Hades narrando Eu encosto na parede da cela, os braços cruzados e o olhar fixo na garota à minha frente. O corpo dela ainda tremia, o rosto pálido como papel depois de expelir a droga. Ela respirava fundo, tentando se manter de pé, enquanto gotas de suor escorriam por sua testa. Eu sabia que o que ela tinha feito não era fácil, muito menos seguro. — Tá, firme… — eu murmuro, quase pra mim mesmo. Mas não havia tempo pra emoção, pra pena, ou qualquer outra coisa. Aquilo era o jogo, e no jogo, quem vacila perde ou morre. — Levanta — eu falo mais alto, o tom firme, seco. — As paradas tão ali… tu precisa pegar e esconder antes de alguém aparecer. Ela assentiu, mesmo sem forças, mesmo cambaleando. — Tu fez a parte mais difícil, princesa. Agora é só esconder. Eu levo pra cela. Lá dentro é

