(...)
Depois de rodarem várias casas, eles chegaram num consenso. Escolheram a 62.
Gabi gostou do quarto e do quintal da casa, o Arthur também e a mulher dele fez um “show”, mas depois aceitou também.
Dom: gostou da casa, baby? — parei atrás dela, enquanto ela olhava a fachada da casa. Precisava de uma pintura, mas isso era tranquilo.
Gabi: tanto faz, só uso o meu quarto mesmo.
Dom: vou usar bastante também — falei no ouvido dela.
Gabi: hum
Dom: que que foi? — ela nunca responde minhas resenhas assim. Tá rolando alguma coisa e eu não sei ainda.
Gabi: nada não, coisa minha.
Dom: tá estranha hoje.
Gabi: não é nada, baby — ela virou e ficou de frente pra mim.
Dom: então tá.
Gabi: pode deixar — falou e depois me deu um beijo rápido.
Dom: tá bom então — retribuí o beijo sem graça dela e ela se afastou.
Eu não engoli esse papo e muito menos esse beijo frio, mas isso é assunto pra depois.
Arthur: fala, mano — ele me cumprimentou e fez um toque comigo.
Daniel: e aí, meu cria — fez um toque comigo também.
Dom: e aí, tropa.
Arthur: bailão hoje?
Clara: Nem pense nisso, Arthur — A sonsa já chegou se metendo no nosso papo.
Gabi: lá vem ela com os surtos — a Gabi se afastou de mim revirando o olho — não se mete, garota.
Clara: Arthur, você não vai.
Clara: se você for nem precisa voltar, Arthur Rodrigues.
Arthur: deixa de papo b***a.
Clara: Eu tô avisando, se você for, nem precisa voltar.
Arthur: preciso sim, tenho que dormir antes de ir de novo — todo mundo deu risada e a garota revirou os olhos.
Clara: se você for o nosso noivado acabou.
Gabi: agora é que ele vai mesmo — O Arthur olhou pra ela de cara feia. — nem que eu tenha que levar ele na base da porrada.
Daniel: que isso, morena. A garota tem família — ela deu risada e o Dante também.
Clara: não se mete, sua vaca — a doida foi pra cima da Gabi e levantou a mão pra bater nela. Na minha frente é brincadeira, né?
Segurei o braço dela e afastei ela da Gabi.
Dom: tá doida? Se liga, garota.
Gabi: deixa, Souza. Eu tô a fim de bater nela, mas eu preciso de um motivo.
Arthur: vamo pro corre pra depois ir pro bailão né?
Dante: hunrum
Clara: Arthur, você não vai! — a maluca empurrou o Arthur.
Arthur: se liga, Clara. Deixa de show, p***a.
Gabi: vai logo, deixa ela aí surtando. — enquanto eles brigavam, eu vi a outra descendo a rua.
Mila: que que tá acontecendo aqui? — ela subiu na calçada.
Clara: quem é essa p**a, Arthur?
Dom: tá querendo apanhar mesmo, né garota? Se liga, maluca. — não que eu me importe em defender a Mila, mas essa garota enche a p***a da minha paciência.
Dante: É, eu vou embora porque eu tô de vela aqui — falou saindo do meio da rodinha.
Gabi: vamo amigo, a gente tá sobrando aqui — ela falou e eu encarei ela.
Ela adora fazer draminha quando a Mila tá por perto. A Camila só se deu conta dela hoje porque é lerda, a Gabi vive com a gente. Todo lugar que a gente tá, ela tá no meio.
O Dante diz até que ela é o nosso pontinho rosa.
Dante: falou aí, gente
Gabi: bye bye — ela subiu na garupa da moto do Dante e saiu, o Daniel saiu junto com eles na moto dele.
Clara: essa é a mulher do Dominic, amor?
Arthur: hunrum
Clara: tadinha, ela sabe?
Mila: amor — ela me encarou esperando defesa.
Dom: Deixa ela, Hoje ela tá querendo me testar.
Clara: você tem que aprender a respeitar a noiva do seu amigo, você vai conviver bastante comigo.
Mila: ah, vocês vão casar?
Clara: eu tô noiva, meu bem. — a sonda fez questão de mostrar a aliança.
Dom: há três anos... — sussurrei, assobiando.
Arthur: cê tá doido pra fuder comigo né? — eu dei risada junto com ele.
Arthur: vou nem falar nada pra tu.
Dom: relaxa mano, o sigilo prevalece entre a gente.
Arthur: sei
Arthur: Clara, vamo?
Clara: não, agora eu quero saber sobre esse sigilo
Clara: termina de contar a história. Que que ele sabe sobre o nosso noivado?
Arthur: ah, mano.
Clara: fala logo, i****a!
Arthur: para de palhaçada, Clara.
Mila: vamo, meu bem? Deixa o casal se resolvendo aí.
Dom: vamo, amor
Clara: só paga de boazona porque tá com o Souza, né garota? Mas se liga porque ele não vai ficar contigo toda hora.
Arthur: Clara!
Mila: Souza, olha como ela fala comigo.
Dom: fica quieta, deixa isso aí — passei o braço pelo ombro dela e trouxe ela pra perto de mim. — vamo descer, amor.
Arthur: Acho que eu vou escutar mais a Gabrielly.
Dom: é uma boa, viu.
Mila: e quem é essa ? — ela me olhou meio desconfiada.
Dom: a irmã dele, amor.
Mila: ah tá, eu fiquei na cabeça que o nome dela é Gabriela, amor.
Dom: não
Arthur: Clara, vamo?
Clara: a gente tem que conversar sério, Arthur.
Arthur: Entra no carro — o Dante parou a moto do nosso lado e a Gabi desceu.
Gabi: ainda gente? Credo.
Mila: a gente tá de saída já, vamo amor?
Dom: vamo, amor — a Gabi deixou um risinho escapar, mas disfarçou rápido.
Gabi: o amor é tão lindo, né gente?
Dom: bastante.
Mila: tchau, gente — ela tirou o meu braço do ombro dela e desceu da calçada.
Dom: falou aí, mano.
Arthur: depois a gente conversa.
Dom: beleza.
Dom: tchau baby — passei atrás dela e falei no ouvido dela.
Gabi: tchau.
Mila: vamo logo, amor — ela parou no meio do caminho e olhou pra trás.
Dom: calma, mulher — desci da calçada e corri até ela.
Gabi: maninho, deixa essa maluca e vamo descer.
Clara: ele não vai
Gabi: não falei contigo, garota. Fica na tua.
Arthur: p**a que pariu, eu vou ficar maluco.
Clara: Eu vou embora.
Gabi: é o melhor que cê faz.
Clara: eu vou embora, tá ouvindo, Arthur?
Arthur: vamo, Clara. Vamo embora.
Arthur: p***a.
Clara: a queridinha vai ficar aí com os boy?
Arthur: chega, Maria Clara. Entra na p***a desse carro antes que eu perca a p***a da minha paciência.
Arthur: já deu por hoje, pô.
Arthur: vai com a gente ou vai ficar aí?
Gabi: eu vou já, já, vou ajudar o Dante com umas coisas.
Arthur: e voltou pra cá por quê?
Gabi: vim pegar a chave da moto, né.
Arthur: hum
Arthur: se liga, viu?
Gabi: relaxa
Arthur: tchau — beijou a testa dela.
Gabi: tchau.
(...)
Gabrielly Rodrigues 🥀
Coloquei a última caixa com os materiais no chão, peguei uma garrafinha de água e me encostei na parede.
Gabi: e aí, como tá as coisas com a Lena?
Dante: tá de boa, né
Dante: tô pensando em ir na casa dela mais tarde.
Gabi: nada de convencer ela a morar aqui?
Dante: tô desistindo já, Gabis.
Gabi: desiste não, uma hora ela aceita.
Dante: não boto fé nisso.
Gabi: talvez ela queira esperar o casamento.
Gabi: tu sabe como a família dela julga tudo, talvez ela não queira morar contigo antes de casar pra não dá mais motivo pra falarem dela.
Dante: ela não quer casar, Gabis.
Gabi: como não? Vocês são noivos, Dantinho.
Dante: há mais de um ano.
Gabi: tudo bem, meu irmão tá noivo há três anos.
Dante: seu irmão não quer casar com a Clara, Gabi — ele não usou meu apelido. O assunto tinha ido pro ponto fraco dele. — eu não queria ter ficado noivo nem por um dia, eu queria ter pedido ela em casamento e ido casar no outro dia. Que dirá ficar noivo por três anos e nunca ir pra frente.
Gabi: tudo bem, meu irmão não é exemplo.
Dante: não mesmo.
Gabi: mas porque você acha que a Lena não quer casar?
Dante: porque ela não quer, ela fica só falando que vai ser no tempo certo e nessa aí, já tem quase um ano e meio.
Dante: eu chamei ela pra vim pra cá, ela disse que ia virar fofoca na família dela se fosse morar com o namorado. Que que eu fiz? Entendi o lado dela, esperei mais um tempo e pedi ela em casamento.
Dante: mas não resolveu nada, ela não veio morar comigo e a gente também não casou.
Gabi: ela não quer depender de homem.
Dante: que?
Gabi: ela não veio pra cá ainda porque quer terminar a faculdade e ela não casou ainda com você pra ter uma desculpa pra te dizer quando você quiser que ela venha morar aqui.
Dante: ela te disse isso?
Gabi: não, mas fica fácil ler as atitudes dela. Eu tenho alguém com as mesmas inseguranças da Lena.
Gabi: eu sei que o Dom não é exemplo de nada também, mas eu comecei a entender com ele esses papos. Eles dois acham que tão sempre incomodando ou que a galera tá sempre julgando eles.
Dante: ela acha que vão dizer que ela depende de mim?
Gabi: por aí.
Dante: pô, vendo por esse lado faz sentido.
Dante: o tempo certo pra ela é quando ela tiver formada.
Gabi: hunrum.
Dante: c*****o, Gabis, amassou nessa ideia agora.
Gabi: tá me devendo um açaí — desencostei da parede e guardei a minha garrafinha — vamo cuidar antes que o patrão chegue aí brigando com a gente.
Dante: patrão? Tá brigada com o Dom dom? — a gente continuava chamando o Dom assim, mesmo sabendo que ele odiava.
Gabi: não.
Dante: sei — falou vindo atrás de mim. — tu tava toda fria hoje, deu nem um beijinho no cara.
Gabi: beijinho na frente da dona dele? Eu prezo pelo meu bem-estar, Dante.
Dante: ah, não mete essa. Tu é toda afrontosa, nunca ligou se ela tava presente ou não.
Dante: e vamo combinar que aquela mina é uma pomba lerda do c*****o.
Gabi: não fala assim da mulher do teu amigo. — segurei a risada.
Dante: que mulher que nada, mina chata da p***a. — nós dois continuamos arrumando o carregamento que chegou enquanto ele julgava a mulher do patrão dele.
Levou a tarde quase toda, eu pensei até que não ia dar pra gente aparecer no baile, mas deu tudo certo no final. Nós dois tava largado no chão descansando quando o meu irmão apareceu pra me buscar.
Fui pra casa com ele e entrei direto pro meu quarto. Não queria papo com a sonsa da mulher dele. Tomei um banho bem quentinho e deitei na minha cama só de toalha mesmo
Tava cedo pra se arrumar e eu tava cansada. Aproveitei pra dormir um pouco
(...)
Continua...
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