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1132 Words
BRIAN NARRANDO Gostei do que vi quando pedi o histórico inteiro de Louise. Ela é uma moça boa, trabalhadora. Tem dezenove anos, se formou mais cedo do que o comum, não teve condições financeira de fazer gastronomia, que era seu sonho, mas trabalha em restaurantes desde então. Ajuda o chef do restaurante Finnegan's durante a manhã, trabalha no mesmo restaurante a tarde e a noite. É, são quase doze horas de trabalho por dia. Senhorita Murphy é realmente esforçada pela mãe, que tem um câncer raro e está hospitalizada. Respirei fundo, fechando meus olhos. Estou sentado em minha cadeira do escritório, porque meu trabalho hoje é mais sério do que se imagina. Sem mim, a máfia irlandesa não funciona. Eu era apenas um traficante, agora eu sou o maior. Cuido de toda a parte do tráfico de drogas e armas da máfia, mas também dos interesses econômicos e políticos. É um trabalho pesado, digamos... E eu preciso relaxar. Acaricio os cabelos de Leslie, que está embaixo da minha mesa, com o rosto dentre minhas pernas. Ela me abocanha inteiro, fazendo movimentos de vai e vem enquanto seguro seu cabelo pela nuca, a auxiliando nesses movimentos. Seus olhos verdes encontram os meus, e eu sorrio com malícia. — Continue. — Falo baixo. Meus a pressionam mais contra mim, e ela se esforça ainda mais, chupando com muita vontade. Já faz alguns minutos que está ali. Suas mãos brincam com minha calça, que está com zíper e botões abertos, levemente abaixada por conta da situação. — Assim... — Sussurro. Ela geme. Ela, com sua língua, me estimulou o suficiente para que eu sentisse meu corpo reagir. Fechei os olhos mais uma vez, permitindo que meu ápice chegasse dentro da boca dela. Ela parecia tão satisfeita quanto eu, engoliu, limpou os lábios e fez questão de fechar minha calça. Ela saiu de baixo da mesa, arrumou a blusa com botões bem apertada que usa e limpou o canto dos lábios. — Posso ajudar em mais alguma coisa, senhor Quinn? — Eu adoro quando pronunciam meu nome da maneira correta. — Leve esses papeis da empresa fantasma do Garry e faça as transferências indicadas. — Entreguei um envelope para ela. Ela concordou, pegou o envelope e saiu. Se Leslie não fosse tão vagabunda, talvez eu a contratasse para fingir ser minha esposa. Mas sei que acabaria com cinquenta chifres por mês, no mínimo. Acho que ela gosta mais de sexo do que eu. Lembrei-me do casamento falso, isso precisa acontecer de uma vez. Perdi um bom tempo apenas parado, pensando nisso. Trezentos e sessenta e cinco dias com uma completa desconhecida, fingindo ser minha esposa. Os eventos da máfia são constantes, e a primeira dama é simplesmente uma peça importante demais para não aparecer. Para ser um cabeça, você deve ter uma esposa do lado. Um rei não é nada sem sua rainha. Ouvi batidas em minha porta. Aqui, temos uma empresa real de contabilidade. Aliás, foi trabalhando aqui que descobri que seria muito mais rentável trabalhar com coisas ilegais. A vida molda a gente, não é mesmo? — E aí, bonitão. — Garry cruzou a porta com os papeis que entreguei em mãos. — Tudo assinado. — Certo. — Peguei da mão dele e coloquei em minha mesa. — Não querendo apressar você, mas você sabe que sábado vai ser sua apresentação para os mais de cem integrantes da máfia irlandesa, vão te apresentar como sucessor e você não tem uma esposa. Muitos já te conhecem, mas muitos não tem acesso a você. Você precisa ao menos ter uma... Noiva. — Eu sei disso. Já estou resolvendo. — Falo, com olhar sério. Ele sorriu e saiu da sala. Não gosto que me cobrem, mas ele está certo. Peguei o telefone e liguei para a tal da Louise. No final das contas, ela tinha razão... É minha melhor opção. — Alô? — Respondeu, do outro lado da linha. — Peça demissão do restaurante. — Aquilo saiu como uma ordem. — Eu passo às oito horas na sua casa para levá-la para um passeio. Esteja arrumada. — Quão arrumada? — Perguntou. — Iremos ao restaurante Malahide. Conhece? — Ela suspirou em surpresa. — Quem não conhece? É o restaurante inspirado no castelo Malahide! Eu me amarro na história... A conquista de Oliver Cromwell principalmente. — Ao menos Louise tem algum tipo de cultura. — Ok, iremos lá. Tem roupas apropriadas? — Louise ficou em silêncio. — Eu acho que não, mas eu posso pedir à uma amiga. — Respirei fundo, um pouco irritado. Mas depois lembrei que Louise está com a mãe doente e provavelmente vendeu todos os itens caros de seu guarda-roupa. — Vou mandar meu segurança buscá-la imediatamente. Compre o que precisar no meu cartão, para esse encontro. — Nossa, então eu tenho que pedir demissão nesse minuto? — Questionou, eufórica. — Sim. Boa sorte. — Desliguei o telefone e me levantei, indo até a porta e a abrindo. — Leslie? — Chamei. — Sim, estou aqui, senhor Quinn. — Chame o meu motorista e diga que tenho um serviço para ele. E mande o Garry vir aqui. — Ela concordou e foi fazer o que pedi. Alguns minutos depois, ele entrou, e eu pedi que fechasse a porta. Apenas eu e Garry sabemos do meu noivado falso, então, eu precisava segurar as pontas. — Posso ajudar, senhor? — Bom, hoje você conhecerá minha noiva. Ela está precisando de uma ajuda, vamos jantar juntos. Preciso que a busque e leve para comprar o que quiser para essa noite. Deixe que ela faça o que quiser e gaste quanto quiser, não se preocupe. O Garry vai com vocês. — Entendido, chefe. Preciso saber de mais alguma coisa? — Garry vai te guiar. Não se preocupe com nada. — Garry entrou na sala logo depois de eu falar sobre ele. — O que quer de mim agora? — Disse em um tom brincalhão. Garry é um ruivo baixinho e gordo, fiel aos meus planos por sete anos. Um bom homem. — Escolhi minha noiva. Você vai com ela comprar algumas coisas, e faça-a fechar o bico sobre o casamento de fachada. Eu irei levá-la para jantar no Malahide. Ajude-a a escolher uma vestimenta adequada... Joias e todas essas coisas. — Vou adorar. — Sorriu de forma sincera. — Posso levá-la ao salão que faço as unhas. — Vá. Faça também. — Na sua conta? — Ele riu. — É... Tá, vai. — Girei os olhos. — Vou estourar seu cartão pela segunda vez na vida. Que prazer. — Garry riu. — Você não seja nem louco, seu filho da p**a. Faça o que eu preciso. Nada a mais, nada a menos. — Agora, foi a vez dele girar os olhos. — Chato e mau humorado como sempre.
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