Dominic
Eu leio as pessoas para viver. Meu pai me ensinou a farejar mentiras, a descobrir os sinais de uma pessoa. Isso costumava ser muito útil para ele quando ele ainda tinha um papel na Bratva Freeman. Enquanto meu irmãos e eu nos distanciamos desse lado da família, os ensinamentos do meu pai tem sido extremamente útil na nossa linha de trabalho. Isso está nos olhos, na linguagem corporal, que minuciosamente os denunciam.
É por isso que eu sei que a minha querida Sophia está coberta de mentira.
— Não vou pedir de novo — digo, secamente. — Tire a roupa.
Ela lança seus lindos olhos azuis para o tapete macio. Esquiva. Então, cruza os braços sobre o peito. Defensiva.
— Não — murmura, com a voz suave, mas firme.
— É justo — insisto. — Você vai me ver por inteiro, então eu quero ver você por inteira.
Sophia balança a cabeça.
— Eu disse não.
O canto da minha boca se ergue num sorriso. Eu gosto dela. Poucas pessoas na minha vida oferecem tanta resistência quando peço coisas — meus irmãos excluídos, é claro. Estava óbvio, desde o momento em que a vi, que ela está desconfortável. Um peixe fora d’água. Ela não pertence a este lugar. Não vou pressioná-la sobre isso.
— Por que você fez isso? — ela me pergunta, mordendo a parte interna da bochecha.
— Fiz o quê?
— Por que pagou tanto dinheiro por mim?
É uma pergunta válida. Claro que vim aqui com a expectativa de receber um boquete. Isso era o mínimo que deveria ganhar por gastar tanto, mas não me arrependo.
No momento em que ela provocou Madeleine, senti o interesse de todos nela. Sophia tem coragem. Gosto disso em uma mulher.
— Entediado — respondo, dando de ombros, tranquilo.
Ela cerra os dentes.
— Entediado? — diz. — Você espera que eu te entretenha?
— Eu não espero nada.
A sobrancelha de Sophia se arqueia.
— Então o que estamos fazendo aqui?
— Estamos nos conhecendo.
Aponto para a almofada vazia ao meu lado.
— Fique à vontade. Temos cinquenta e oito minutos restantes no relógio.
Ela não se move. Decido não pressioná-la. Há intriga nos olhos dela. Estou confiante de que, eventualmente, ela virá até mim.
— Seu nome é mesmo Sophia? — pergunto. — Ou você inventou, como a história do OnlyFans?
Suas bochechas ficam com um tom adorável de rosa.
— O que te faz pensar que eu inventei isso?
— O fato de você m*l conseguir me olhar nos olhos. Eu esperaria que alguém que proclamasse seu trabalho com tanto orgulho para uma sala cheia de estranhos tivesse um pouco mais de confiança.
— Eu não deveria ter inventado uma história.
— Não, você não deveria.
Ela mordisca o lábio inferior, chamando minha atenção para sua boca. Ela tem lábios carnudos e lindos. Tenho que lutar contra a vontade de beijá-la, de apertá-la, de ceder ao desejo crescente em meu âmago. Meu p*u pulsa de excitação cada vez que seus olhos recaem sobre ele, a tensão s****l percorrendo minhas veias. Gosto dos olhos dela em mim, da fome sombria que há neles.
— Sente-se — digo, com o tom mais gentil possível. — Não vou tocar em você, Sophia. Prometo.
Ela respira fundo, me encarando como uma pantera avaliando uma onça. Estamos ambos tensos, o ar ao nosso redor eletrizante. Preciso de toda a minha força de vontade para manter as mãos longe dela. Estou acostumado a conseguir o que quero, mas me recuso a fazer qualquer coisa contra a vontade dela.
Quase suspiro de alívio quando Sophia finalmente se aproxima e se senta no outro lado do sofá. Ela se encolhe, dobrando as pernas contra o peito enquanto apoia o queixo nos joelhos, envolvendo-se com os braços para deixar o corpo o mais pequeno e coberto possível. Não consigo deixar de notar o quão divina ela é — como pêssegos cristalizados.
— Qual é o seu nome? — ela pergunta. A pobre garota se esforça para tirar os olhos do meu p*u. O olhar que ela me lança deveria ser ilegal. Sinto minha determinação se esfacelando a cada segundo.
— Minha família me chama de Dom — respondo. Isso não é mentira.
— Dom — ela repete.
— Mas só minha família me chama assim.
Um sorrisinho irônico surge em seus lábios.
— Então vai ter que abrir uma exceção pra mim.
— Quantos anos você tem?
— Você não pode perguntar. Eu que vou fazer as perguntas.
— Faça à vontade.
Ela aperta os olhos nos meus.
— Vinte e dois. E você?
— Você não tem vinte e dois.
Ela bufa, mas não parece brava.
— i****a.
Contenho uma risada divertida.
— Como uma jovem linda como você veio parar aqui?
Sophia dá de ombros, enrolando nervosamente um de seus cachos ruivos no dedo. Seu cabelo é uma juba brilhante, uma auréola vibrante que contrasta com sua pele pálida.
— Eu tenho que pagar minhas contas — diz simplesmente. — Pra ser sincera, não sabia exatamente no que estava me metendo.
— Isso era óbvio.
Ela me encara, indignada.
— Oh, o quê? E você é algum defensor artístico?
— Não. Eu também não sabia no que estava me metendo.
— Você não vem muito a essas festas?
— Nunca.
— Poderia ter me enganado — ela murmura, desviando o olhar para o meu corpo. — Você parece ter aceitado a exigência de roupas opcionais com bastante facilidade.
Uma risada sutil escapa dos seus lábios.
— Sou a única vestida.
— Você poderia consertar isso, se quiser.
Ela se vira por um momento, seu seio sendo machucado pelo sutiã. Quase consigo ouvir as engrenagens girando em sua cabeça. A tensão entre nós é excruciante, sua proximidade é torturante. Quero tocá-la mais do que respirar.
Sophia se desenrola da posição encolhida, esticando uma de suas pernas longas e macias. Engulo em seco, imaginando como seria passar meus lábios pela parte interna de suas coxas.
— Tá — ela murmura. — Mas você tem que prometer que vai manter as mãos aí.
Oh, p***a. Aceno com a cabeça. Não sei se vou conseguir me controlar.
— Você tem minha palavra.
Ela se move lenta e graciosamente até ficar de pé diante de mim. Sophia tira cuidadosamente o sutiã de renda, permitindo que as alças deslizem pelos ombros antes de deixar o tecido cair no chão. Sua calcinha de renda vai em seguida, acumulando-se aos seus pés.
Estou gloriosamente despreparado para o quão linda ela é.
Seios macios, quadris curvilíneos, uma b***a perfeita. Os b***s dos seus m*****s estão duros — seja pelo ar frio, pela excitação, ou ambos. O que eu não daria para enfiar um deles na boca? Meu p*u se estica, em posição de sentido. Sophia percebe, lambendo os lábios enquanto observa minha ereção.
— Pronto — ela sussurra. — Agora estamos iguais.
Deixo uma risada escapar.
— Talvez haja mérito no que Madeleine quer mostrar, depois disso.
— Não sei nada sobre isso.
— Sente-se — digo. Ao ver sua hesitação, levanto as mãos em rendição.
— Não vou te tocar, lembra?
Acalmada pela promessa, Sophia se move. Espero que ela se sente no sofá, mas sou pego de surpresa quando ela rasteja inesperadamente para o meu colo e me monta entre as coxas. Meu coração dispara. Que atrevida.
— Confortável? — pergunto com um sorriso.
Ela se acomoda, as mãos espalmadas contra meu peito, deixando seu peso afundar. Posso sentir o calor úmido de sua b****a contra meu p*u. A sensação é fascinante. Eu anseio por ela. Quero enterrá-lo dentro dela, ouvi-la gritar de prazer — mas eu fiz uma promessa. E eu não sou nada, se não um homem de palavra.
— Dom, eu... — Ela se inclina para a frente, esfregando os quadris contra mim. Seus olhos semicerrados de desejo; os lábios entreabertos.
— O que foi, princesa?
— Eu acho...
Sophia está perto. Tão tentadoramente perto. Estou prestes a surtar. Quero beijá-la até deixá-la sem forças. t*****r com ela no sofá, no chão, lamber cada centímetro do seu corpo. Meu Deus, do que essa mulher é feita? Nem a provei e já estou viciado.
— Me diga — digo.
— Eu pensei que... que não me importaria... se você quiser... me tocar.
Um rosnado baixo irrompe. Ela quer ser tocada?
Sua boca está tão perto da minha que quase me toca.
— Onde exatamente? — pergunto, lutando para não me mover. Não ouso interrompê-la.
Ela desliza a mão para baixo, roçando a barriga até seus dedos dançarem sobre a b****a encharcada.
— Aqui — ela geme. O som da sua voz faz o êxtase correr pelas minhas veias.
— Você quer gozar, Sophia?
Ela se irrita ao ouvir seu próprio nome, mas só por um instante.
— Sim — responde com a voz rouca.
— Me mostre como você se toca. Quero ver.
Ela assente, os olhos fechados, tremendo, enquanto desenha círculos apertados contra si mesma. Seus quadris se movem, em busca de prazer, sua b****a molhada roçando contra meu p*u. Seus gemidos são música, suaves, doces e intensamente sensuais. Não sei como tive a sorte de cruzar com ela, mas sou grato.
— T-toque minha… — ela implora, sem fôlego. — Por favor, Dom...
— Não — murmuro contra sua bochecha. — Eu prometi.
— Então quebre a p***a da sua promessa.
— Vou ver você gozar primeiro. Continue, sei que você está perto.
Sophia geme, esfregando-se contra mim com mais intensidade. Seus dedos tocam o c******s uma, duas vezes, e então seu corpo se contrai inteiro num clímax devastador. Ela é um espetáculo. Magnífica. Erótica.
Pressiono meus lábios em seu ombro.
— Linda.
— Agora é a sua vez — diz ela, ofegante.
— Não.
— Mas isso seria justo. Você não quer?
— Claro que quero. Mas não aqui.
— Por que...
Alguém bate à porta.
— A hora acabou! — canta Madeleine do outro lado. Sophia se enrijece imediatamente, o rosto perdendo a cor. Ela salta do meu colo, apressada, pegando suas roupas do chão.
— p**a merda — murmura. — Não acredito que simplesmente... Merda, eu não devia ter...
— Fique um momento — insisto. — Você não vai embora, vai?
— Eu não devia ter feito isso. Não sei o que deu em mim.
— Sophia...
— Não, meu nome não é... — Eu preciso ir.
— Me dê seu número — digo, rápido.
— Por quê?
— Para que eu possa te ligar.
Sophia está trêmula e pálida, com o olhar no chão.
— Isso não é uma boa ideia.
— Espere...
— Adeus, Dom.
Antes que eu possa reagir, Sophia já se foi.