Depois que a porta se fechou e o som da tranca engoliu o que restava da ligação, o silêncio foi pior que qualquer grito. Meus ombros começaram a tremer. Era como se o ar tivesse desaparecido da sala — e deixado só o peso. Um peso que afundava nos meus ossos. Eu tentei respirar fundo. Tentei me controlar. Mas o choro veio. Cru. Rasgado. Animal. Não era o tipo de choro que se segura com força. Era o tipo que atravessa. Que arranca. Que quebra. — Ele vai vir... — murmurei pra mim mesma. — Ele vai vir... Mas e se ele não achasse? E se Davi estivesse certo? O chão girava. A lâmpada piscava. Meus olhos embaçavam. As vozes do passado misturavam com as do presente. A da minha mãe, dizendo que eu era forte. A do Jace, prometendo que nunca me deixaria. A do Davi, dizendo que eu era

