A MORTE DA PEREIRA
Amazonas, Brasil, ano de 2018. Já chegava a quase um século, depois que aquela mulher encurvada e de expressão amedrontadora, tinha sido amaldiçoada a se transformar em um pássaro enorme e sobrevoar as casas dos moradores de Manaus, apenas para não ficar sem fumo. E encontrar alguém que queira ficar no lugar dela, por livre escolha era a quebra daquela terrível maldição.
Um dia, enquanto o sol escaldava os amazonenses e ela ainda era uma senhora vestida com trapos, começou a caminhar pelas praças, perguntando: “Quem, quer? Quem, quer”? Uma jovem mãe chamada Shirley, cuja filha única era estudante do colégio militar, que não conhecia a maldição, ao ver aquela velha maltrapilha, pensou em se tratar de alguma mendiga que havia perdido a sanidade.
Shirley, por brincadeira, para ter algum destaque entre as outras mães presentes e em tom de deboche, disse que queria. E desse dia em diante a velha morreu misteriosamente, se transformando em ** por causa da idade e a jovem mãe nunca mais apareceu, pois se tornou a nova Matinta.
A família procura até hoje por Shirley, que fora vista pela última vez, sentada em frente a um televisor no meio de uma tribo indígena, assistindo ao Circo Psicótico via TV à Cabo e as histórias macabras do Palhaço Taquicardia. Histórias assustadoras, que prometem revelar qual é o apito que o cacique toca.
O SOM DO MEDO
Foi uma festa comemorada com fogos, além da imprensa local e nacional, estar toda presente. O motivo? Simplesmente a inauguração da primeira escola ecologicamente sustentável californiana, com paredes, portas e janelas todas feitas com madeira de árvores reflorestadas.
Mas apesar da alegria política e educacional, ativistas de todas as áreas do estado, estavam descontentes, pelo fato do governador ter gasto dinheiro que eles julgam como desnecessário, com um prédio feito com recursos auto-sustentáveis. E para provar que o projeto era falho, meses depois, um grupo de ativistas ecológicos mais radical, trancou todas as saídas e ateou fogo na escola durante o horário de aula.
Como a madeira era de pinho, por ser mais barata e resistir a chuva, o fogo se alastrou rapidamente pela escola, não dando para que todas as crianças se salvassem e muitas acabaram morrendo, tendo seus corpos carbonizados. Do lado de fora, as pessoas que conseguiram sair entraram em pânico, pois ouviam os gritos de dor das crianças sendo consumidas pelas chamas. O desespero daqueles pais e mães ecoou por todos os cantos do mundo.
Os bombeiros chegaram há poucos minutos, mas não conseguiram evitar a tragédia, mesmo usando todos os recursos que tinham. Uma sensação de decepção tomou conta daqueles homens, que fizeram de tudo, mas não conseguiram ser mais poderosos do que a morte, que os observava ao longe, tal como o mármore: branca, dura e fria.
Meses após os enterros e as honrarias, foi erguida uma nova escola autossustentável, dessa vez de alvenaria no lugar de madeira. Mas o novo prédio, aos poucos foi sendo abandonado por alunos, professores e funcionários. Isto porque toda vez que o vento entrava nas salas, ele vinha junto com os gritos de dor das crianças mortas.
O BAILE VODU
Sexta-feira 13, meia noite, estado do Texas. Em uma fazenda isolada do resto do mundo, lá onde a modernidade ainda não conseguiu chegar, uma festa está prestes a dar início. Os músicos, com medo de tudo o que estavam vendo, mas que foram muito bem pagos, estão de prontidão, esperando a ordem para começar a tocar. Os convidados, todos vestidos de preto e encapuzados chegam, cumprimentando uns aos outros com sinais e gestos oriundos de alguma seita ou religião desconhecida.
O mestre de cerimônias aparece também de preto, encapuzado e usando um enorme pentagrama no pescoço. Ele dá uma ordem aos convidados e manda-os trazerem as jovens mães que foram preparadas para a festa. Eram jovens mães que foram sequestradas pelas estradas, quando deixavam seus filhos e filhas nos orfanatos e nas escolas do estado texano, que foram devidamente arrumadas para a ocasião. Elas são trazidas amarradas, amordaçadas e de olhos vendados.
O mestre de cerimônias pega uma faca modelo nórdica e uma a uma, vai cortando os pescoços das jovens mães tranquilamente, enquanto os convidados ao redor recitam palavras antigas, dando início a um ritual macabro, voltado à prosperidade, riqueza e poder. O sangue delas é colhido em bacias e misturados a várias garrafas de vinho. Após isso, seus corações são retirados e, no lugar deles são colocadas estrelas brancas, feitas de ossos de bode.
O mestre de cerimônias recita palavras mais antigas quanto às que seus convidados haviam acabado de recitar e ordena que os músicos comecem a tocar. As jovens mães mortas se levantam, começam a dançar e o baile tem início.
O PRAZER DO NOVO
Praia, jovens bonitos, bebida e um violão: o luau perfeito para aquele grupo de mães turistas que pisava nas areias de Santa Mônica, pela primeira vez. Eram belas mães solteiras de quarenta anos, de corpos perfeitos, curtindo jovens sarados, com os hormônios à flor da pele, contratados para entretê-las. Todas ali desejavam o desconhecido, o novo e o que sempre vem, principalmente porque seus filhos estavam todos nas faculdades e não lhes dariam trabalho algum, por muito tempo.
Música rolando, baladas de Ben Harper e j**k Johnson embalando as almas, bebidas fazendo efeito e casais se formando. A noite aos poucos ia ficando cada vez mais quente, se não fossem por elas: belas jovens que chegaram todas molhadas, como se estivessem nadando no mar durante dias. Elas disseram que do mar conseguiram ouvir a música do luau e começaram a segui-la até aquele grupo de mulheres maduras e jovens.
O pessoal achou estranho, aquelas jovens surgindo assim, do nada. Mas o efeito das bebidas somada à beleza hipnotizante daquelas ninfas que aparentavam todas terem entre dezoito e vnte anos, fez com que todos decidissem por unanimidade, que elas podiam ficar. E esse foi o maior erro daquele grupo de mulheres aventureiras da liberdade.
Quando a lua anunciou que eram três da madrugada, as jovens assumiram formas grotescas tão terrificantes, que os demais presentes, só de olhar, congelaram seus corpos até a morte, com uma expressão de puro terror em seus rostos.
Elas, famintas, aproveitaram e devoraram as carnes de todos os presentes, deixando na beira da praia, apenas carcaças ocas, do que um dia foram pessoas.
SAMANTHA
Ela era uma garota cuja autoestima fora destruída por sua própria mãe, que a tratava como lixo humano. Isso sem contar os seus supostos amigos, que inventavam mil teorias sobre ela e principalmente por amores platônicos não resolvidos, devido à sua timidez e sua falta de coragem para se declarar e tomar as atitudes certas.
Um dia, fora obrigada a visitar a esposa de um falecido tio. Enquanto estava na casa dele, passou por um espelho que estava coberto por um pano preto. Curiosa, descobriu o pano e, ao olhar o próprio reflexo, viu todas as pessoas que a tinham maltratado nessa vida.
Ela também viu sombras de entidades e principalmente, viu a figura de seu tio falecido. As entidades disseram que ela poderia fazer o que quisesse para se vingar deles, em troca de um sacrifício de sangue na frente do espelho.
Ela não sabia que esse dia chegaria. Ali estava à resposta para todas as suas lamentações, mas ela ainda tinha medo do que poderia acontecer. Porém mesmo assustada e também interessada, a garota cobriu o espelho de novo e foi para a cozinha. Lá, ela pegou uma faca e voltou para a sala onde o espelho estava.
Quando sua mãe passava perto do espelho, a garota retirou o pano preto de cima e começou a esfaquear sem pena, a pobre mulher de quase quarenta anos, que tanto fez a cabeça dos parentes a respeito dela. Após isso, as entidades disseram que ela podia fazer o que quisesse, com quem quisesse. E desse dia em diante, todas as pessoas que a maltrataram, começaram a entrar em seus piores pesadelos e nem sabiam.
SÍNDROME DE OTELO
Burt e Linda tinham uma paixão avassaladora. As paredes da casa ferviam e as declarações de amor eram sempre as mais fervorosas. Mas como toda paixão que se preze, o incêndio devastador daquele casal, havia chegado ao fim.
Linda chegou até Burt durante um romântico café da manhã primaveril e disse que não dava mais para manter acesa uma chama tão alta. O homem de quase quarenta anos concordou sem muito alarde, pois há certo tempo também perdera o interesse.
Porém não era aquilo o que Linda queria ouvir: ela queria que Burt se desmanchasse de amores por ela. Porém, ao ouvir aquelas palavras e ver a reação de seu amante, percebeu que nunca foi especial e era mais uma na vida dele.
Transtornada pela paixão e muito mais pelo ciúme doentio que adentrou em seu corpo, Linda pegou uma afiadíssima faca de carne na cozinha e golpeou o amante várias vezes pelas costas, transformando o chão da cozinha em um rio de sangue.
Ainda possessa por causa da atitude do homem por quem se apaixonara depois de ter se casado, Linda arrancou fora os dedos, os olhos, as vísceras e os dentes de seu amado Burt, jogou tudo dentro do triturador de lixo, levou o resto do corpo para o quarto, colocou na cama e deitou-se ao lado do homem que mais paixão lhe despertara nessa vida.
Linda dormiu por mais ou menos uma hora. Depois ela saiu da cama, tomou banho, colocou outra roupa, se maquiou, ligou para o marido e disse alegremente que depois de pegar as crianças na escola, iria passar no supermercado, para comprar algumas coisas, pois a janta naquela noite ia ser especial. Ela deu um beijo nos lábios mortos de Burt e saiu da casa de seu amante, para nunca mais voltar.
A CASA DO CARVALHO
Era uma casa enorme, que fora construída em um antigo terreno nos arredores de Devonshire, Inglaterra, onde em sua entrada ficava um antigo carvalho, que muitos moradores do condado, afirmam ter séculos de idade, ou até mais.
Porém, muitos desses mesmos moradores que contam a história daquela antiga residência, dizem que ninguém quer morar nela, porque todos da região conhecem seu histórico: muito sangue fora derramado naqueles cômodos, em nome da decência, da moral e dos bons costumes. Sem contar que as energias negativas do lugar, despertavam ódio e rancor dos proprietários, fazendo-os odiar a vizinhança sem motivo, a ponto dos mesmos se trancarem dentro da casa até morrerem.
As almas errantes que insistem em ficar ali fazem os moradores de aquela residência passar por horrores nunca dantes imaginados, porque quem morre dentro daquela casa, se transforma em e*****o das assombrações que moram lá desde séculos e séculos atrás. Essa alma escravizada tem a obrigação de assombrar os novos moradores até a morte, fazendo dessa e********o, um ciclo sem fim.
Dizem também as lendas, que quem compra a casa e morre lá dentro, se transforma em alma errante e não deixa mais ninguém entrar. E para piorar ainda mais a fama, além do enorme carvalho na entrada, que faz um som assustador quando o vento passa por entre suas folhas, a casa que fica de frente a ela, foi construída em cima de um antigo cemitério.
DOCE OU TRAVESSURA?
Donna era uma mãe cheia de sonhos, dessas que acreditava no amor e em todos os sentimentos bons que existiam no mundo a dois e em família.
Tudo isso durou até o dia em que perdeu o marido e os filhos, quando os mesmos vinham pela estrada e deram carona a uma jovem loira, que estava perdida à própria sorte no meio do nada. O carro em que eles estavam bateu em um caminhão e somente ela sobreviveu ao acidente.
Como nenhum parente quis ficar com ela no final de sua vida, Donna fora mandada para uma instituição que cuidava de idosos abandonados. Lá ela sofreu abusos morais; fora vilipendiada por enfermeiros e demais funcionários; apanhava das cuidadoras e o diretor da instituição era conivente com aquilo tudo, pois fora colocado lá através de uma “indicação” do governador.
Um dia, enquanto todos assistiam uma apresentação teatral, Donna se levantou alegando que ia ao banheiro, trancou as portas do auditório com todos dentro e incendiou o prédio, sorrindo enquanto o diretor, os demais funcionários gritavam de dor, agonizando e carbonizando no meio das chamas.
A jovem senhora de quase setenta anos, do lado de fora apenas sorria ensandecida, pois acabou transformando a instituição literalmente, no inferno que ela realmente era.
ROCK’N’ROLL
Jenny vivia em pé-de-guerra com as suas duas mães: elas não entendem que a jovem só queria ser livre e escolher o próprio futuro. Mas por serem ricas, se achavam no direito de serem donas do futuro daquela adolescente de personalidade forte.
E foi nesse clima que ela passou da adolescência para a juventude. Chegou até a estudar na faculdade que suas mães a tinham matriculado, vindo a mesma a desistir ainda nos primeiros meses de curso, pois havia encontrado sua “verdadeira vocação”.
Um dia, Jenny passava por uma loja de discos, especializada em vinil, quando ouviu uma música antiga. Aquele rock a hipnotizou de um jeito, que ela entrou na loja, comprou um CD gravado só com aquela música e a escutou por três dias seguidos, até que no quarto dia, o horror: suas duas mães foram mortas por Jenny na cama delas, com várias facadas.
Após isso, a jovem abriu o peito das duas, arrancando seus corações e, depois de comê-los ainda palpitando, com o sangue das mesmas, Jenny escreveu na parede, o refrão da música que ouvira durante os três dias em que esteve trancada dentro de casa: “mate sua mãe, ame Belzebu e tudo o que é r**m”.
DINHEIRO SUJO
Carl era um sujeito bastante pobre. Mas recebia de uma vizinha chamada Lara, que tinha mais condições do que ele por ser dona de um restaurante, uma refeição por dia cuja marmita era tão farta, que ele passava o dia todo sem ter fome.
Um dia, viu duas mulheres desconhecidas passarem por ele e ir até uma casa abandonada que ficava no final da rua. Curioso, seguiu-as sorrateiramente, sem deixar que elas percebessem sua presença. Lá naquela casa elas entraram e alguns minutos depois, saíram com duas bolsas cheias.
Curioso, Carl esperou as mulheres se afastarem bastante, foi até a casa abandonada e entrou. Lá dentro, vasculhou os cômodos e achou um quarto depois da cozinha, cheio de sacos e maços de dinheiro.
Na mesma hora, Carl pensou em sua vizinha Lara, que lhe dava comida todos os dias. Ele encheu a marmita com quatro maços enormes de dinheiro, saiu da casa sem ser visto, foi até a casa da mesma e entregou o gordo presente em notas de cem dólares.
Lara, a vizinha de Carl, seduzida por todo aquele dinheiro, perguntou onde ele tinha conseguido aqueles maços. Após contar para ela sobre a casa abandonada no final da rua, a vizinha dona do restaurante pegou um saco, saiu em disparada pela rua, entrou na casa, foi até o quarto onde o dinheiro estava e começou a encher o saco com mais e mais maços de notas.
Quando as mulheres entraram, viram Lara lá dentro e, sem nem pensar duas vezes, sacaram suas pistolas e descarregaram todo o pente na dona do restaurante. Depois com uma serra, esquartejaram a pobre mulher, deixando ali entre as notas, um corpo desmembrado, peneirado em balas, em cima de uma verdadeira piscina de sangue.
Elas então continuaram a encher as bolsas e saíram, mesmo com as roupas sujas de sangue, deixando aquele corpo sem vida estendido no chão, pois o político a quem elas trabalham podia muito bem tirar elas da cadeia, quando ele bem entendesse.
O EX-LOBISOMEM
Suzy era uma jovem mãe destemida, corajosa, além de ser bastante forte. Todos na sua cidade se orgulhavam de sua valentia. Um dia, depois de uma turbulenta separação, resolveu morar sozinha com seu filho, pois além de todas essas qualidades, sabia muito bem se virar dentro de casa.
Depois de se mudar, quando tinha começado a morar sozinha em sua nova casa, Suzy estava preparando um bom jantar para ela e seu filho, quando um enorme e terrificante lobisomem apareceu, atraído pelo cheiro da comida.
Na hora em que foi empurrar a jovem mãe e se dirigir ao caldeirão de carne cozida recém-preparada, Suzy pegou um cutelo banhado em prata que havia ganhado de seus pais e decepou o braço do lobisomem com um só golpe em seu ombro.
Urrando de dor, o lobisomem fugiu pela mata em disparada, deixando um rastro de sangue pelo caminho. Suzy, inconformada por ter aplicado apenas um golpe na b***a-fera, resolveu ir atrás do monstro mata adentro. Ela mandou seu filho se trancar dentro quarto e saiu em perseguição atrás do lobisomem, até o dia amanhecer.
Quando os primeiros raios de sol começaram a clarear a mata, o lobisomem foi voltando à forma humana. E antes de saber que a b***a-fera era o seu ex-marido, a jovem degola-o com um poderoso golpe de cutelo, fazendo a cabeça dele girar no ar, esguichando sangue por todos os lados.
O ABORTO
Celeste tinha se apaixonado e entregue sua pureza para aquele a quem lhe fez mil juras de amor: Daniel. Mas quando ele descobriu que ela estava grávida, foi embora para nunca mais voltar, pois esse romance nunca fora levado a sério por ele. Sem contar que Daniel já estava comprometido com outra.
Assim que soube da partida de Daniel, Celeste entrou em desespero, pois sua família era por demais religiosa e não a aceitaria dentro de casa como mãe solteira.
A cada dia que se passava, aquela situação parecia não ter fim, pois sua barriga crescia e Celeste não conseguia mais esconder a gravidez de seus parentes, porque eles estavam desconfiando dos enjoos.
Foi aí que a jovem tomou a pior de todas as decisões: retirar a criança de seu ventre. Mas nada do que ela fazia, dava certo. Celeste tentou chá de losna, chá de cravo e até citotec, mas não conseguia retirar aquela criança de dentro dela, de nenhuma forma.
Logo a família de Celeste descobriu e ela não tendo mais como retirar a criança do seu ventre, muito menos suportar os pesados julgamentos de seus parentes, pegou a arma que o pai guardava em seu escritório, atirou duas vezes no próprio ventre e em seguida atirou na própria cabeça, espalhando os miolos pelas paredes.
REFLEXO SOMBRIO
Joseph era um carpinteiro íntegro: nunca havia saído da linha por nada, nem por ninguém. Era mais fácil o mesmo sofrer algum tipo de injustiça, do que praticá-la. Sua integridade era motivo de orgulho para todos os que o conheciam, pois era visto como um bom exemplo a se seguir. Um dia, porém, um Döppleganger resolveu aparecer em sua vida e bagunçá-la por completo.
O "eu maligno" era inacreditável para quem conhecia Joseph, pois ele se comportava totalmente o contrário: bebia, fumava, xingava, cuspia no chão e dava em cima de todas as mulheres do bairro. Ninguém acreditava que aquele era o carpinteiro e quem acreditava, dizia que ele estava louco.
Um dia, ao chegar em sua casa, depois de tanto se explicar para seus clientes e demais pessoas de que aquele não era ele, Joseph flagrou seu "eu maligno" fazendo s**o selvagem com sua esposa, ali mesmo em sua carpintaria. Transtornado com a cena chocante de estar “se vendo” e o pior: “sendo traído” por si mesmo, o homem tentou ir até o Döppleganger, para tentar matá-lo.
Mas quando avançou para cima do seu “eu maligno”, Joseph fora impedido por sua mulher que, golpeando-o fortemente em sua cabeça com um martelo, o matou. E após o ato, a mesma continuou a f********o selvagem com o Döppleganger, enquanto o marido agonizava até a morte, ensanguentando as ferramentas e toda a oficina.
A MULHER DE BRANCO
Max, um homem que sofria de insônia, mas que conseguiu transformar esse problema numa solução estava rodando com seu táxi pela madrugada fria de Nova York, desde a meia-noite. Mas naquele início de sexta-feira treze, mesmo na cidade que nunca dorme, não tinha pegado muitos passageiros e o tédio lhe consumia por completo.
Foi então que Max avistou ao longe, nos arredores do Central Park, uma mulher vestida de branco, dando sinal para que ele parasse. Apesar de estar bem vestida, seu rosto demonstrava uma profunda tristeza, como se houvesse terminado um relacionamento. Ela entrou e foi dando as dicas de como chegar ao seu endereço, pois estava “indo ver os filhos”.
Ao chegar ao destino que tinha sido narrado pela passageira, o susto: a mulher de branco que estava no banco de trás, tinha dado a Max, o endereço de um cemitério. Ele estava agora, naquele momento, na porta do Cemitério Saint Raymond, que fica localizado no Bronx.
Assustado, o velho taxista olhou pelo retrovisor e viu o rosto de sua passageira do lado de fora do carro, totalmente desfigurado e coberto de sangue, com duas crianças cadavéricas ao lado dela, segurando cada uma em uma de suas mãos.
Transtornado pela experiência sobrenatural que acabara de ter, Max acelerou o táxi sem nem olhar para trás, branco de medo.
O TEMPO
Eleonor sofria de depressão moderada e seus surtos iam e vinham, não com muita frequência. Mas quando apareciam, duravam semanas. Mas isso não a impedia de exercer sua profissão com louvor. Ela era funcionária de uma escola pública na Louisiana, onde trabalhava como secretária.
Em uma dessas crises, Eleonor tentou se arrumar o mais rápido possível para sair de casa, mas não conseguiu: já se havia passado mais de meia hora e ela acabou desistindo, pois a única coisa que queria naquele dia era sentar em sua cama e chorar sozinha em seu quarto.
Nesse dia, dois alunos que sofriam bullying, entraram armados dentro da escola e promoveram um m******e: alunos, funcionários, professores e diretores foram mortos à queima roupa. Corpos alvejados se amontoavam e um rio de sangue descia pelas escadas.
A morte ria frenética, sentada ao lado do Palhaço Taquicardia, ambos em frente à TV, com um balde de pipocas nas mãos, assistindo aos dois garotos, mortais e perigosos atirando em tudo e em todos dentro da escola, enquanto Eleonor buscava forças para ao menos sair da cama. O Palhaço Taquicardia anuncia o fim da quarta temporada de historinhas macabras em homenagem às mães e ele a morte dão tchau para a câmera, ao som dos tiros dados pelos garotos na escola.
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