Ela se afastou, cobrindo a boca com a mão, como se de repente o ar tivesse desaparecido ao seu redor. A expressão em seu rosto era de choque, uma mistura de incredulidade e desespero. — Não… não… eu só tenho dezenove anos… — murmurou, balançando a cabeça de maneira quase involuntária. — Eu ainda nem vivi, Isa! Eu nem comecei! As lágrimas começaram a escorregar pelo seu rosto, descendo em um fluxo incessante, como se um lago de tristeza tivesse transbordado. Eu a segurei pelos ombros para oferecer algum tipo de apoio, mas ela se debatía, como se estivesse lutando contra um destino inevitável, uma sentença de morte que não conseguia aceitar. — Eu queria terminar a faculdade! — ela exclamou, a voz agora alta e carregada de dor. — Eu queria ser advogada, Isa! Eu queria usar aquele maldito a

