Selma narrando Eu fecho a lanchonete mais cedo naquele dia. Não era o movimento fraco, nem a pressão da rotina que a fez baixar as portas antes do horário. Era a pressão dentro da minha cabeça, que pulsava cada vez mais forte, como se meu próprio corpo protestasse contra a angústia que insistia em crescer no meu peito. A enxaqueca não dava trégua. Mas pior que a dor física era o pensamento que martelava sem parar: Pesadelo. A simples ideia daquele homem se aproximando da minha sobrinha fazia meu estômago revirar. Eu o conhecia, um cara como aquele... não tinha nada de bom a oferecer pra alguém como Layla. E por mais que a minha sobrinha fosse forte, determinada e cabeça no lugar, eu sabia que o coração era a parte mais frágil do seu corpo. — Preciso afastar esse homem da vida dela, nem

