Carol A casa permanecia em um estado de quietude quase sepulcral, um silêncio que se estendia por longos e tortuosos minutos, cada um deles carregado de uma tensão palpável. Esse tipo de silêncio sempre me causou um medo instintivo, uma sensação de apreensão que se intensificou exponencialmente desde que me vi vivendo aqui, sob estas circunstâncias. Com o passar do tempo, aprendi uma lição amarga e crucial: naquele mundo particular, governado por regras próprias e uma lógica distorcida, não são os gritos que anunciam o perigo, que trazem a morte. Não, o que realmente mata, o que verdadeiramente aterroriza, é o silêncio que precede o grito, o vácuo que antecede a explosão, a calma enganosa que mascara a tempestade iminente. E ultimamente, esse silêncio ensurdecedor estava me envolvendo c

