Muralha narrando Eu tava quente. Quente pro c*****o. Fervendo. Com a alma em brasa e o sangue latejando na veia como se fosse dinamite prestes a explodir. Acendi um cigarro, o isqueiro tremendo nos meus dedos. A fumaça me ajudava a manter a calma, mas nem isso tava funcionando mais. A cada segundo que passava e aquele filho da p**a não aparecia, a minha vontade de explodir aquele morro só aumentava. O Lobo seguia no rádio, tenso, insistente. — Coringa, responde aí… Ô Coringa, tô chamando, irmão… Silêncio. — Tá onde que é essa resenha mesmo que tu falou? — perguntei com os dentes cerrados, jogando o toco do cigarro no chão e pisando com raiva. — Lá no Mirão, patrão. Quer que te leve lá? Assenti com a cabeça e entrei no carro sem dizer mais nada. O Lobo subiu na moto e foi na frente

