Como ser um submisso - Capítulo IV

2339 Words
Assim que o professor havia saído da sala, Jamie juntou seus livros e se levantou, se dirigindo para fora da sala o mais rápido que pode. Alex se levantou junto e jurava que viu as pernas de Jamie bambearem. Ele correu até a porta e segurou frouxamente no braço de Jamie antes que ele pudesse fugir. Se Jamie quisesse, poderia ter se soltado, mas o que fez foi parar e se virar para encará-lo, questionador. — Ei, você nem vai me dar um abraço de despedida, gatinho? — Eu não sou seu gatinho. — Jamie revirou os olhos. Mas podia ser. Jamie o olhou desconfiado novamente e colocou os braços em volta de seu pescoço, lhe dando um beijo no rosto e se afastando rapidamente pelo corredor. Bem, foi bom enquanto durou. Saiu da sala e andou a passos lentos pelos corredores agora vazios. Havia um motivo para ter escolhido as últimas aulas possíveis. Talvez tenha sido porque queria conhecer quem era realmente Jamie Martino. Ele podia ter o tocado e o feito gemer, mas não parecia o suficiente para assumir uma responsabilidade desse tamanho. Pelo menos para ele. A curiosidade que Jason havia implantado em sua mente era o único motivo que o tiraria da cama antes do meio-dia, com exceção dos treinos de natação. Algum tempo depois, quando sua última aula do dia se encerrou, caminhou em direção ao pátio sem cobertura e viu seus amigos onde haviam combinado de os encontrar. Porque ainda eram seus amigos, não sabia. Luca era um engenheiro. Adam, agrônomo. Olivia, arquiteta e, Selena, estilista. Com o tempo cada um deles foi encontrando seu próprio caminho, entretanto, por algum motivo, tinham decidido ir para a mesma universidade. Vai entender. — Finalmente o filho renegado volta à casa. — Luca zombou, indicando o lugar entre ele e Olivia. Alex suspirou e se sentou, sem dizer nada. Sério, porque ainda se dava ao trabalho? — Alex estava com o namorado. — Olivia disse sem tirar os olhos do celular. — Não deixe Jason te escutar. Senão, Alex vai ter que lutar pela virtude do garoto. — Adam disse coçando a barba numa tentativa de figura pensadora. — Eu gostaria de ver isso. — Olivia disse e ainda sem tirar os olhos do celular, beijou Alex no rosto e colocou a mão dele sobre o ombro dela. Olivia insistia nesses atos de afeto em público. Deveria ser para esconder as escapadas com Thais e Rebecca. Depois ele que era o medroso. — Você não tem o que falar. — Alex sentiu a necessidade de se defender. — Não sou eu que vivo com cara de cachorro abandonado. — Desculpe interromper a construtiva conversa de vocês, mas Jamie está atrás daquela árvore com as irmãs Martino. — Selena indicou com o olhar, gentilmente. Alex virou a cabeça e sorriu. Era fofo. Escondido feito um garotinho no jardim da infância, espiando o coleguinha. Realmente fofo. — Oh, isso vai ser tão divertido! — Luca exclamou animado, mas antes que ele pudesse levantar, Alex o segurou pelos ombros, o forçando para baixo. Alex não deixaria que estragassem suas chances. Havia levado um longo tempo e torturante esforço para chegar até aquele ponto onde Jamie finalmente começava a confiar nele e o levar a sério. Não seria um cara ciumento que estragaria tudo. Agora, de quem Luca sentia ciúme, era outra história. — Não se atreva, Luca. Você não quer que eu conte pra Thais, quer? — Você não se atreveria! — Luca colocou a mão no peito e jogou a cabeça para trás. — Não é? — Ele então olhou para Alex com os olhos mais inocentes que ele já tinha visto. Alex tentou segurar a risada, mas quando ouviu o resto de seus amigos, riu junto. — Estou falando sério, Luca! Vocês também. Se eu vir alguma coisa estranha… — Ah, qualé! Sou seu amigo. Seu melhor amigo. — Luca se inclinou como se fosse lhe contar um segredo e sussurrou em seu ouvido. — Sei que você se divertiu naquela noite. Não. Alex não iria pensar nisso. Estava tentando ser uma pessoa melhor e convencer Jason que merecia conquistar Jamie. Jason era pior do que um cão de guarda. — Jason é meu melhor amigo. Adam é meu melhor amigo. Você, nem tanto. — Assim você machuca meus sentimentos. Mas eu te perdoo. Prefiro ser a melhor f**a do que o melhor amigo. — Meus Deuses, Luca! Eu não sei como a Thais aguenta. — Alex coçou os olhos inconformado e quando os abriu lá estava Jamie. Ele se ajoelhava no meio de suas pernas com o rosto rosado, há poucos sentimentos de seu colo, a boca aberta soltando baforadas de ar quente diretamente em sua virilha. Ah, mas o olhar no rosto de Jamie não era o de uma criança. Podia ser qualquer coisa menos isso. Outra pessoa em seu lugar não estaria tão calma e controlada. Era importante que ele jogasse certo. Sentia que estava mais perto de seu objetivo do que pensava. — Lex, acho que você finalmente tem seu gatinho exatamente onde queria. — Olivia, que segurava em seus braços, olhava tão ou mais interessada do que ele para Jamie a seus pés. Ele conhecia bem aquele olhar, Olivia gostava de assistir. Mas Jamie era só dele. — Eu acho que não. — Luca disse. Tudo bem. Ele podia fazer isso. Ignorando Luca e Olivia, Alex pigarreou, tentando encontrar aquele tom de voz que costumava usar com Jamie. Um tom macio e suave, terno e agradável. Afável. Influenciável. — Você está bem? — Disse, enfim. Observou Jamie continuar a olhar para o que havia no meio de suas pernas e sorriu, sentindo seu ego ir para o espaço e voltar. Jamie balançou a cabeça como se saindo de um transe e o olhou com olhos arregalados, o rosto corando ainda mais. — Você parece estar numa situação complicada. Alex viu Jamie se remexer em sua posição no chão e se inclinar para frente. Não, isso seria pedir muito. Jamie não era do tipo “afeto em público’”, era? Não tinha certeza se queria saber. — Eu? Hm… estou bem… obrigado. — Ah, tão respeitoso, quase obediente. Isso não estava fazendo bem para sua cabeça. Para nenhuma parte de seu corpo. Percebendo o que fazia, Jamie se levantou em um pulo e juntou suas coisas ao passo que Alex franziu a testa e saiu de seus próprios devaneios. Viu Olivia olhar para ele de sobrancelha erguida e um sorrisinho safado ao lhe entregar um pedaço de papel, indicando com a cabeça para Jamie. No cartão havia uma única frase. — Dê uma chupada. Era um daqueles…? Oh, essa oportunidade era boa demais para deixar passar. Seus lábios se moveram sem sua permissão e lá estava o sorriso que parecia fazer Jamie fugir dele como se fugisse do d***o. Jamie era um garoto esperto. — Então… chupada? Eu não sabia que você era desse tipo. — Viu o rosto de Jamie corar novamente e então algo que ele nunca esperaria ouvir. — Você não viu nada. — Jamie arregalou os olhos e tampou o rosto com os livros, se escondendo atrás deles. — E-eu… me desculpe. Com licença. — Ei! Aonde voc-- E pensar que as coisas iam tão bem. Jamie se virou e caminhou em passos largos pelo longo corredor e para longe de sua vista. Ele estava tão perto. Suspirou. — O que você ainda está fazendo aqui? — Olivia questionou como se fosse sua culpa Jamie fugir como uma dama indefesa para longe de seu raptor. — Ele, obviamente, não quer falar comigo. — Não. Ele, obviamente, está envergonhado. — Não pareceu isso até agora. — Confie em mim. Estou sempre certa. — Olivia revirou os olhos e o empurrou para fora do banco. — Agora, vai. — Tudo bem, tudo bem! Mas se-- — É, é. A gente sabe. — Olivia falou e voltou a olhar para o celular, o ignorando. — Eu nã-- Luca começou a falar, e Alex olhou desconfiado para ele. No momento tinha assuntos mais importantes. Se virou e correu até o fim do corredor, encontrando Jamie no armário, guardando os livros agressivamente como se essa fosse sua missão pessoal. Seria uma conversa interessante. -x- — Hmm. — Alex murmurou. Se apoiou no coxão e se inclinou um pouco para trás, quase deitando na cama e fechou os olhos, deixando que a boca talentosa e molhada o levasse para onde precisava ir. Ah, sim, Christina. Líder de torcida. b***a grande. s***s enormes. Mas esse não era o motivo de estar ali. A boca carnuda e macia, era seu objetivo. Ela descia por seu m****o lentamente, o apertando e engasgava, lacrimejando, bem do jeito que ele gostava. Humm, logo iria gozar. Pegou nos cabelos da garota que se ajoelhava aos seus pés e a fez engoli-lo por completo. Agora, sim, as coisas estavam do jeito que gostava. Empurrou os quadris para frente e se acomodou dentro da passagem apertada. Se manteve parado por só mais um momento, mantendo a garganta da líder de torcida o aquecendo, empalada em seu p*u, até que seus quadris começaram a se mexer por vontade própria e deixou que ela recomeçasse seu trabalho, engasgando, lacrimejando e respirando naquele vai e vem hipnótico. — É lindo. Você não acha? Essa boca toda esticada ao redor do meu p*u? Tão boa garota. Sim, costuma fazer isso com mais frequência do que gostaria. E não, não tinha namorada, apesar do que os outros pudessem dizer. Nem tinha certeza se algum dia teve. Relacionamentos, mesmo que fossem sexuais, não eram do seu tipo, muito menos com Olivia. Brigavam por tudo o que fosse possível, discordavam e tentavam dominar o outro desde o primeiro momento em que haviam se conhecido. Isso faz quinze anos. Veja, relacionamentos em sua totalidade lhe pareciam… forçados. Você tem que sacrificar o que você é em prol de outra pessoa sem ter certeza se será reciprocado da mesma forma. Pessoalmente, era a favor da liberdade s****l. Falava com quem queria, beijava quem queria e principalmente fodia quem queria, sem culpa. Se Olivia precisasse de uma boa f**a, ele seria o primeiro a oferecer, mas ter de lutar a cada passo do caminho era um esforço que não estava preparado para gastar. Pessoas que gostavam de se submeter a suas vontades, por outro lado… eram mais fáceis de manejar. Eles se doavam de uma forma tão aberta e colocavam tanta confiança em outros que sua mente simplesmente não podia processar. Jamie era um natural. Não que soubesse disso há muito tempo. Era outra coisa que pirava sua cabeça; como podia o doce Jamie, tímido e tão jovem, atraente, prestativo, rico e inteligente, recém-formado e fresquinho, herdeiro de uma das maiores empresas de administração, querer que ele fosse seu Dominador; aquele que o moldaria, o cuidaria e daria tudo o que precisasse? Então era o que iria fazer, tentar moldar o submisso mais lindo e inocente que já tinha visto. — Ah, assim. Devagar. — Ele a pegou novamente pelos cabelos longos, a segurando enquanto ela sufocava. Seu p*u espasmou dentro da boca molhada e apertada, ainda que ela não fosse realmente a causadora disso. Só de pensar em f***r Jamie, tirar uma por uma daquelas roupas largas e redescobrir o que havia por baixo e fazê-lo se sentar em seu colo, foi o que finalmente o forçou a alcançar aquele momento onde tudo se tornava mudo e um show de cores explodia por detrás de suas pálpebras. Alex a sentiu estremecer junto a ele e fincar as unhas em suas pernas, o levando mais adentro daquele canal apertado. Ah, sim. Seria hipocrisia dizer que se pudesse escolher não estaria ali com uma garota gostosa e disponível querendo chupá-lo, não importando o quanto violento fosse. Mas ele dizia. Bem, ah!… talvez não fosse tão r**m estar naquela posição. Mas não era por isso que agora olhava para baixo e observava Christina ainda o apertando do jeito que mais gostava, tomar cada gota. Não mesmo. Aquele era um caso de urgência. Hmm, mas como era tão bom. Aquele momento quando você acaba de gozar e a pessoa continua te chupando e você está sensível até que vem a dor e você realmente precisa que parem, mas nunca querendo que a sensação passe. Não foi o que ele disse quando Christina respirou fundo e apertou os lábios em volta de sua ereção, deixando que o m****o deslizasse para fora de sua boca, brilhando e sem um traço de sêmen. Um trabalho bem feito. Poderia gozar de novo apenas com o pensamento. Não era sua culpa, talvez tivesse exagerado em sua pesquisa e seus pensamentos estivessem inundados de imagens de submissos marcados e dominadores sádicos. Bem, eram suas medidas de segurança. A chupada e a pesquisa extensa que fez. Era estritamente necessário que estivesse completamente preparado quando chegasse a seu apartamento e encontrasse um certo moreno de olhos escuros. Teria que ter controle total da situação se quisesse que aquilo desse certo. E pela primeira vez, Alex queria. Olhando ao redor, observou Christina se sentar nos calcanhares e respirar fundo, estremecendo em seu canto no chão. Apostava que ela tinha gozado enquanto o chupava. Elas sempre ficavam mais bonitas depois de dar uma boa chupada. — Obrigada, Alex. Hoje você estava excepcional. — Ela arrumou a saia e olhou para sua blusa arruinada, franzindo o cenho. — Eu que agradeço. Ajudou bastante. — Pegou sua carteira e tirou uma nota de cem reais. — Eu n-não posso. — Seu rosto corou e ela arrumou a saia, encabulada, olhando para o chão. — Eu insisto. É para a camisa. Eu juro. Ou um táxi. Christina pegou o dinheiro, o beijou no rosto e saiu pela porta, cobrindo com a jaqueta a marca esbranquiçada, antes que Alex pudesse dizer qualquer outra coisa. Agora estava pronto. Pegou a mochila que tinha trazido para usar com Jamie e saiu porta afora. Sentia que dessa vez seria a escolha certa.
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