Bárbara narrando Parecia que ele realmente me conhecia. Não só pelas palavras, nem pelo olhar atento que ele mantinha em mim desde o primeiro segundo em que me tirou daquele chão, ensanguentada e arrebentada. Era mais do que isso. Como se, mesmo sem saber da minha história completa, ele já enxergasse as dores que eu carrego, os limites que eu ultrapassei, as guerras que eu lutei. Eu estava exausta, o corpo clamava por descanso, mas a mente não ia desligar tão cedo. A noite tinha sido intensa demais. Eu sabia que não conseguiria dormir tão fácil. Não depois de tudo. A verdade é que eu precisava de algo mais forte do que uma cerveja. Algo que anestesiasse o que estava pulsando dentro de mim. Mas eu tava entupida de analgésico, cheia de medicação no sangue, o braço com resquício do soro. N

