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Casados por Conveniência

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Blurb

Nicholas Lancaster tem tudo que o dinheiro pode comprar: uma carreira de sucesso como CEO de uma empresa de tecnologia médica, luxuosos carros esportivos, e uma reputação intocável no mundo dos negócios. Mas, diante do ultimato do pai para que se case em menos de dois meses ou perca tudo, Nicholas se vê sem saída. Desesperado para manter seu império, ele recorre a uma solução inesperada.Isadora Cardoso deixou o Brasil para estudar medicina nos Estados Unidos, onde luta para pagar suas despesas trabalhando à noite em uma boate. Ela jamais imaginou que uma proposta de casamento arranjado seria a solução para seus problemas financeiros. Quando o charmoso e exigente Nicholas aparece com a proposta inusitada: um casamento de fachada, com todas as vantagens de uma vida de luxo. Isadora hesita, mas a promessa de estabilidade a convence.Por um ano, eles viverão sob o mesmo teto, fingindo ser o casal perfeito. Mas entre a atração crescente e as diferenças de seus mundos, o que começou como um contrato se transforma em algo que nenhum dos dois esperava. Em meio a segredos, aparências e desejos, Nicholas e Isadora terão que decidir se estão prontos para abrir mão do acordo... e se arriscar no amor.

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Capítulo 01 - Ultimato.
Nicholas Lancaster O escritório do meu pai sempre teve essa atmosfera pesada. Mesmo depois de tantos anos, o ambiente permanecia o mesmo: elegante e severo, com paredes forradas de madeira escura e estantes lotadas de livros antigos, como se cada detalhe fosse projetado para lembrar a todos a força e a tradição da família Lancaster. Ele estava sentado atrás de sua mesa, me observando em silêncio enquanto eu permanecia de pé. Não tinha me oferecido uma cadeira, e eu sabia que isso significava que o assunto seria breve. Frio. Preciso. — Nicholas, precisamos conversar seriamente sobre seu futuro — disse ele, ajustando os óculos e me encarando com aquele olhar penetrante, impassível. — Se o senhor se refere ao futuro da Lancaster Tech, estou ciente dos números. Aliás, estamos superando nossas projeções para o trimestre — respondi, tentando antecipar o rumo da conversa. — Não é sobre isso, filho — ele interrompeu, com uma calma que só servia para me deixar ainda mais alerta. — É sobre o legado da nossa família. Suspirei, já conhecendo bem a ladainha. Ele sempre fora obcecado pela ideia de "linhagem". Para ele, um herdeiro significava continuidade, e o casamento era o único meio legítimo de garantir essa continuidade aos olhos do mundo. — Pai, você sabe que não sou contra a ideia de me casar... um dia. Mas há prioridades agora, estou focado na empresa, e… Ele ergueu a mão, me silenciando. — Dois meses, Nicholas. Você tem dois meses para se casar. Demorei alguns segundos para absorver aquelas palavras. Engoli em seco, sentindo o peso da proposta absurda. — Como é? — perguntei, mantendo a voz baixa, mas com os músculos tensos. — Ou você se casa até o final desses dois meses ou perderá a presidência. Eu assumirei o controle novamente, e o que foi feito para você cairá por terra — ele falou, com uma frieza que parecia esculpida no granito. Eu ri, mas sem humor. O orgulho e a segurança que eu sempre carregava começaram a se fragmentar. Claro, meu pai sempre fora controlador, mas dessa vez parecia que ele havia passado de todos os limites. — Sério mesmo? Você acha que pode usar um ultimato como esse, baseado em uma… convenção arcaica, para me forçar a seguir seu plano? Pai, eu trabalho nessa empresa desde antes de me formar, dediquei a ela mais do que dediquei à minha vida pessoal. — Exatamente, Nicholas. Foi aí que você falhou. — Seus olhos se estreitaram, e sua voz, dura, me atingiu. — Você se dedicou tanto ao trabalho que negligenciou aquilo que, no fim, é o mais importante. Família. Herança. Você acha que seu sucesso é suficiente, mas ele é vazio sem continuidade. Ele se levantou, cruzando a mesa em minha direção e colocando uma mão firme no meu ombro. Era um gesto que, aos outros, pareceria afetuoso, mas conhecendo meu pai como conheço, sabia que era uma marca de autoridade. — Estou falando sério. Encontre uma mulher à altura, alguém que possa representar essa família ao seu lado. O tempo está passando, e, se você não fizer isso, não será capaz de segurar o que conquistou. Minha mente estava a mil. Eu tentava encontrar qualquer argumento que pudesse convencê-lo. Mas o olhar dele era inquebrável. Tentando manter a calma, continuei: — Não estou dizendo que não posso construir uma família. Só… não posso fazer isso em dois meses. Isso é insano. Ele apenas assentiu, como se já tivesse imaginado minha resistência. — Insano? Talvez. Mas é a condição, Nicholas. Dê-me sua resposta até o fim do dia. Se prefere perder o que tanto conquistou ou se vai em busca de um casamento. Com essas palavras, ele se virou e voltou para a cadeira, como se a conversa já estivesse encerrada. Eu permaneci ali, incrédulo, com o pulso acelerado, tentando processar o que acabara de ouvir. Por mais que eu quisesse argumentar, convencer, lutar contra essa imposição, uma parte de mim sabia que ele não mudaria de ideia. Saí do escritório sem me despedir, meus passos ecoando pelo longo corredor de mármore. A cada passo, me vinha uma certeza dolorosa: eu não tinha escolha. Eu desci os degraus de mármore lentamente, ainda absorvendo a conversa. Meu pai sempre fora severo, mas aquilo… aquilo beirava o absurdo. Exigia que eu encontrasse alguém para casar, como se fosse tão simples quanto aprovar um contrato ou fechar uma aquisição. As palavras dele ecoavam na minha mente: "Encontre uma mulher à altura." Como se uma mulher fosse apenas um acessório, algo que eu pudesse escolher rapidamente para preencher um requisito, como uma das peças de arte que ele tanto adorava pendurar pelas paredes da mansão. Respirei fundo, tentando dissipar o peso no peito. Para todos os outros, eu era Nicholas Lancaster: o CEO, o herdeiro de uma das maiores empresas de tecnologia do país. Um homem de 35 anos que controlava o próprio destino. Mas ali, naquele momento, percebi o quanto meu pai ainda segurava as rédeas da minha vida. Peguei o telefone, e meu reflexo inicial foi ligar para Ryan, meu melhor amigo e sócio. Se alguém entenderia a loucura dessa situação, seria ele. Ryan sempre teve o dom de simplificar o complicado, e eu precisava de uma visão externa — ou talvez apenas de alguém que me dissesse que isso não era o fim do mundo. — Nicholas! — atendeu ele, a voz animada, como sempre. — Precisamos sair hoje para comemorar aquele contrato com a multinacional. Você já viu os números? Estão... — Ryan, segura aí — interrompi, um pouco mais brusco do que pretendia. — A gente precisa conversar. Ele percebeu o tom sério e ficou em silêncio, esperando. Eu só percebi que minha mão estava tremendo quando tentei apertar o celular com mais força. — Meu pai quer que eu me case em dois meses — falei, sem rodeios. O som da risada abafada de Ryan veio pelo telefone, mas logo parou ao perceber que eu não estava brincando. — Você tá falando sério? — Nunca falei tão sério. — Olhei para o céu de Nova York, nublado e frio, refletindo perfeitamente o clima interno. — Se eu não me casar, ele ameaça tomar a presidência de volta. Ryan ficou em silêncio por um longo momento, antes de soltar uma respiração pesada. — Isso… bom, é algo que você não pode simplesmente ignorar. Qual é o plano? Balancei a cabeça, frustrado. — Se eu tivesse um, você acha que estaria tão perdido assim? Ele riu, e por mais que estivesse tentando aliviar a tensão, eu não conseguia ver humor em nada disso. Continuei andando sem rumo pela calçada, meu olhar perdido entre os prédios e o movimento frenético da cidade. — Olha, Nick, o que seu pai quer é um casamento de fachada, certo? Algo que soe legítimo e preencha as exigências dele. — E o que você sugere? Que eu contrate uma atriz? — Por que não? Não precisa ser uma atriz, mas pense bem. O que ele quer é uma esposa de imagem. Ele quer ver você casado, estabelecido, com uma mulher ao seu lado. — Ryan fez uma pausa. — Eu odeio admitir, mas talvez um acordo assim não seja tão absurdo. Suas palavras ficaram martelando na minha mente. Um casamento arranjado. Uma "esposa" que cumprisse um papel. Eu não gostava de manipulações, mas a lógica fazia sentido. Seria uma solução rápida, prática. Algo sem sentimentos ou expectativas. Um ano, no máximo, e depois seguiríamos cada um o seu caminho. Todos sairiam satisfeitos. — Nicholas? — Ryan chamou, tirando-me dos meus pensamentos. — Vou pensar sobre isso. — Murmurei, desligando a ligação. Enquanto atravessava a rua em direção ao meu carro para ir para meu apartamento, ainda ponderando sobre a ideia, senti uma súbita vontade de espairecer, escapar do controle do meu pai, da pressão absurda e da minha própria mente.

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