Linha do Fogo

1292 Words
BEN Mano, o mundo podia estar pegando fogo lá fora, mas naquela hora, dentro do quarto da Keyla, a única coisa que importava era o fogo que a gente tava ateando um no outro. Ela sentada no meu colo, de costas pra mim, a pele quente grudada na minha, e eu com a mão enfiada na calcinha dela, tocando aquela bucetinha molhada que era meu novo vício. E o espelho na nossa frente era a tela de um cinema proibido, mostrando tudo. Cada movimento dos meus dedos, cada círculo que eu fazia no c******s dela, era registrado no rosto dela refletido. Os olhos fechando, a boca abrindo num gemido abafado, a expressão de um prazer que beirava a dor. E eu lá, beijando o pescoço dela, o pescoço que eu já sabia que era o ponto fraco dela, sentindo o corpo dela tremer no meu colo. Aquela cena, aquela p*****a toda com a mãe do meu amigo, era a coisa mais deliciosa e errada que eu já vivi. Me deu um t***o do c*****o, mas eu me segurei. O foco era ela. Só ela. Aí, quando eu olhei no espelho e vi os olhos dela. Eles estavam vidrados em mim, cheios de um desespero gostoso, e eu vi exato o segundo que o orgasmo chegou. Ela arqueou as costas contra o meu peito, um gemido longo e rouco saindo da garganta dela, e no meio daquele gemido, ela chamou o meu nome. — Ben...! Porra. Ouvir meu nome saindo da boca dela daquele jeito, no auge do prazer, foi a coisa mais f**a que eu já experimentei na minha vida. Mais que virar chefe, mais que qualquer respeito que eu conquistei na p***a do morro. Aquilo ali era real. Era cru. Era nosso. Ela ficou ofegante, o corpo todo mole contra o meu, e soltou um sorriso b***a, daqueles de quem acabou de descobrir a paz depois de uma guerra. Eu ainda tava com a mão dentro da calcinha dela, sentindo as contrações finais, e meu p*u latejando como um condenado. — Me deixa te chupar? — pedi, no ouvido dela, a voz grossa de t***o. Mal podia esperar pra botar a boca nela, sentir o gosto, fazer ela gemer de novo. Mas ela se mexeu, tirando a minha mão de dentro da calcinha, e se levantou do meu colo. O corpo dela saiu do meu, e de repente o mundo ficou mais frio. — Melhor não, Ben. Já passamos dos limites por hoje — ela disse, pegando a roupa do chão e se vestindo, cobrindo aquele corpo que eu m*l tinha começado a explorar. A frustração foi uma facada. — Por hoje? — perguntei, me levantando também, me aproximando dela. — Então eu posso voltar? Vai ter mais? Ela me olhou, um sorrisinho maroto nos lábios, e deu um selinho rápido na minha boca. — Quem sabe. — sussurrou. — Agora vai embora, e não esquece de levar as coisas do Douglas... — ela fez uma pausa, e o olhar ficou sério. — E por favor, Ben, não conta nada pra ninguém. — Claro que não — falei, sério. Aquilo era nosso segredo. Nosso pecado. Ninguém podia saber. Saí do quarto com as pernas tremendo, juntei umas roupas aleatórias pro Douglas num saco e, na hora de ir embora, não resisti. Puxei ela pra perto e beijei de novo, com uma fome que assustou até a mim. — Você gostou? — perguntei, com a cara ainda colada na dela. — Sei usar os dedos? Ela riu, um som baixo e gostoso. — Sim, Ben. Sabe usar direitinho. — Eu adorei te ver gozando comigo — confessei, rouco. — Agora eu já vou. Dei outro beijo. Era difícil parar. Era como se a boca dela fosse um ímã. --- Os dias seguintes foram uma correria do c*****o. A polícia tava em cima, marcando passo, tornando o movimento mais difícil. Dois carregamentos grandes chegaram e a gente teve que descarregar e esconder tudo com um cuidado extra. A tensão no morro tava alta, e eu no meio, coordenando tudo, mas com a cabeça em outro lugar. Sempre na Keyla. No cheiro dela, no gosto, no som do gemido dela. O Douglas tava meio pra baixo. Num desses dias, a gente tava no QG e ele soltou: — Fui lá em casa ontem, ver a véia. Ela tá estranha, Ben. Meu coração deu um pulo, mas eu mantive a cara de paisagem. — Estranha como? — Sei lá. Toda distraída. Até mais... bonita? Parece que tá com a cabeça nas nuvens. Tô te falando, mano, ela deve tá com alguém. Por isso que terminou com meu pai. Aquilo me deu um misto de orgulho e um medo danado. Orgulho por saber que era eu que tava deixando ela daquele jeito. E medo porque o Douglas tava chegando perto da verdade. — Para com isso, brother — falei, firme. — Sua mãe não é assim. Ela não trairia seu pai. E você não devia pensar isso dela. Ele ficou quieto, resmungando, mas pareceu aceitar. Eu, por dentro, me senti um lixo. Um traidor. Mas o desejo era mais forte que a culpa. Fui visitar meus pais outro dia. A Betina fez aquele almoço maravilhoso, a Ceci não saiu do meu lado. Depois de comer, o Brutus me chamou pra varanda. Ele tava lá, bolando um beck, aquele jeito tranquilo dele que esconde a sabedoria de quem já viu tudo nessa vida. Ele acendeu o baseado, deu uma tragada e soltou a fumaça devagar, olhando pro morro. — Ben — ele chamou, a voz grave. — Toma cuidado com fogo que queima todos ao seu redor. Eu olhei pra ele, tentando disfarçar o susto. Parecia que ele sabia. Será que ele sabia? O Brutus sempre teve um sexto sentido pra essas coisas. — Que fogo, véio? — perguntei, fingindo naturalidade. — Você sabe. Fogo bom no começo, esquenta, dá prazer. Mas quando cresce demais, não escolhe o que queimar. Queima você, queima sua família, queima seus amigos. Só deixa cinza. Fiquei quieto. A mensagem era clara. Ele não sabia de nada concreto, mas sentia o cheiro de problema no ar. E eu, o****o, ignorei. Na minha cabeça, a Keyla valia o risco. Valia qualquer merda. --- Mais uns dias se passaram. A saudade dela era uma coceira debaixo da pele. Eu precisava ver ela. Precisava tocar nela, sentir ela. Fiquei sabendo que ela tava indo na igreja às quartas. Fiquei de tocaia num beco escuro atrás do prédio, aquele mesmo que eu tinha achado o Douglas se drogando. E lá ela veio, sozinha, de vestido florido, uma santa que eu queria profanar. Puxei ela pra dentro do beco, contra a parede. Ela deu um gritinho de susto, mas quando me viu, os olhos não mostraram medo. Mostraram t***o. O mesmo t***o que tava me consumindo por inteiro. — Ben! Que susto, p***a! — Tô viciado em você — falei baixo, antes de cravar meus lábios nos dela. O beijo foi selvagem, desesperado, igual no quarto dela. As mãos dela subiram pro meu pescoço, me puxando pra perto, e eu levantei o vestido dela, minhas mãos encontrando a cintura, as coxas. Ela não resistiu. Pelo contrário, abriu as pernas, convidando. Quando ela abriu novamente as pernas pra mim naquele beco escuro, eu percebi que trocaria o morro inteiro por mais cinco minutos entre suas coxas. O poder, o respeito, o trono de concreto... tudo parecia insignificante perto do gosto dela e do som dos gemidos abafados que ela tentava prender na garganta ali, atrás da igreja. Eu estava perdido. E pelo jeito, ela também. ESSE LIVRO É UM SPIN OFF DO MEU LIVRO: FILHA DO MEU PADRASTO ADICIONE NA BIBLIOTECA COMENTE VOTE NO BILHETE LUNAR INSTA: @crisfer_autora
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