicar como ele mexia comigo, como ele fazia eu sentir borboletas no estômago e quanto as respostas involuntárias, também não. Acordei com as meninas pulando em cima da cama e dando diversas risadas. O sol já estava clareando todo o meu quarto e o dia provavelmente seria bem quente. Fizemos nossas higienes e descemos para tomar café, enquanto conversávamos sobre a noite passada e em seguida foram embora, pois tinham algum compromisso. Estava no meu quarto fazendo algumas atividades da faculdade, pois queria passar o resto do final de semana aproveitando ao invés de estudar. Minha mãe surgiu na porta com uma expressão de dúvida, sabia que algo que ela diria eu não iria gostar. - Querida, precisamos conversar. - ela debruçou-se sobre minha cama ao meu lado. Apesar de eu já ter 20 anos, minha mãe ainda era nova, cuidava tanto do seu físico e aparência que poderia dizer que tinha nem 30 anos. Minha mãe tinha cabelos longos e preto escuro, claro que ela pintava, pois era loira, era magra e bem definida, os olhos eram verdes como os meus. - O que houve? - a encarei. - Eu vou voltar com seu pai para os Estados Unidos, vou morar com ele lá. - Não posso deixar minha vida toda aqui. - resmunguei e ela sentou-se ajeitando sobre a cama. - Eu sei meu anjo. Mas, se quiser, poderá ficar. Desde que continue os estudos e se comportando. - riu. - Sério? Claro que ficarei, além do mais, Maggie irá ficar, né? - Sim, assim como Jeffrey e Alan. - sorri. - Ficará bem amparada e virei te visitar. - Porque vai morar com ele? - Ele precisa de ajuda, seu pai e eu nos afastamos muito - forçou um sorriso. - Tudo bem, vou sentir saudade - nos abraçamos. Acabou que depois disso, aproveitei ao máximo meus pais durante todo final de semana. Fizemos diversas coisas e deixaram bem claro que eu teria supervisão para que não ficasse nem sozinha ou desamparada. Com certeza iria amar morar sozinha, mas sentirei muita falta da minha mãe aqui, ela sempre foi tudo para mim. MATTHEW BELUCCI * Tinha apenas 26 anos, já era formado por uma certa obrigação do meu pai, em Direito. Meu pai era Hernandes, chefe da máfia aqui na França, claro que não me envolvia, pois sempre quis ter uma vida “normal”, mesmo que ele ainda acredite que um dia eu iria tomar conta de tudo. Meu pai tinha grandes negócios com um homem chamado Elijah, ao que parece era um grande magnata nos Estados Unidos e tinha muita grana, coisa que sempre chamava atenção do meu pai e ele estava fazendo uma viagem para realizar negócios com este homem. A França era meu lugar favorito no mundo, era onde eu me sentia perto da minha mãe que morreu quando eu era novo. Além da cultura, a comida maravilhosa e os lugares sofisticados, fora que os melhores perfumes se encontram aqui. - Matthew. - ouvi o som da voz rouca de uma mulher que conheci na noite passada, não lembrava seu nome. - Sim? - me virei e vesti a camiseta. - Levantou cedo. - passou as mãos pelo meu abdômen que ainda se encontrava à sua vista. - Negócios querida. - forcei um sorriso e meu pai entrou no meu quarto. - A porta existe para que? - o encarei. - Mais uma transa casual Matthew. - riu sarcástico e a mulher saiu. - Não sabia que já tinha voltado, o que quer? - voltei a me vestir e ele se aproximou da janela olhando a cidade. - Precisamos conversar. - saiu do meu quarto e o acompanhei, sentamos na mesa para tomar café. - O que quer conversar? - Preciso de você. - o encarei. - Sabe que não me envolvo nos seus negócios. - Dessa vez você vai! - ordenou. - Vai se casar com a filha do Elijah. - Não vou me casar, ainda mais com uma adolescente. - ele bateu na mesa e suspirou. - Ela está na faculdade. - o encarei novamente e ele me olhou. - Elijah só vai aceitar fechar o negócio se unirmos a família. Família é algo sagrado para ele de alguma forma. - E vai me usar para isso? - Farei o que for preciso, se casar com ela, deixarei você em paz e não vou obrigá-lo a cuidar da máfia quando eu me for. - era uma proposta muito boa. - E quando irei me casar? - perguntei da forma mais desdenhosa. Era a coisa mais i****a que iria fazer e ainda mais com uma garota jovem. - Você irá voltar para Grécia. - o encarei. - Vai dar aulas na universidade em que ela estuda e fará com que ela se apaixone por você, Elijah já preparou o contrato e fará a filha assinar sem que saiba. Após, vai lhe encaminhar e pronto. - Terei que me submeter a virar um mero professor de universidade, mentir para um adolescente e ainda viver minha vida inteira num casamento arranjado sem vontade de ambas as partes? - gritei. - Vai, a menos que queira comandar a máfia. Suspirei forte e subi para meu quarto novamente, nunca havia pensado em me casar, ainda mais com alguém que nunca havia visto em minha vida. E sinceramente, como eu iria largar minha vida de solteiro, de festas e transas casuais com mulheres que não tinha que nem lembrar o nome para casar. O pior na história é que teria que deixar a França, o único lugar no mundo que eu jamais pensei que teria que abandonar, mas com certeza seria por pouco tempo. Fiz as malas e peguei o jatinho particular do meu pai para voltar à Grécia, a casa que tínhamos lá continuava da mesma forma que me lembrava, enorme e vazia, a última vez que estive aqui foi em umas férias escolar com minha mãe, nunca mais voltei depois. Os empregados já estavam lá organizando tudo, havia muitos seguranças do meu pai e resolvi usar um dos escritórios para trabalhar. Assim que recebi o contrato do meu pai quanto ao casamento, assinei e encaminhei de volta. Aproveitei para procurar pela tal Malia BeLove, porém todas suas redes sociais eram privadas, mesmo que só no i********: tivesse mais de 50 mil seguidores e a foto do perfil tinha três meninas, não dava para saber qual delas era ela. Podia até ser egoísmo da minha parte o que eu iria fazer, mas para conseguir o que queria, teria que ser assim. O primeiro dia de aula naquela universidade teria que dar aula de Direito Empresarial, Administrativo e Internacional, pelo menos eram as áreas que eu trabalhava e não seria tão h******l assim. Cheguei cedo e comecei a escrever no quadro toda a aula, enquanto os alunos iam chegando, claro que ouvia todos os cochichos das universitárias sobre mim, mas ignorei, não eram meu tipo. Assim que me virei para dar início a aula, a turma estava cheia e não tinha nenhum lugar sobrando, logo vi as três meninas do perfil da Malia, eram bonitas, mas a garota da pele clara, cabelos castanhos e olhos verdes vivo chamava muito atenção, percebi quando ela começou a morder a caneta de forma excitante e cruzou as pernas. *** Malia mexia muito comigo, ver ela na festa na casa do pai com aquele vestido curto e as costas abertas, foi quase impossível não agarrá-la e f***r com ela. Na festa do Deck, não contive a tentação de ver ela e a beijei, ela beijava bem e me causou uma sensação digamos que estranha. Assim que voltei para casa, tive que me aliviar com uma mulher qualquer daquela festa. Na segunda não tinha aula cedo, então aproveitei para correr, voltei para casa, troquei de roupa e fui para a universidade. Peguei um café e entrei na sala, que já estava enchendo de aluno, Malia estava conversando com um garoto, vestia um vestido colado que dava perfeitamente para ver todas as suas curvas e como ela tinha a b***a e os p****s de um tamanho perfeito para seu corpo, desviei o olhos e respirei fundo quando percebi que estava ficando duro. As aulas que dei durante a semana tentei ao máximo evitar contato com os olhos com a Malia, ela não pareceu se importar. Alguns momentos a cuidava de longe e ela conversava com bastante pessoas, assim como ia muito à biblioteca e lia quase que um livro novo por dia.
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