Carol
O cheiro dele ainda estava nos lençóis, uma sinfonia profana de madeira, suor, pólvora e a inconfundível essência de possessão. A brisa leve da manhã, que se esgueirava pela janela entreaberta, parecia impotente diante daquele rastro, agora gravado não apenas na seda amassada, mas profundamente em mim. Era como se, mesmo após a fúria da noite passada, cada fibra do meu corpo gritasse seu nome, confirmando que eu ainda era dele, e talvez, sempre seria.
Eu jazia nua sob o lençol desfeito, uma figura patética e rendida. Meus cabelos, úmidos e pegajosos, colavam-se à testa, um resquício da batalha travada. As coxas protestavam em um dolorido lembrete da intensidade de seus movimentos, e meu pescoço, ah, meu pescoço ainda ardia, marcado pelos beijos possessivos que haviam deixado uma tr
