Hades narrando
A minha mandíbula estava travada. O som da rua m*l chegava ao meus ouvidos, pelo ódio que ocupava cada canto do meu corpo.
Eu paro de repente, os meus olhos vermelhos de raiva, o peito subindo e descendo como se cada respiração fosse um esforço pra não explodir tudo em minha volta.
— Quem aquela filha da p**a acha que é? — cuspo as palavras com nojo, como se o nome dela queimasse a minha língua. — Ela me mandou partir, me mandou sair da vida dela, como se eu fosse qualquer um. Como se fosse fácil assim se livrar de mim.
— Ela se acha a fodona, acha que vai tocar a vida e fingir que eu não existo. Vai viver no morro, dando sorriso, andando de cabeça erguida... Como se não fosse minha. Como se eu não fosse dono dela!
Mas quer saber? Ela não vai escapar. Não vai mesmo. Se
