Dom narrando
O chão do hospital era frio, mas o gelo tava dentro de mim. Andava de um lado pro outro, sem saber o que fazer. Minha cabeça tava a milhão. O som dos passos ecoava no corredor, misturado com os barulhos dos equipamentos e vozes dos médicos. A Manuela tava lá dentro, com eles. E eu aqui fora, me sentindo impotente.
A p***a da Brenda apareceu de novo, e essa merda toda começou. Agora, minha mulher tava lá, sangrando. E eu nem sabia o que tinha acontecido de verdade. Só queria que alguém viesse logo com uma resposta, qualquer coisa. Mas os minutos pareciam horas.
— p***a, alguém pode me falar alguma coisa? — gritei pra enfermeira que passou. Ela parou, assustada, e disse que iam me chamar assim que tivessem novidades.
A raiva subia como fogo na minha garganta. Eu queria soca
