📓 Isabela A porta do Áurea se fechou atrás da gente com aquele estalo seco que pareceu encerrar um capítulo e abrir outro. O vento quente da rua bateu no rosto, e por um segundo, o ar da cidade pareceu mais fácil de respirar do que o perfume caro do restaurante. Sera desceu o degrau na frente, segurando a bolsa com as duas mãos, o salto quase escorregando na calçada de mármore. Eu a segui, o coração ainda batendo torto, tentando entender o que, diabos, eu estava fazendo. Quando vi o motorista abrir a porta do carro preto, brilhando sob o sol, estiquei o braço e puxei Sera pelo punho. — Espera. — murmurei, firme. — O que você tá fazendo? Ela me olhou como se eu fosse a doida da vez. — Aceitando o convite, ué. — Convite? — ironizei, baixando o tom. — Isso é armadilha com polidez, nã

