Acordo no dia seguinte e fico deitado olhando pro teto, como normalmente só tem encomenda depois da cinco, eu acabo ficando o dia inteiro atoa e depois a noite inteira fora de casa, isso estava acabando comigo, trocar a noite pelo dia não faz bem, mas fazer oque né, lembro sobre a pesquisa da faculdade e pego o notebook novamente, começo a ler o site de uma faculdade e vejo que com oque eu ganho "trabalhando" dava sim pra me manter e pagar a mensalidade, olhos os horários e meu mundo para na palavra integral, kevin não iria deixar eu começar as entregas no horário do fim da faculdade, e sem esse dinheiro eu não conseguiria pagar, ai caiu a ficha de que esse não é o meu mundo, levanto da cama cabisbaixo pelo sonho perdido, entro no banho e relaxo, erguendo forças para encarar kevin e minha mãe.
- Bom dia – digo pra minha mãe que estava deitada fumando, passo por ela e vou até a cozinha, vendo que novamente não tinha nada pra comer eu resolvo sair pra almoçar – vou comer na rua, quer alguma coisa?
- Paz – diz ela enquanto soltava a fumaça pela boca.
- Manda o kevin embora então – digo sarcástico, nem espero ela responder e saio de casa, ando olhando distraído para as crianças que brincavam na rua, elas colocavam e retiravam as garrafas pets da rua de dois em dois minutos para os carros passarem, vejo um vulto ruivo passar por mim correndo e indo em direção a rua, olho na direção contraria e vejo um carro vindo, vejo tudo em câmera lenta e corro em direção aquele pequinês ruivo, o pego no colo antes do carro o jogar longe e corro de volta pro passeio.
- JACOB! – grita uma voz forte atrás de mim – oooo menino, nunca mais sai de casa desse jeito, o carro quase passou por cima de você – dizia o homem forte e ruivo todo manhoso enquanto beijava o rosto inteiro do menino – obrigada viu – terminou ele olhando pra min dessa vez, vi seu olhar azul me penetrar.
- De nada, eu não podia deixar essa lindeza ser esmagada – digo alisando o cabelo da criança que sorria timidamente pra mim no colo do pai.
- Obrigada assim mesmo, prazer, Luke – diz ele estendendo a mão pra mim com um sorriso enorme, e então eu olho aqueles olhos azuis e aquele cabelo ruivo e acabo ficando de boca aberta, fico um tempo encarando ele e sua mão, vejo que ele fica sem graça e eu fico mais ainda, apresso a apertar a mão dele.
- Prazer luke, eu sou Jordan – digo e sorrio mais ainda.
- Jordan? – pergunta ele surpreso.
- Sim, mudei tanto assim? – pergunto me sentindo tímido pela olhada que ele me deu.
- Claro que mudou, er... – ele então coçou a nunca.
- Você não mudou nada, continua o mesmo ruivo pálido dos olhos azuis – digo sem pensar e acabo ficando corado, ele solta uma risadinha.
- Que tal almoçar comigo e com o jacob hoje? – diz ele apontando para sua casa, que coincidência ele voltar para cá e morar tão próximo de mim.
- Eu estava indo almoçar agora mesmo – digo apontando pra uma lanchonete.
- Que nada, vem, eu estou fazendo almoço – diz ele me puxando, sua mão quente e grande mas macia.
Entro e vejo que sua casa ainda havia caixas fechadas para organizar, ele coloca jacob no chão que sai correndo para sala enquanto íamos pra cozinha.
- Espero que esteja bom, é a segunda vez que eu cozinho na minha vida inteira – diz ele rindo e indo conferir a panela, já era 13:00 PM.
- Se precisar de ajuda é só avisar – digo rindo de braços cruzados, nessa hora jacob entra na cozinha correndo e parando na minha frente.
- Tio – diz ele chegando mais perto timidamente – brinca comigo?
Olho pra ele e eu vejo luke quando era mais novo, sorrio sem perceber e aliso seu rostinho vermelho.
- Claro pequeno – digo pegando ele pela mão e indo até a sala, sentamos um de frente pro outro e ficamos brincando com os bonecos dele, meia hora depois luke nos chama pra comer.
- Não está tão r**m – digo segurando o riso pra careta dele.
- O arroz está duro, e o feijão ralo jordan! – diz ele incredulamente.
- Oque importa é a intenção – digo verdadeiramente.
- Quando você vir da próxima vez vai estar melhor – diz ele sem desviar o olhar.
- Claro, eu moro bem do lado – digo sustentando o seu olhar.
- Eca! – diz jacob cuspindo a comida de volta pro prato, nos olhamos e acabamos caindo na gargalhada, eu amo a sinceridade das crianças.
Depois do almoço ficamos um tempo vendo tv e depois de colocarmos jacob na cama que acabou caindo no sono eu fui ajudar ele a abrir algumas caixas, não vimos a hora passar, quando eu abro uma caixa pequena escrito "quarto" eu prendo o riso e olho pra ele de soslaio que não tinha visto ainda eu com a b****a de plástico na mão, eu não aguento e solto um riso e coloco a mão na boca, e então ele percebe.
- OOOO meu deus! – diz ele vindo correndo em minha direção e arrancando da minha mão, depois de passar a vergonha ele cai na gargalhada comigo – ha vai, eu tenho minhas necessidades.
- Não estou te julgando, você mete onde... – quando eu percebo oque eu ia falar eu me calo, as vezes eu não sabia fechar a boca.
- Meto onde? – pergunta ele seriamente, mas não serio de bravo, mas um serio sexy, ele me prendeu com o olhar azul como o mar novamente.
- Você que sabe – digo desviando o olhar e tirando o seu poder sobre mim, sinto ele vindo andando até mim, até que meu celular toca com uma mensagem.
Kevin:
Onde você está? Temos uma encomenda, anda logo!!
5:30PM.
Olho novamente pra luke que agora estava parado as centímetros de mim.
- Tenho que ir, dê um beijo no jacob por mim – no impulso eu o beijo na bochecha e saio de sua casa.
Droga de kevin!!!