Lobo narrando - continuação O silêncio que veio depois pesou como um colete cheio de chumbo. Ele não respondeu de imediato. Apenas acendeu um cigarro, tragou devagar, e soltou a fumaça pelo canto da boca, me olhando fixo, sem piscar. O ar ficou denso. Eu conseguia ouvir meu próprio batimento acelerado, o estalo suave do cigarro queimando, e nada mais. Era aquele tipo de silêncio que dizia muito mais do que qualquer palavra. Que testava a firmeza de quem estava falando. E eu estava ali, sustentando o olhar dele, esperando pelo próximo passo, pelo que viria a seguir — e sabendo que qualquer resposta dele poderia mudar tudo a partir dali. — Por enquanto, você é o único que eu posso confiar aqui. — Muralha disse, a voz grave, firme, sem pressa. — Você errou. E não foi qualquer erro. Foi gr

