capítulo 6

1653 Words
Sófia entrou no carro, e Otávio veio a seguir, o motorista iniciou a marcha. A jovem olhava para os lados procurava ver algum sinal dos gangstars, queria tanto contar para a Preta, porém o medo era mais forte, só de lembrar o estado em que aquele jovem estava na noite passada, lhe perturbou, não queria terminar como ele. — Sofi, o que há contigo afinal?— questionou Otávio, e ela pode perceber que ele tentara a muito conversar com ela, mas a distração a tomou para o espaço. — Desculpa, estou a pensar em tudo o que aconteceu, estou abalada, ficar sem dinheiro é realmente uma tortura.— Justificou Sófia. — Mesmo assim, há algo que não entendo, você não é de beber até se afastar das tuas amigas.— Acrescentou Otávio, ele conhecia muito bem sua irmã afinal era sua gémea. — Por favor Otávio, já ouvi o suficiente essa manhã, pensas que a vinda do papá só abalou a ti? A mim também, o facto de eu não expressar rancor não significa que não mexeu comigo. Ele é meu pai, perdi a mamã, sabe-se lá se esta não é a ultima vez que nos avistamos, é também nossa oportunidade de realmente saber o que de facto aconteceu. — Declarou Sófia, de forma dramática e empatica, esse era seu super poder. — É muito comovente o que falou, a mim não me compras com esse drama, não esqueça que eu sou teu gémeo, e há sim alguma coisa que escondes. Até logo.— Disse Otávio, a preparar- se para descer uma vez que chegara ao instituto, diferente de sua irmã ele estava no ensino técnico, a sua inteligência era demais para o colégial. Assim que Otávio chegou ao seu destino, o motorista continuou com marcha com destino ao colégio de Sófia, entrou no célular dela uma chamada, congelou pois não reconhecia o contacto, passou pela cabeça dela que se calhar fossem os gangstars. Pela insistência acabou atendendo para poder sair das dúvidas. —Alô....— atendeu receosa. — Meu amor, precisamos nos ver, não consegui dormir com o susto de ontem.— suspirou de aliviou ao escutar a voz de seu pai. — Me desculpe papá, prometo que não vai se repetir. — Disse ela melancólica, não queria ouvir mais bronca naquele dia. — Tudo certo meu amor, eu só quero te ver hoje, o que acha na hora do almoço quando sais do colégio? — Seria perfeito, só preciso avisar a Ma'am, é que estou de castigo.— confessou. — Certo, até logo meu amor. Esta fora a única conversa curta e amigável que tivera naquela manhã, levantou o seu astral. Assim que desceu do carro não parou de olhar para os lados desconfiada enquanto andava para o recinto do colégio. Uma palmada no ombro a fez dar um pulo de susto, ao escutar a risada estridente acalmou. — O que você tem? nunca te vi assim.— Comentou Nadja com os olhos bem abertos. — Não tem graça Nadja. — Disse Sofia e contiunou a andar com os passos bem apressados. — Para sofi! o que você tem?— Questionou sem entender o seu comportamento hesitante. — Ahm hoje quer saber o que tenho? Faz me um favor saia da minha frente garota, Ma'am tem razão sou facilmente manipulável, eu não devia ter te escutado, você estragou a minha vida— disse sofia revoltada, e empurou Nadja para trás de tal maneira que ela perdeu o equilíbrio, Sófia continuou o seu percurso não olhara para trás. [...] Sua respiração estava ofegante, estava desitratado, fazia um dia que não via a luz, estava amarrado dos pés a cabeça, para além das ameaças de seu colega que também estava preso naquele lugar, escutara os pingos de água vindo provavelmente de um tubo qualquer. Embora tivesse levado uma boa surra por ter salvo a garota não se arrependera de nada, se for para morrer que seja por honra — Finalmente está vindo alguém— Disse Zeek, aguardava pelo julgamento. na noite passada após informar o sucedido ao Discípulo que era quem estava a cima deles antes do Capitão que era quem dava as ordens ao Discípulo. O estrondo da porta confirmou as sugestões de zeek, removeram os panos das cabeças dos dois jovens. A luz florescente incidiu directamente na vista deles que já há muito que já não estavam familiarizados. Lancelot visualizara a figura forte e rigida do Discípulo, um homem musculado, era tatuado da cabeça ao pescoço. Enquanto que o Capitão estava com o rosto coberto pela mascara de tigre. — Discípulo o que estes dois fizeram?— Perguntou ele se acomodando no cadeirão que trouxeram os seus protocolos. — quebraram a regra n°5 da família, que é não cumprimento de uma tarefa.O objectivo era eliminar uma testemunha, eles não eliminaram a deixaram viva. zeek era responsável pela tarefa, entregamos o novato para auxiliar. — descreveu o Discípulo. —Zeek o que tem a dizer em sua defesa? — Indagou o Capitão. — Capitão, conhece-me perfeitamente eu jamais deixaria rastros, fui emboscado pelo novato, deixou a testemunha fugir. — Declarou Zeek, naquele momento Lancelot tinha a certeza que era chegado o seu fim, seria com honra pensou ele. — Lancelot, escolha muito bem as suas palavras porque desobedecer ordens superiores é punível.— Acrescentou o capitão olhando para ele. — o meu superior queria estuprar a jovem, e não elimina-la. Pesquisei sobre a jovem, descobri que é herdeira de Vale Douro, achei mais sensato fazer me passar por heroi na frente dela, e assim facilmente a posso manipular, além do mais ela não faz ideia de quem somos, apenas sabe de mim entreguei o meu rosto.— Disse Lancelot, o que ele fizera de forma espontânea fez parecer arquitetado. O capitão ficara em silêncio, e isso perturbou a todos que ali estavam pois fora um longo silêncio. — Saiam todos, levem o zeek também, quero ficar apenas com o Lancelot— Ordenou o Capitão e todos ficaram pasmados. ficaram apenas os dois. —Lancelot, qual é o teu sonho?— perguntou o capitão. — Terminar o meu curso, eu estou em uma universidade privada, a minha avó sacrificou os seus anos de popança para que eu pudesse estudar. estavamos convictos que este ano eu conseguiria bolsa completa graças ao meu desempenho, porém minha avó adoeceu e perdi um semestre, não tenho como fazer o próximo semestre.— Confessou Lancelot. —Que curso estás a fazer?— Perguntou o capitão. — Engenharia Mecânica. — Engenheiro Lancelot, quero propor-te um outro tipo de trabalho para ti. É muito jovem talentoso e bem parecido.— Declarou o capitão. — O precisa que eu faça?— Questionou Lancelot ansioso. — que conquiste o coração da Herdeira de vale Douro. e no momento certo direi qual será o próximo passo o que me dizes? — É só isso ?— perguntou Lancelot incrédulo, estava convencido que não seria uma tarefa difícil. —É só por agora, isso significa que não fara mais os trabalhos que os outros tem feito, a sua faculdade será paga, apenas precisa se concentrar na herdeira de Vale Douro.— Declarou ele. —Perfeito, eu aceito capitão a farei comer na minha mão.— Disse Lancelot convicto que a tarefa será executada com perfeição. — Certo meu caro jovem, vou manda-lo soltar, e que lhe providencie um cartão de crédito vai precisar. — Declarou o capitão. Lancelot estava sossegado, e convencido que faria tudo perfeito. Conforme lhe prometeram fora solto.Quando estava prestes a sair Zeek lhe interpelou. — escuta garoto, eu estou de olho em ti. Não me interessa saber que agora és o protegido do Capitão, vou encontrar algo e destruir-te.— Ameaçou zeek, com a mão na cabeça a segurar o gelo para aliviar a dor da pancada. Lancelot não atreveu-se a responder, ele já tivera o conhecimento que todo aquele que agradar ao capitão era um homem protegido. Levaram-no directo para casa essa era uma das regalias. quando chegou ao seu bairro, a ansiedade para ver sua vovó crescia pois faz um dia que não lhe dá sinal de vida. Bateu a porta pois perdera as chavés quando levou a surra. sua avó abriu a porta, e olhou para ele minuciosamente, a velha de cabelos grisalhos, com sua mão rugosa atreveu-lhe a dar uma bofetada no rosto. —Lance, onde esteve ? e porque está nesse estado?— indagou enruguecendo o rosto que já era coberto de rugas. —Trabalhando, e vou retomar a faculdade e pagar os teus remédios— Declarou com u sorriso de júbilo. ela afastou se da soleira da porta velha que carência de manutenção e deixou-lhe entrar e fechou a porta, não queria que na vizinhança escutassem a conversa. — Rapaz, o que andou a aprontar? quem são aqueles homens que te trouxeram? — vovó, eu estava trabalhando, aqueles homens trabalham comigo.—respondeu Lancelot trémulo. — me contas envolvido nas drogas? eu sou velha mas não sou estupida e burra, não ofenda a minha inteligência, em que estas envolvido Lancelot Mayer?? — Indagou novamente, e apontou lhe com o dedo no rosto. —Vovó, eu juro que não estou envolvido nas drogas, eu tenho que cuidar da segurança de uma patricinha, apenas isso. Estou a sim porque a tentaram estuprar e eu a salvei, por isso fui promovido, e meu chefe prometeu que pagaria as propinas da faculdade. — Declarou com os olhos cheios de lágrimas. —Espero que seja mesmo isso, não vou suportar te perder também, eu prefiro ficar de baixo da ponte do que te ver envolvido com bandidos.— Afirmou a velha, olhando para o péssimo aspecto do jovem a sua frente. — vá tomar um banho e cuidar dos seus machucados, estas com péssimo aspecto. o café te espera na mesa.— disse ela, e ele deliberadamente deu um beijo na face do rosto da sua velha.
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