Muralha narrando Eu só queria uma noite. Um momento. Um respiro antes de voltar para a boca e trabalhar como um condenado para consertar toda a merda que fizeram no meu morro. Só queria um instante de paz ao lado da única pessoa que, no meio de toda a confusão que é a minha vida, conseguiu me trazer algum tipo de sossego. Mas a minha mãe não sabe o que é me deixar em paz. Parece que ela sente prazer em me exucinar. Posso estar em qualquer favela do Rio, que ela sempre vai dar um jeito de me perturbar. Mas, curiosamente, se ela souber que eu tô na pista, ela nem lembra que eu existo. Quando estou resolvendo assuntos das empresas, é como se estivesse invisível para ela. Mas basta pisar em qualquer território do comando para o inferno começar. — A minha mãe é complicada — comento, aperta

