Maithe narrando - continuação
Não demorou nem dois minutos até eu ouvir os passos do outro lado do corredor. Virei a chave e abri a porta.
Lá estava ele, vindo na minha direção, com aquele olhar malandro e atento, escaldado pra c*****o. Ele olhava pros lados, como se esperasse uma emboscada a qualquer momento. O boné baixo escondia metade do rosto, mas os olhos estavam vivos, calculando tudo. O jeito como ele andava entregava: era um cara que tava sempre pronto pra correr ou atirar.
— E aí, Maithê? — ele soltou, com um sorrisinho torto, ainda olhando ao redor antes de entrar.
— Relaxa, Picolé. Aqui é seguro. — falei, dando um passo pro lado pra ele entrar.
Ele entrou, mas ainda deu uma última olhada no corredor antes de eu fechar a porta. Tava escaldado demais.
— c*****o, tu anda se
