03

2039 Words
MALIA BELOVE * Na segunda meus pais foram embora e eu fui para universidade com o melhor vestido casual que eu podia escolher no guarda-roupa. Sim, eu iria provocar o Sr. Matthew Belucci. No fim, a semana toda quase Matthew me evitou, até mesmo evitando trocar um olhar sequer comigo, na quinta entreguei um trabalho que ele nem mesmo olhou no meu rosto ou ver que era eu quem entregava. Na sexta, as meninas foram para minha casa e passamos a noite assistindo filmes e comendo bobagens que Maggie pediu aos empregados para prepararem. As meninas estavam dormindo quando senti meu celular vibrar, era mensagem de um número desconhecido, logo perguntei quem era e respondeu Matthew. Claro que fiquei me perguntando como conseguiu meu número, mas paralisei quando ele mandou dizendo que me buscaria às 19 horas no sábado para o tal jantar. Acordei no dia seguinte atordoada quando lembrei da mensagem, quem ele pensa que é, passou a semana toda me evitando na faculdade e simplesmente lembra de um convite que me fez quando eu estava bêbada em uma festa. Tomei um banho e vesti uma roupa confortável, as meninas já estavam tomando café. - Bom dia. - disseram juntas. - Bom dia meninas. - sorri. - Nem sabem. - Elas me encararam curiosa. - Tenho um jantar hoje. - Um encontro? - pulou Emily de alegria. - Ana eu falei jantar. - Aposto que é com o professor gostosão. - disparou Katy com um sorriso malicioso. - Sim, mas não sei se devo ir. - as duas me encararam incrédulas. - Como assim? - Emily perguntou. - Ele é nosso professor. É estranho. - É gato, novo e como você disse, beija muito bem. Amiga aproveita. - disse Katy. - Vamos ver. - sorri. Terminamos o café e resolvemos ir ao shopping fazer compras, Alan fez bastante esforço para que coubesse todas as compras dentro do porta-malas do carro. Alan era o motorista que me levava aos quatros cantos da cidade. No caminho largamos as meninas em suas casa, com a Emily me intimando a ir no tal jantar com o Matthew. Cheguei em casa e Hank já veio choramingando querendo passear e eu fui. Caminhamos desta vez por pouco tempo e próximo de casa, voltei e subi para o quarto, analisei todo o closet e não sabia o que devia vestir. Fiz chamada pelo FaceTime com as meninas para que me ajudassem a escolher. - Vulgar e p**a. Não - gritou Katy analisando minha roupa. - Concordo com a Katy - gritou Emily. - Coloca aquele vestido branco que compramos hoje. - disparou. - Não acha ele muito festivo para um jantar? - Fiz uma careta. - Claro que não. - Veste. - ordenou Katy. Coloquei o vestido, ele era bem justo até a cintura e soltinho como se estivesse usando uma saia, um pouco rodado, todo branco e as alças eram caídas. Realmente tinha ficado bem em mim e avantajado não somente meus p****s como o bumbum. - PERFEITO. - gritou as duas. - Coloca aquela salto prata brilhoso ou o preto, vai ficar lindo. - falou Emily. - Tá bom, vou me arrumar e mandar foto pra vocês. Tchau, amo vocês. - Aproveita amiga, te amo. - desligou Katy. - Aproveita Malia, só não faça nada que ache que não esteja pronta. Amo você. Sei que ela estava falando sobre eu ser virgem e, não, não estava me guardando para alguém especial, eu acho. Apenas nunca conheci alguém sequer importante ou que mexia comigo, nunca namorei, acho que era muita literária e procurava por algo como Liz Bennet e Mr. Darcy, um toque dizia mais do que palavras. Tomei um banho e fiz uma maquiagem um pouco discreta, nada exagerado e coloquei o vestido, sequei os cabelos e prendi somente a franja para trás. Calcei o salto e o preto havia ficado perfeito, mandei a foto para as meninas que super me elogiaram, Maggie gritou do andar de baixo e desci, Matthew vestia um paletó preto, estava perfeito. - Você tá muito bonita. - sorriu. - Você também. - sorri. - Maggie pode dispensar todos, tiram uma folga o resto da noite. - sorri. - Claro, Sra. BeLove, irei dispensar o pessoal. - sorriu e se retirou. - Vamos? - perguntou Matthew e eu apenas acenei. Entramos no carro dele e ele não quis dizer aonde iriamos. Paramos em frente a uma casa enorme, muito linda por sinal, me perguntei como nunca havia notado ela, tinha algumas luzes acesas, notei que era a casa do Matthew. Ele me conduziu para dentro e era até que parecida com minha casa, havia um deck na parte dos fundos da casa, dava para ver o pôr do sol de lá, o mar, era uma vista muito melhor que da minha casa. - Depois que me fez ver a vista da sua casa, pensei que deveria ver a minha. - me alcançou uma taça de vinho. - É lindo. Deve ser maravilhoso assistir todos os dias o pôr do sol aqui. - olhei e ele parecia encantado com a vista. - Sim. - suspirou. - Mas é a primeira vez que olho depois de muitos anos. - o encarei novamente sem entender. - Por que? - Vamos jantar? - pigarreou. Jantamos ali no deck, Matthew me perguntou sobre quase toda minha vida, que não era nada interessante, tanto que nem parecia entreter ele. O acompanhei para pegarmos mais vinho e estava escuro já, a lua que iluminava o céu e o jardim do Matthew era bem organizado. Acabei tropeçando e virando vinho no meu vestido. - d***a. - disparei e Matthew se virou. - Calma, tem uma máquina lava a seco que vai tirar o vinho. Te empresto uma camisa. - parabéns Malia, a situação ia ficar bem constrangedora. Ele me alcançou a camiseta que ficou como vestido em mim, tirei o salto e fiquei de pés descalços mesmo. Ele me conduziu até a lavanderia e colocamos meu vestido para lavar e ficamos lá esperando. - Sou uma desastrada mesmo. - resmunguei e ele riu. - Acontece com mais frequência do que pensa. - sorriu e p**a que pariu que sorriso que me desmontava. - Quando vai me contar sobre aquela aliança que usava? - ele riu e puxou um colar do pescoço que pendurava a aliança. - Ainda uso. - parou de sorrir olhando a aliança. - Era da minha mãe. Uso desde que ela se foi, e também ajuda quando algumas mulheres querem se jogar em cima de mim. - rimos. - Matthew… - o puxei para um beijo. O homem mexia totalmente com meu psicológico, eu queria muito abraçá-lo, beijá-lo e viver naquele momento. Queria esquecer que ele era meu professor, alguém que eu muito pouco conhecia, só viver naquele mar azul que eram seus olhos. Ele desceu as mãos até minhas coxas e puxou para seu colo me colocando sentada sobre a máquina. Pude sentir seu m****o totalmente ereto e louco para se soltar dos panos que o prendia, ele subiu a mão por baixo da camiseta que estava usando até meu s***s e começou a massagear e a outra parou em cima da minha calcinha, quando ele tentou ir mais afundo eu segurei seu braço e ele se afastou parando de me beijar. - Mat… - suspirei, pois precisava de fôlego. - O que houve? Tudo bem? - ele olhou nos meus olhos e pareceu entender. - Você é virgem? - aquilo saiu quase como uma piada da boca dele. - Você acha que eu sou o que? - o empurrei e desci de cima da máquina. - Espera Malia, eu não quis… - me virei o encarando. - Não quis dizer o que? É uma escolha de cada um Matthew e sinto muito, eu escolhi não sair dando para qualquer um. - senti o rosto dele ficar vermelho, mas parecia ser de raiva. - P***a Malia. Somos casados, sabia? - que tipo de louco Matthew era? O encarei sem entender. - Que m***a é essa Matthew? Acho que me lembraria de um casamento, principalmente do “sim”. - Fiz aspas com os dedos. - Seu pai fez um acordo com o meu para fecharem um negócio que tínhamos que casar. Eu só aceitei porque fiz um acordo com meu pai, para conseguir o que eu queria. - Você está me usando? - meus olhos se encheram de lágrimas. - Seu pai também está lhe usando. - Ele nunca faria isso. - as lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. - Ele fez. Você não assinou nada para ele antes de ele voltar para os Estados Unidos? - Lembrei de assinar uns papéis para ele, mas não, meu próprio pai não seria capaz. - Pois é, ele usou você em benefício dele. - E você para o seu. - cuspi aquelas palavras em seu rosto e virei as costas. Ele me seguiu e não queria me deixar ir embora daquele jeito e muito menos sozinha. A ponto de me carregar em seu ombro até um de seus carros e me levar para casa. Assim que chegamos, desci batendo a porta e subi para meu quarto. Não podia acreditar que meu pai me usaria dessa forma, acabaria totalmente com meus sonhos e minha própria vida dessa forma. Foi a forma mais suja que ele já me usou. Matthew também me usou, e era óbvio, nunca que um homem como ele gostaria de mim. Passei o domingo inteiro trancada em casa, não queria ver ninguém e nem conversar, estava com tanta raiva do mundo. Eu estava gostando de verdade do Matthew e se eu claramente fosse usada, eu nunca iria conseguir um divórcio, não enquanto meu pai tivesse todo esse “poder” sobre mim. Vesti uma saia jeans, uma blusa soltinha e um tênis, fui para a faculdade que já estava atrasada. A primeira delas foi um saco, era contabilidade e eu odiava essa parte, só teria aula com o Matthew nas duas últimas. Sentei com o Greg, um amigo que era bonito até e sei que ele sempre foi apaixonado por mim, mas não o via dessa forma, quando vi que a forma como agia com o Greg estava incomodando Matthew eu não podia parar por ali. - Senhorita BeLove. - estavam todos saindo da quando Matthew me chamou. - O que foi? - me aproximei da sua mesa. Todo mundo já havia saído. - Acha que não percebi o que está fazendo? - me encarou. - Não faça de desentendida. - Não sei do que está falando. - me virei e ele me puxou pelo braço, nossos corpos se chocaram e aquilo me causou um arrepio até a nuca. - A Malia. - sussurrou no meu ouvido e com certeza, me derreti naquilo. - Não provoca. Ele se afastou e eu quase corri para fora da sala, o homem sabia o que fazia comigo. Fui para casa e fiquei o resto do dia quase no jardim lendo um livro. Não sabia o que iria fazer a respeito de tudo que estava acontecendo na minha vida, quais coisas mais meu pai faria comigo sem que eu soubesse e se minha mãe sabia de alguma dessas coisas. Subi para o quarto depois do jantar e fui tomar um banho, precisava relaxar um pouco. Vesti uma lingerie e fui procurar meu creme antes de vestir o pijama e pulei em um susto quando vi Matthew encostado na minha penteadeira. - O que faz aqui? - ele vestia um paletó diferente do que usará durante a aula. Tinha um olhar malicioso sobre todo meu corpo, o que fez meu rosto ficar vermelho. - Ah. Sei lá Malia. Só cansado de te assistir de longe e não há ter. - Eu o encarei.- Transas casuais não tem mais me satisfazido. - ficou louco? mas eu o queria, e muito. - Quer dizer que não transa mais? - ri sarcástica e ele me fuzilou. - Isso é uma coisa que faço muito. - engoli seco. Ele se aproximou e enquanto eu dava passos para trás até ficar prensada na parede. Sabia que no momento que ele se aproximasse, eu estaria rendida a ele, como uma submissa.
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