Ele nem piscou: — No quarto de hóspedes. — disse, voz firme. — Porta ao lado do meu. Fácil de fugir, mais fácil ainda de invadir, caso você resolva fazer merda de madrugada. Revirei os olhos, impaciente: — Relaxa. Não tô afim de mexer em nada teu. O silêncio da cozinha ficou pesado. Adrian se encostou no mármore, camisa aberta no peito, braço cruzado, e aquele sorrisinho de quem sabe exatamente o que faz com a cabeça de uma mulher e com o corpo também. — Mas se bater saudade do que quase rolou no carro… — ele repetiu, a voz arrastada, quente. — Minha cama tá logo ali. Só bater na porta. Ou nem precisa bater, se chegar entrando de madrugada. Meu sangue subiu no mesmo instante, misturado com raiva e aquele t***o desgraçado que eu detestava sentir. Cruzei os braços, desafiante: — Pra t

