Heloisa narrando — Eu sempre fiquei quieta. Sempre preferi o silêncio pra proteger a minha filha. Sempre fugi do confronto porque sabia que tu era suja. Baixa. Mas hoje… hoje tu vai sentir na pele o gosto de cada ameaça. Cada bilhete deixado na padaria. Cada vez que minha filha chegou chorando em casa por tua culpa. Cada vez que eu me ajoelhei no banheiro pra orar, pra não perder minha sanidade. Joguei a corrente no canto e me aproximei de novo. Puxei a mão dela com força. — Solta só os dedos. — pedi a um dos seguranças, e ele obedeceu. Ela chorava, soluçava como uma criança. E foi aí que eu comecei. Um por um. Quebrei o primeiro dedo. O estalo foi seco. O segundo. Ela gritava e se contorcia. No terceiro, ela tentou me chutar, mas eu ri. — Tá doendo, né? Engraçado… o Elias não teve n

