A terça-feira começou comum, mas eu já sabia — tinha alguma coisa nela esperando pra acontecer. O dia inteiro foi puxado: aula longa, reunião da ONG no intervalo e dois textos pra revisar até o fim da semana. A cabeça pesava, e o corpo pedia pausa. Quando saí do bloco C, ao fim da última aula, senti uma vontade urgente de ir pra algum lugar onde ninguém me exigisse nada. Só um café e silêncio. Então fui até a cafeteria perto do campus, aquela com sofá desbotado e cheiro de canela no ar. Era um dos poucos lugares que ainda me dava a sensação de esconderijo. Pedi meu café com baunilha e, enquanto esperava, procurei uma mesa vaga. Foi aí que eu o vi. Jace. Encostado numa mesa do fundo, com o capuz abaixado, rindo de alguma coisa que um dos amigos dizia. Ele estava relaxado. Mas os olho

