Pesadelo narrando Mano, eu esperei por esse momento como quem espera a liberdade depois de anos no sufoco. Não era só ódio, era sede. Sede de justiça do meu jeito, do jeito que a lei nunca vai entender, nunca vai aceitar. Mas f**a-se a lei. Eu sou o peso que cai nas costas de quem acha que pode brincar com a vida dos outros, principalmente minha filha. O corno do médico tava ali, amarrado na cadeira de ferro. A salinha cheirava a sangue e medo o tipo de perfume que eu gosto de sentir quando é hora de fazer alguém pagar. Ele tremia, suando igual porco prestes a virar linguiça. — Cês acham que só bandido que merece castigo, né? — murmurei, pegando o martelo de pedreiro com a mão firme. — Mas é tu, filho da puta... tu que queria destruir uma vida por um punhado de dinheiro. Ele balbuci

