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A Canção dos Pássaros

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Blurb

Uma jovem que se envolve em um acidente de carro, acaba por acordar no século anterior ao seu tempo e descobre o amor na pessoa mais inesperada. Todo o seu coração que antes não sabia se expressar, agora agonizava sobre o futuro.

Seria ela capaz de voltar ao seu tempo e viver da mesma forma? E encarar aqueles olhos com o mesmo desdém que sempre teve? Ela voltaria com lembranças do que viveu? Ela voltaria sequer ao seu tempo um dia?

O medo a dominou mais do que pôde aproveitar o momento e se apaixonar todos os dias, pelo então marido de sua irmã.

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Prólogo
Prólogo Maya Thompson - 2014 Sim, eu me lembro da primeira vez em que eu peguei em um diário. Fazia anos desde que eu não escrevia algo sobre mim, ou sobre o meu dia. Eu peguei o pequeno caderno de capa vermelha e abri o minúsculo cadeado com uma chave que estava escondida por de baixo da minha caixa de música. Eu li várias histórias infantis sobre qualquer coisa ou sobre qualquer garoto em que eu fui completamente apaixonada. Eu sim fui uma menina indecisa quanto a namorados, o amor sempre foi fácil para mim. Cada dia amava um cara diferente. Eu era aquela menina indecisa que lia aqueles pequenos textos rindo. A menina ingênua de 12 anos que parecia ter ficado no passado - o que não é mentira - e agora florescia uma Maya Thompson mais amadurecida, porém com uma dúvida. Eu sabia o que era o amor? Uma página em particular havia sido rasgada fazia anos e eu tentei me lembrar do porquê. Olhei a página seguinte e lá estava escrito bem grande "EU AMO VOCÊ". Qualquer um que estivesse lendo pensaria "Ah, deve ser algum garoto que ela era apaixonada na época", mas não. Eu tinha total certeza que aquele "eu te amo" não era uma frase vazia. Aquele era o "eu te amo" mais sincero do mundo, porque era o "eu te amo" de verdade. Eu amava alguém que ficou no passado, alguém que não existia mais. Fugi para bem longe. Refugiei-me nos braços de minha avó paterna enquanto pude, mas na verdade tudo veio à tona. Eu o amava de verdade e nem mesmo a distância, ou o tempo, mudaria isso. Pelo menos era o que eu achava que era a verdade. E novamente me vi me perguntando o que era o amor. E eu voltei. O meu pai bateu na porta do meu quarto, o que me tirou de meus delírios e me fez olhar em sua direção. - Um tal de Aaric está na porta. - eu dei um meio sorriso. Ele me olhou torto, desconfiado. - Obrigada. É o vizinho do fim do corredor. Nós vamos ao centro comprar umas coisas. - o meu pai me lançou um olhar de cobrança e foi para o seu quarto. - Eu prometo não demorar. – gritei já pulando da cama e calçando os chinelos. Eu peguei a minha bolsa que já estava pronta e desliguei o computador que tocava um álbum do Épica (The Quantum Enigma). Tranquei novamente o pequeno diário e deixei junto com os outros livros na prateleira do quarto. Eu peguei o meu celular que estava carregando e fui de encontro com Aaric. Aaric Moore eu conhecia desde pequena. Era meu companheiro de fumo e também um grande amigo. Nós morávamos no quarto andar e, muitas vezes, eu precisava esperar o tempo passar para poder entrar em casa, um exemplo era quando eu matava aula do colégio, ele sentava nas escadas do quinto andar comigo e ficávamos horas conversando. Era estranha a nossa ligação. Quando eu era mais nova eu tinha uma repulsa natural por ele, mesmo sendo amiga da irmã dele, não entendia o porquê. Mas isso foi eliminado com o tempo, eu sempre acho que foi por que eu comecei a fumar também. Acabei me acostumando com o mundo dele. E hoje quem tem repulsa por mim é a irmã dele. O mundo é engraçado. Assim que fechei a porta atrás de mim, Aaric falou comigo. - Ei Maya, você viu o Klaus hoje? - eu o fuzilei com os olhos. - Fala baixo! Meu pai não sabe que eu ando com ele. - Aaric colocou a mão na boca e pediu perdão. - Mas não. Hoje não consegui falar com ele. Parece que ele foi assaltado no fim de semana e está sem telefone. - Ah, é. Pode crer. Tinha esquecido. Mas para onde nós vamos hoje cara? Eu apertei o botão do elevador e o encarei. - Vamos para a praça lá de baixo, onde os meninos ficam e apertar um. E rezar pro Klaus aparecer por lá. - Beleza. - eu podia ver o tom da alegria pintada em seu rosto quando eu disse a palavra "apertar". A última vez que nós fumamos juntos eu o vi cheirando cocaína. Eu não falei nada, mas ele viu nos meus olhos o sentimento de decepção. Ele me olhou e sorriu meio torto, quase como um pedido de desculpas. A nossa relação só foi possível há dois anos, quando eu finalmente voltei para Chicago e comecei a fumar e a me refugiar na praça nas horas livres. Minha irmã estava casada com Drew Lewis e com uma filha de quase dois anos. Drew fumava e isso eu descobri quando comecei a descer e depois disso, a minha relação tanto com ele como com o Aaric começou a mudar radicalmente. Aaric se tornou um amigo, Drew se tornou um inimigo. Começamos a nutrir um ódio um pelo outro que eu nunca soube explicar bem do porquê. Assim que chegamos na praça, um homem de blusa social caminhou na nossa direção. Aaric sorriu no mesmo instante e acenou alegremente. - Drew! Eu desviei o olhar e continuei a caminhar para os bancos, olhando de um lado para o outro, procurando Klaus, ele ainda não tinha aparecido por lá e isso me deixou bem frustrada. Klaus foi o meu primeiro amor verdadeiro, que fazia o meu coração palpitar e as minhas mãos suarem. Na época em que me apaixonei por ele, ele acabou começando a namorar uma amiga, que sabia que eu gostava dele e isso me fez muito m*l, ao ponto de fugir para a casa dos meus avós em Riverside. Quando eu voltei para a casa do meu pai, procurei por ele novamente, embora eu sentisse que ainda o amava, meu coração já não palpitava da mesma forma e as minhas mãos já não suavam mais. De longe eu vi a sua blusa preta e calças rasgadas em um andar despreocupado, tentando se esquivar do matagal que já crescia na praça. Eu corri até ele e lhe dei um forte abraço. O cheiro de seu corpo me enlouquecia, me fazia querer nunca mais largar aquele abraço apertado. Ele acariciou meu rosto e me recebeu com um beijo quente. - Olá, pequenina. Ele já estava muito bem. Estava estampado em seu rosto que ele havia fumado e não fazia muito tempo. Ele estava relaxado, por assim dizer. Mas ele sempre dizia para mim que a "onda" dele só fica boa quando eu estou fumando com ele. Diz ele que eu trago paz à vida dele. Eu o acompanhei até a mesa de pedra que Drew e Aaric estavam e nós sentamos. - Você chegou cedo do trabalho. Não consegui falar com você. - falei baixinho e fazendo cara de choro. Ele sorriu pra mim. - Desculpa, meu bebê. É que como você sabe eu estou sem celular e meu chefe não deixou eu te mandar mensagem do celular dele, por que como você sabe... Eu perdi meu pendrive no fim de semana também. Ele me deu o esporro do ano hoje. Ele só não me demite por que precisa de mim. Então não faz essa cara. - ele se virou e pegou a seda do bolso. Eu o fiquei observando por um bom tempo enquanto ele apertava o baseado. Aaric que havia levantado para conversar com um menino perto das escadas, toda hora olhava para nós pra ver se Kalus ou Drew tinham terminado de apertar. Eu voltei meu olhar para Drew e respirei fundo. - A minha irmã sabe que você está aqui? - ele me olhou de r**o de olho. - E isso te interessa como? - eu bufei. - Cuida da sua vida que eu cuido da minha. Eu voltei meu olhar para Klaus e apertei o seu braço, com raiva de Drew. - Hoje eu peguei aquele meu antigo diário vermelho. - ele parou o que estava fazendo e olhou pra mim, sério. - Eu me lembrei da época que voltei de Natal. Quando nos conhecemos de verdade... Eu... - Klaus me interrompeu com um beijo. - Não quero que fique lembrando o passado. Estamos juntos agora, nós vamos nos casar e ter a nossa casa... Tudo vai ficar bem. Você verá. - ele me beijou novamente e acendeu o baseado. - Eu te amo Maya Thompson. E eu vou te fazer muito feliz. Aaric voou até a nossa mesa com um sorriso e se sentou perto de Drew que também acendia seu baseado com um sorriso sarcástico no rosto, como se zombasse do que havia acabado de ouvir. Eu não me importava. Eu sorri, mas eu sentia que aquilo tudo parecia loucura demais. Parecia que não era isso que eu queria.

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