Capítulo 77
Ester narrando
Nossos filhos nasceram mas estão na uti, são pequenos de mais e precisam de ajuda até para respirar, eu não podia pegar eles no colo, não podia nada, apenas olhar eles através de um vidro.
Sampaio tentava me acalmar e limpar as lagrimas que descia sobre meu rosto.
— VocÊ precisa voltar para o morro – eu falo para ele.
— Eu não vou te abandonar aqui – ele fala.
— Você é o dono do morro Sampaio.
— Mas eu sou seu marido e pai dessas crianças, jamais vou te abandonar e abandonar eles – ele fala me olhando
— A gente sabia que isso ia acontecer – eu falo olhando para ele – mas é dolorido de mais.
— Eu sei, que é – ele fala – eu sou a pessoa que queria que eles tivesse com a gente em nossos colos.
Ele limpa as minhas lagrimas e beija a minha testa, depois ele me leva para o quarto para descansar, eu m*l conseguia comer de preocupação, eu jamais senti tanto medo de perder alguém como estava sentindo de perder meus filhos, era a coisa mais dolorida na minha vida e olha que eu já tinha passado por tantas coisas.
O celular de Sampaio toca e eu assinto para que ele atenda e ele atende.
Coloca no viva voz.
— Alana – Joca fala – ela era a x9 – eu olho para Sampaio que me encara.
— Cadê ela? – ele pergunta
— Ela fugiu – Joca fala – encontramos o carro vazio, com uma placenta.
— Ela deu a luz? – eu pergunto
— Ela deu a luz? – Sampaio pergunta a joca.
— Provavlemente sim – ele fala – mas não tem nem sinal dela em nenhum lugar, estamos sem saber para onde ela foi.
— Manda vapores para toda área – eu falo
— Ester tá mandando ir vapores para toda área – Sampaio fala – rastreiam tudo, câmeras de segurança, vestígios, qualquer coisa. Se ela deu a luz, ela não pode estar longe, deve ter estar em algum lugar, algum hospital, ela e a criança vão precisar de assistência.
— Vou fazer isso.
— Custe o que custar, a encontre – Sampaio fala.
Ele desliga o telefone e eu o encaro, ele tinha ficado meio assim e eu sei porque, querendo ou não ele tinha um carinho por Alana, por tudo que eles viveram junto, pela filha que tiveram e eu não o culpo por isso.
Sampaio me respeitava de mais, de mais mesmo, era um homem integro e de caráter mesmo sendo traficante, parece piada, parece mas era a verdade.
Capítulo 78
Karina narrando
1 mês depois....
Ester ainda estava com os filhos no hospital, eles ainda não saíram, o que faz com que as coisas fiquem bem tensa também, mas tinha muito mais coisa por trás,
Eu queria tanto voltar na Rocinha para conversar com o primo de Maria Izabel, queria perguntar a ele se descobriu algo, Grecco parecia estar com a cabeça tão cheia, que não queria ficar incomodando ele com esse assunto.
Eu estava me sentindo m*l, então nem sai do quarto hoje, muita dor de cabeça e enjoada, logo me passou na cabeça que deveria ir a farmácia pegar um teste de gravidez. Mas tinha que ser algo no sigilo que ninguém percebesse.
Eu me levanto, tomo um banho e compro o teste, mas ele dar negativo e isso me deixa tranquila, jogo tudo fora e levo um susto vendo Grecco entrar no meu quarto.
— Greggorio – eu falo para ele e ele me encara – você está sumido.
— Eu sei que estamos nos vendo pouco – ele fala me encarando – mas estou com muitos problemas no morro.
— Eu imagino – eu falo para ele – mas que bom que você veio.
Eu falo sorrindo e ele sorri também, ele se aproxima de mim e a gente se beija, ele passa a sua mão pelo meu rosto,
— Isso é errado – eu falo para ele.
— Eu sei que é – ele me responde – mas me diz, como faço para ficar longe de você se eu não consigo? –
A gente se encara e nos beijamos novamente, ele passa a sua mão pelo meu corpo, eu tiro a sua camiseta e depois eu tiro a minha roupa, ele tira o resto da sua roupa, a gente deita na cama, ele vem por cima de mim me beijando, eu entrelaço as minhas pernas na sua cintura, ele passava a mão pelo meu corpo, eu arranhava as suas costas, enquanto a gente se beijava, eu mordo os seus lábios, ele beija meu pescoço enquanto seu p*u desliza na minha i********e, eu fecho os olhos, segurando forte em seu ombro, enquanto ele beijava meu pescoço e metia seu p*u dentro de mim com movimentos de vai e vem, a gente volta a se beijar.
Eu vou por cima dele, deslizando minha i********e em seu p*u, beijando a sua boca e segurando em seus ombros, ele apertava a minha cintura enquanto rebolava nele.
Capítulo 79
Fabiene narrando
O salão estava fechado e Joca estava caçando Alana em todos os cantos, o caos estava tomado no morro, porém não tinha gostado de nada que eu tinha visto hoje mais cedo, Karina comprando um teste de farmácia.
— Fabiene? – Maryland que era a fiel de Jacaré o sub do morro da rocinha fala quando me ver – você sumiu da rocinha, me disseram mesmo que estava por aqui.
— Acabei arrumando um emprego aqui mas a dona do salão sumiu.
— Fala sério – ela fala me olhando – veio atrás do Grecco , não fica longe dele, a vida toda correndo atrás dele.
— Ele está com outra.
— Ele não te quer, larga de mão dele – ela fala – você é bonita, está querendo ir atrás desse homem porque?
— Ele está cego, eu sempre estive do lado dele, ele acha o que que vai me colocar para escanteio agora?
— Fabi larga de mão, volta para rocinha.
— Eu volto – eu olho para ela – quando ela estiver comigo do meu lado.
— Eu preciso ir, vim acompanhar Jacaré. – ela fala
— Ele está aqui?
— Parece que estão resolvendo um negocio ai,mas não sei o que é.
— Que fiel, deveria saber – eu falo
— Não me meto nisso – ela fala – até depois.
— Até.
Eu fico ali tomando um suco, quando vejo Grecco sair da casa de Ester e ir em direção a boca, eu vejo ele olhando para janela e Karina estava lá em cima dando tchau, ela me olha e eu a encaro, não era mulher de rebaixar meu olhar, eu a encaro até ela entrar.
Essa criança acha que pode comigo? Eu sou uma mulher feita, gostosa pra c*****o, essa garota era uma pirralha.
Eu vou dar um jeito de acabar com isso.
Eu começo andar pelo morro e atendo Jean.
— Como está as coisas ai? – ele pergunta
— Está na hora dela descobrir quem é Grecco – eu falo
— Ainda não – ele fala
— Como assim não? – eu falo para ele.
— Fabiene – ele fala no telefone – você tem a faca e o queijo na mão, usa tudo isso ao seu favor. Se você contar agora, ainda sera pouca a decepção da Karina por ele e por todos ai. Descubra a Samanta – eu fico olhando para o movimento do morro – faça o estrago Fabiene nesse morro, porque ainda nem começamos, eu conto com você.
Capítulo 80
Grecco narrando
Nem sinal de Alana e nem mesmo sinal de Jean, esse filho da p**a estava armando uma boa e ia dar um bote em alguma hora, era impossível que ele ficasse tão quieto dessa forma.
— Grecco – Fabiene me chama e eu viro
— Fabiene – eu falo
— Podemos conversar?
— Estou atrasado – eu falo para ela.
— Você me deve uma conversa e você sabe disso – ela fala me olhando – por favor, não vou te morder, não precisa correr de mim.
— Fala – eu falo para ela – tudo bem, vamos conversar.
— Eu não quero ser sua inimiga, obvio que fiquei chateada pela fora que me tratou depois de tantos anos.
— Desculpa por isso – eu falo para ela
— Eu entendo que você está gostando dela e ela está gostando de você – eu a encaro – eu realmente quero que você seja feliz – eu olho para ela – estou falando a verdade, nos conhecemos a vida toda Grecco e tenho um carinho imenso por você.
— Eu tenho também por você Fabi – eu falo e ela abre um sorriso.
— Espero que você seja feliz se for com ela, saiba que sempre serei sua amiga – ela fala e me abraça e eu retribo o abraço.
— E o que você vai fazer da vida?
— Não sei – ela fala – Alana sumiu, deixou salão trancado, minhas coisas que ficaram ali dentro.
— Posso ver para você pegar – eu falo – e você não sabe para onde ela foi?
— Não – Fabiene fala – ela até tinha que me pagar, fiquei sem receber, sem nada, ela simplesmente estava no salão e quando vim no outro dia, ela tinha desaparecido.
— Muito estranho – eu falo para ela
— Eu também acho, ainda mais que ela estava feliz, eu não sei o que dizer . Fiquei haver navios – ela fala – acho que terei que voltar para minha vida antiga.
— Eu vou ver com Joca para ele abrir o salão para você e para acertar o valor em aberto – eu falo para ela.
— Obrigada Grecco – ela fala sorrindo
— Não precisa agradecer.
— Eu preciso ir – ela fala
— Ok.
Ela sai andando e eu observo ela andando, fico sem entender muito o que tinha acontecido, mas vou andando até a casa de Ester e Sampaio para ver Karina.