đ Isabela â Noite no Apartamento Depois que a respiração da Sera estabilizou e o cansaço a deixou mais calma, eu me levantei devagar, sem soltar sua mĂŁo atĂ© o Ășltimo segundo. Fui atĂ© a cozinha e, em silĂȘncio, comecei a estourar pipoca na panela. O cheiro invadiu o apartamento, leve, aconchegante, e por um instante quase consegui esquecer a tensĂŁo do dia. Enchi uma tigela grande e voltei pra sala. Sera jĂĄ estava mais erguida no sofĂĄ, a manta puxada atĂ© o queixo, os olhos atentos em mim como se tivesse medo que eu sumisse. â Olha o que eu trouxe. â forcei um tom animado, sentando ao lado dela e oferecendo a tigela. â Pipoca daquelas que a gente fazia escondida na madrugada. Ela riu baixinho, pegando um punhado. â Com gosto de queimado, serĂĄ? â provocou, ainda com a voz fraca. Revirei o

