Selma narrando Eu secava as mãos no avental, andando de um lado pro outro atrás do balcão da lanchonete. O meu movimento da manhã passava sem que eu percebesse direito a minha cabeça estava longe. Ontem nem vi a hora que Layla chego… e hoje ela saiu cedo, nem me deu bom dia. Ela pegou o celular no balcão, mordendo o lábio, pensando em ligar. O meu coração estava apertado de preocupação. Como um pressentimento. De repente, a porta da lanchonete se escancaro com um estrondo. O som das cadeiras arrastando e dos copos tilintando ecoou no espaço. — TODO MUNDO PRA FORA! — rugiu Pesadelo, a sua voz grossa e carregada de ameaça. Os clientes m*l tiveram tempo de reagir; alguns deixaram até os lanches pela metade, saindo quase tropeçando. Eu congelo atrás do balcão, o meu coração disparando

