Gabriel A sirene ecoou pela madrugada da Rocinha como um grito de socorro, rompendo o silêncio ancestral dos becos. Eu estava no meu gabinete improvisado, revisando rotas de abastecimento, quando o rádio chiou com urgência vermelha: “Posto do Miliciano 9 avança pela Rua do Sossego! Detenção em massa! Carol Vitale capturada!” Meu coração parou. A mulher que dividia comigo o trono de concreto havia sido presa pela milícia. Sem pensar, larguei tudo e corri. O medo me impulsionava de forma absurda: imaginar Carol algemada, humilhada, nas mãos de criminosos que não hesitariam em quebrar sua dignidade, era um martírio. Eu sentia o peso de cada segundo, each heartbeat um tambor de guerra. Desci a ladeira em um jipe blindado, o motor rugindo contra a noite. Dentro, Zulu e Rafael trocavam tiros

