Pesadelo narrando Eu encosto no balcão frio, com dedos trêmulos, o meu olhar perdido depois das palavras de Selma. — "Ela é sua filha, Layla é minha filha" Porra. Sinto o chão sumir debaixo dos meus pés. Um buraco se abre no meu peito, sugando todo o ar ao meu redor. Minha respiração vem curta, falhada, como se eu tivesse levado um soco bem no meio do meu estômago. Eu aperto o balcão com mais força, os nós dos dedos ficando brancos, tentando me manter de pé enquanto a minha cabeça gira. Filha. Minha filha. Layla. Um riso seco escapa da minha garganta, sem humor, sem alívio só desespero. Um pedaço de mim quer sair correndo pra encontrar ela, gritar pro mundo, abraçá-la, proteger cada pedacinho dela que me foi roubado. Mas o outro lado… o outro lado quer destruir tudo. Quer rasgar o m

