Bárbara narrando Saí atrás dele sem nem pensar. O jeito que o Muralha saiu do CT me deixou com o coração na boca, parecia que o chão tinha desaparecido embaixo dos meus pés. Ele arrancou com a moto e eu entrei no carro, acelerando logo em seguida. A diferença é que ele se enfiava em viela que carro nenhum passava, como se quisesse me despistar. Eu não tinha escolha a não ser contornar e subir direto pra casa dele. Estacionei no portão e, sem perder tempo, disquei seu número. A chamada tocou uma, duas, três vezes até que, finalmente, ele atendeu. — Aonde você tá? — perguntei, a voz mais dura do que eu pretendia. — Tô chegando em casa. — respondeu, curto, seco, quase sem vida na voz. Não demorou muito e eu ouvi o ronco da moto vindo da rua de baixo. O barulho dos pneus rasgando a estra

