Matteo narrando - continuação
Subi na moto e dei partida, acelerando pelas ruas do morro. O vento batia na cara, mas a irritação não passava. Meu coração tava acelerado, não pela velocidade, mas pela raiva. Eu sabia que amava a Vitória, mas, mano, ela tava testando minha paciência de um jeito que ninguém mais conseguia.
Cheguei em casa em menos tempo do que deveria, estacionando a moto com um tranco. Subi as escadas já bufando, mas quando abri a porta, lá tava ela, sentada no sofá, com aquela cara que misturava raiva e algo que eu não conseguia decifrar.
— Que foi agora, Vitória? — perguntei, fechando a porta com força. — Mandou mensagem como se fosse urgente. Tô aqui. Fala logo. Que merda tá pegando?
Ela me olhou de cima a baixo, cruzando os braços.
— Eu tô te chamando porque a gent
