Preta, a Governadora

capitulo 4

Preta passara a noite toda em claro pensando em como iria corrigir o sucedido. quando chegaram a casa Sófia estava dormindo, e esse foi o motivo para que a presença de Vagner não se alonga-se na casa, prometeu que no dia seguinte voltaria.

Se não fosse ao café amargo, estaria sonolenta embora estivesse com as pálpebras pesadas, apesar do peso que sentia de cansaço não deixara de abusar de um salto vermelho 30cm, e trajava calças pretas de cintura alta da marca zara e um blazer curto da mesma cor.

Com a caneca de café na mão, estava com os olhos fixados a janela de seu escritorio, que oferecia a bela vista do jardim exuberante da mansão.

A sua atenção é roubada com o som da porta que anunciou a chegada dos três irmãos. Otávio estava com péssimo aspecto, estava evidente pelo inchaço e marcas no rosto que com um estalar de dedos acabaria no chão de sono, diferente de sua irmã gémea que o aspecto era agradável, com os cabelos castanhos volumosos que se exibiam em caracol. Luís Felipe não deixara os últimos acontecimentos afectar a sua aparência estava impecavel no terno italiano slim fit maron que evidênciava os seus braços trabalhados.

— Espero que tenham tido uma óptima noite. — Introduziu Preta, e os três entre olharam-se, o pavor estava evidente nos seus rostos .

— Em um só dia aconteceu tanta coisa. Tanto como vocês também fui surpreendida, percebo que estão passando por uma fase difícil, quero que saibam que farei todos os possíveis para que nada e ninguém roube-vós a paz.— Acrescentou Preta num tom solene, de tal maneira que os irmãos ficaram aliviados, esperavam bronca acompanhada de castigos.

— Ma'am, eu te amo muito.— Declarou Sófia com os olhos de gato, aquele era o momento de adora-lá

se não fosse pela a secretaria que os separava, se atreveria a abraçar a Preta, tudo com a intenção de faze-la esquecer os últimos acontecimentos

— Nós te amamos muito...— Disseram em uníssono , Otávio e Luís Felipe. perceberam que aquele era o momento de bajula-la

— vocês são a minha vida.— Declarou Preta com o mesmo tom de voz baixo e solene , era raro expressar as suas emoções. Não era por acaso que a temiam, conheciam mais o seu lado mecânico

— Quero pedir que tratem o vosso pai com todo o respeito que ele merece. Não é por ele, é por vós mesmo, não estou a pedir que o aceitem para a vossa vida, isso acontecera gradualmente claro se houver a******a. vamos evitar discussões e rixas, entendido Luís Felipe, Otávio?? — Otávio abanou a cabeça em jeito de aceitação.

— Ma'am, eu não sou fingido, se ele te desrespeitar, não deixarei impune, disso pode ter a certeza. — Expressou Luís Felipe sem esconder a amargura, ele tinha um temperamento igual a seu pai, fora o que constatou Preta após escuta-lo.

—Eu sou uma mulher crescida, e sei muito bem me defender e quando atacar. Acate somente as minhas recomendações, e não teremos conflitos. — Disse de forma feroz, não parecia mais a mulher sentimental.

— Está certo Ma'am — Disse Luís Felipe revoltado, sabia que discutir com Preta era comprar guerra.

— Ahmm , e outra coisa, teremos algumas mudanças o vosso comportamento de ontem mostrou que ainda precisam muito de zelo, e colo, não passam de miúdos riquinhos mimados. Claro nunca estiveram sobre pressão. — Preta despejou toda a fúria contida. fez uma pausa, e olhou para os rostos deles que estavam cabisbaixos, queimando de medo

— Sófia estas proibida de sair com a Nadja, uma vez que provou que é facilmente manipulável, vou cortar também o seu cartão de crédito, se quiser beber vai comprar com o dinheiro do teu suor, serve também para você Otávio, já que insistem que são maiores de idade. vão trabalhar e comprem bebida com o vosso dinheiro. O motorista levar-vos-a do colégio para casa na companhia dos guarda costas, nada de festas noturas enquanto forem menor de idade. saiam da minha frente. — Declarou Preta e eles ficaram encolhidos. sairam de sua frente tal como ela ordenara.— ahm Luís Felipe, espere— disse ela, e os outros bem abatidos foram.

— Ma'am...— Falou Luís Felipe receoso, a tentar puxar pela memória o que tivera feito de errado, afinal era o único que não recebera sanção.

— O teu estágio inicia hoje, quero lembrar-te que terá o mesmo tratamento que qualquer outro estagiário. Não adianta usar a tua posição para ganhar algum previlegio, qualquer infracção será sancionado como

qualquer outro funcionário da empresa. — declarou Preta, Luís Felipe apenas acenou.

Assim que Luís Felipe saiu do seu escritório, discou o número de seu homem de confiança.

—Toledo, tem novidades sobre o homem?— perguntou ela, encostou se na secretaria.

—Ele está no país recibe a confirmação a pouco, Ma'am, e acredito que tem haver com a confusão na boate.— contou Toledo, dirigindo em direção á empresa.

— Como assim? — Indagou Preta incrédula.

—Apreciei as cassestes da boate ontem quando procuravamos por Sofia, e vi um dos homens dele, reconheci pelo símbolo de tigre nas máscaras. E tem mais Ma'am, o jovem atacado, é filho do CEO da Empire.— Declarou Toledo com os olhos atentos na estrada.

— Não acredito, o filho de Marco Stefano?? Sério?— ficou perplexa com a notícia.

— é real Ma'am, o que faço?— Questionou Toledo.

— Continua procurando o homem. Eu vou fazer uma visita ao garoto no hospital quem sabe assim eu descubra alguma coisa a respeito. Não consigo acreditar que o garoto esteve envolvido com a mafia ou então aquilo podia ser um aviso para Marco Stefano.— Cogitou.

— Assim farei maam.

O passado estava tão presente, que muito pouco podia-se esperar do futuro. Aquele era o momento de colocar o passado no lugar que jamais deveria ter saído. Não via a hora de estar frente á frente com aquele homem e faze-lo sentir toda a dor que a fez passar.