JAIME BEAUMONT Não consigo tirar a Mayara da minha cabeça. Desde que vi aquelas marcas no pescoço dela, minha mente não teve um segundo de paz. O peso da culpa me corrói por dentro — ela foi agredida por causa de um beijo meu. Estou em casa, jogado no sofá, com o terceiro copo de uísque na mão. O gosto já nem me queima mais a garganta. Só queria que esse fogo dentro de mim apagasse. — Droga. — sussurro antes de virar o copo de uma vez. — Meu querido, — a voz da Rosa me tira do transe. — Tem alguém querendo falar com você. — Quem? — pergunto, erguendo os olhos. E então ela entra. Soraia. Minha mãe. — Vou deixar vocês a sós... daqui a pouco trago um café. — diz Rosa, saindo com aquele sorriso de canto. — Desculpa aparecer a essa hora, querido, — Soraia diz, me abraçando. — Senti saud

