O sol ainda não tinha nascido completamente, mas o céu já se pintava com tons de rosa e laranja. A brisa carregava o cheiro do mar e balançava suavemente as cortinas brancas da suíte. Helena ainda dormia, deitada de lado, com o rosto escondido no travesseiro e uma perna jogada sobre meu corpo. Eu fiquei só olhando pra ela por longos minutos, tentando guardar cada detalhe: os fios soltos do cabelo, os cílios compridos, a boca entreaberta numa respiração calma. Passei a ponta dos dedos pela pele dela, traçando um caminho carinhoso do ombro até a cintura. Ela se mexeu devagar, resmungando sonolenta. — Você tá me encarando, né? — murmurou, sem abrir os olhos. — Tô. É proibido? — Só se for com essa cara de bobo apaixonado. — Então vou ser preso. Porque eu tô completamente rendido. Ela riu

