Capítulo Três — Thomás

3062 Words
A reunião sobre a nossa festa rendeu boas ideias, agora organizar todas para botar em prática, antes de tudo temos que organizar uma data, afinal só poderemos acertar todos os detalhes se soubermos dizer para que mês e data vamos querer aos organizadores, mas esse assunto ficará para o próximo momento, apesar que tínhamos tempo, porém estou incomodado com o meu telefone que está vibrando o tempo todo no bolso, não posso imaginar quem é, para está assim nesse desespero. Talvez seja algum cliente em apuros, quando eles são presos, os mesmos ficam desesperados e loucos para serem soltos logo, que pena que eles não pensam nisso antes de praticar a ação criminosa, só reflete depois que a lambança já está feita e sobre para quem estiver disponível no escritório resolver, esse pelo visto não quer ninguém além de mim, porque não para de ligar um minuto se quer. Estranho ao acender a tela do visor, pois na verdade quem está ligando é a minha mãe, a mesma nunca me incomoda quando estou no trabalho, se ela quer conversar algo comigo, espera o meu horário de almoço para ela está insistindo assim aconteceu alguma coisa muito grave. Retorno a ligação imediatamente, sem esperar nenhum um segundo a mas, me afasto do Apolo, assim que percebo que a mesma atendeu com a voz de choro, eu sabia que algo estava acontecendo. — Meu filho sua irmã sofreu um acidente no caminho da nossa cafeteria. Não vejo razões para manter este negócio, o escritório vai de vento em polpa, não temos necessidade de ficar se arriscando uma vez no mês naquelas pistas perigosas, com dinheiro do pagamento de todos os funcionários, já cansei de dizer a minha irmã que isso era muito arriscado, mas a mesma dizia que não via probelma algum, que ela adorava aquele lugar e enquanto os nossos pais permitisse, ela continuaria pegando a estrada uma vez no mês, para acertar o pagamento dos funcionários. — Em que hospital ela está? A senhora já conseguiu mas informações? Ela me responde soluçando que ela está no hospital da cidade, o único que existe por lá. Falo para a mesma ficar tranquila que vamos ir agora mesmo saber informações da minha irmã, não posso deixar que minha menina fique jogada num quarto qualquer de hospital público, não vou medir esforços para que ela seja transferida pra um hospital particular. — Mãe me escuta, se organiza, arruma o que a senhora for levar, que eu estou passando por aí daqui a mais ou menos 30 minutos para te pegar. Vou ter que passar no meu apartamento antes para pegarmos algumas roupas, há uns meses atrás conseguir ir morar em um apartamento, os meus pais e a minha irmã só faltaram morrer, dizendo que a casa era enorme dava muito bem para vivermos todos juntos, mas sinceramente não vejo mais graça, está vivendo lá, afinal às vezes sempre quero terminar a noite com alguém, só que não ficava a vontade de levar para casa dos meus pais, sem contar o constrangimento, por isso tomei a decisão de me mudar, confesso que não me arrependo. — Aconteceu alguma coisa Thomás? Você ficou com uma expressão preocupada de repente, após atender o celular. Não vejo motivos para esconder do Apolo o que aconteceu, pois o mesmo é o único da empresa que tem a liberdade de frequentar a nossa casa, inclusive ele e minha irmã se dão muito bem. — Minha irmã sofreu um acidente no caminho da nossa cafeteria que fica no interior, por favor fique responsável pelo escritório, pode resolver tudo que estiver ao seu alcance, durante o caminho informo a todos. Não tenho tempo para ir na sala de cada um dizer que o Apolo vai ficar a frente, enquanto eu estou indo verificar a situação da minha irmã, se tudo der certo voltaremos hoje ainda, espero que com a minha irmã sendo transferida para o melhor hospital particular daqui. — Me mantenha informado de qualquer notícia sobre ela por favor, se você não tivesse me pedido para tomar conta do escritório com certeza iria com vocês. Falo que neste momento ele estará me ajudando tomando conta do escritório, não confio nos demais para fazer isso. — Não se preocupe, assim que chegar lá e me inteirar sobre o assunto eu te ligo, para dizer o estado de saúde verdadeiro da Tábata, referente a isso não se preocupe, qualquer emergência do escritório você têm carta branca para resolver da sua maneira, quando eu voltar me passe um relatório de tudo que aconteceu na minha ausência, não precisa escrever somente me relatar de forma verbal o que ocorreu. Não vou sobrecarregar o mesmo para fazer um relatório que não há necessidade, tenho certeza que ele saberá me relatar com riqueza de detalhes tudo o que aconteceu no decorrer do dia. — Vou ficar torcendo para que não tenha sido nada grave. Estou morrendo de medo do diagnóstico que vamos encontrar, eu sei que a minha irmã adora velocidade, tenho certeza que a mesma deveria ir além do permitido, o pior que sempre reclamei sobre isso com a mesma, porém ela nunca me escutava, entrava num ouvido e saia pelo outro, agora estamos aqui indo para aquela maldita cidade feito uns loucos, somente para saber o que de fato aconteceu com ela, se depender de mim depois que ela se recuperar do acidente, não volta mais aquele lugar, se quiser manter a cafeteria fica fazendo reuniões apenas pelos aplicativos de vídeos chamadas, são funcionários de confiança que trabalham lá desde quando os nossos pais abriram, tenho certeza que eles não seriam capazes de roubar eles. Apesar que não devemos confiar, qualquer coisa eu faço o sacrifício de ficar indo lá uma vez no mês apenas para verificar como estão as coisas. — Já estou na portaria mãe, eu não vou subir, se a senhora poder descer para agilizar eu vou agradecer, pois aquelas estradas são perigosas durante o dia imagina escurecendo? Ela não discorda, diz que as coisas já estão todas arrumadas e que estão descendo, o meu pai não vai, porém com certeza deve vir trazendo as coisas da sua esposa, eu admiro a relação dos dois, pois estão sempre unidos apesar de todos os obstáculos que a vida impõem diante de um casal. — Por favor filho dirija com calma, não queremos mas um acidente na família, e você senhora assim que souberem notícias da nossa filha não deixa de me manter informado, só não vou porque você sabe que não podemos deixar a nossa casa completamente sozinha. Na verdade, ele não quer deixar os mascotes da família sozinhos, temos dois cachorros da raça poodle, eles são a alegria da casa, enquanto meus pais não tiverem netos, não irão parar de caducar com eles. — Pode deixar meu velho, chegaremos são e salvos para lhe informar notícias sobre a minha irmã. O mesmo se despede, subindo logo em seguida, pegamos a estrada em silêncio, achei melhor não interromper o silêncio da minha mãe, sei que a mesma estar aflita e com medo do que podemos encontrar pela frente, para dizer a verdade também estou, porém não quero demostrar isso para a minha coroa. — Estamos a cinco quilômetros da cidade, logo chegaremos ao hospital. A mesma diz que nunca viu um caminho se tornar tão longo como agora. — Imaginei que não chegaríamos nunca, afinal estou contando as horas desde que saímos de casa. A informo que vou procurar um lugar para estacionar perto do hospital, como ele é o único da cidade talvez não vamos encontrar uma vaga disponível neste momento. — Pronto! Por sorte encontramos uma vaga para estacionar aqui, vamos entrar mãe. A mesma segura em meu abraço, me acompanhando, os olhos dos enfermeiros ficaram atentos, talvez imaginando que fosse ela a está passando m*l. — Uma informção por favor senhorita. A mesma levanta o óculos para me olhar por alguns segundos, mas não tira os olhos de algo da tela do computador. — Pode falar senhor, estou a disposição, o atendimento será para você ou para a sua acompanhante? A respondo que não é para nenhum de nós dois, mas que na verdade a paciente que queríamos informações já havia dado entrada aqui mas cedo. — Queremos saber notícias da paciente do acidente, acredito que não tenha chegado outro neste curto período de tempo, ela deu entrada pela manhã logo cedo. A mesma diz que lembra e for a maior correria para que a mesma fosse atendida de imediato. — Claro! Esperei só alguns minutos enquanto verifico as informações no sistema e vejo quem foi a equipe que lhe atendeu primeiro e qual está cuidando da mesma agora. Para mim não é necessário falar com as duas equipes, se uma só souber nos dizer como estar a minha irmã e nos levar até ela, já estar mas do que suficiente. — Por favor eu quero falar com o médico que está cuidando dela agora neste exato momento, também precisamos saber em qual quarto ela está e se podemos solicitar sua transferência para um hospital particular. Ela novamente ajeita os seus óculos, dessa vez conseguir despertar a atenção da senhora concentrada. — Já consegui as informações necessárias no sistema, por favor aguardem na sala de espera eu já avisei a equipe que os parentes chegaram, então logo alguém virá da informações a vocês. Não posso acreditar que viajamos por hora, para sermos atendidos por essa atendente mau humorada que nem se quer olha em nossa cara e ainda vamos ter que esperar horas numa sala de espera, porque sei que este médico ou seja quem for da equipe, só chegará perto de nós quando não houver mas nenhum paciente na emergência. — Eu quero falar com o diretor deste hospital agora, você não tem noção do quanto estamos aflitos, eu não sei como eu conseguir dirigir, então por favor solicite a presença do diretor, porque não acredito que o médico esteja atendendo pacientes tão graves que não possa sair de perto deles um segundo se quer para nos dá a informação que estamos implorando para ter. Se essa mulher continuar agindo desta maneira, eu juro que tiro a minha irmã nem que eu mesma lhe carregue nos braços e ainda coloco um belo processo neste hospital, porque não pode ser possível que a minha irmã deu entrada desde manhã e nem um médico possa vir dá notícias a família. — Por favor se acalmem, o médico que atendeu está em cirurgia, foi o nosso neurocirurgião que comandou o caso, vou ver se tem a possibilidade de alguma residente que estava na hora vir falar com vocês enquanto isso. Não é bem o que imaginávamos, porém já será algum que virá nos tirar do escuro, então não podemos reclamar sobre isso. Observo a mesma discar algum número em seu telefone, informando que estávamos aflitos por informações. — Larga tudo que você estiver fazendo Dr Elisa e venha para a sala de espera, os parentes da moça do acidente estão aqui agoniados, já tentei segurar um pouco, porém o irmão é advogado, ele está ameaçando colocar um processo no hospital se não aparecer ninguém para falar com ele. Pelo visto a bendita residente não quer sair do lugar em que estar para vir nos dá notícias. — Algum problema? Ela não vem nos dá nenhuma informação? Que tipo de hospital é esse que não tem o controle sobre a sua equipe. Ela diz que a tal residente se encontra ocupada cuidando de um paciente que chegou agora pouco, estou perdendo a paciência com este lugar, por este motivo vou lutar para transferir a minha irmã daqui hoje ainda, não vou medir esforços para que isso aconteça, nem que eu tenha que mover céus e terras, mas nesse maldito hospital ela não fica. — Peço desculpas senhor, porém ps funcionários do hospital não podem parar um atendimento urgente para vir apenas lhe dá informações da sua irmã, gostaria da sua compreensão e mais uma vez lhe informo que podem aguardar na sala de espera, pois logo o médico irá até vocês. Inconformado sigo para a sala de espera junto com a minha mãe, isso é um absurdo, como temos que esperar para ter notícias de uma paciente que deu entrada de manhã logo cedo? Uma verdadeira falar de organização, mas vou pessoalmente procurar a sala do diretor, eu duvido que depois de conseguir falar com ele, alguém não apareça disponível para nos dá o boletim médico. — Eu já volto, vou insistir mas um pouco para ver se adiantam as notícias sobre ela. Nossa mãe coitada, já está a ponto de ter um enfarte, pois ela vinha ansiosa assim como eu para ter notícias da filha. Pergunto a um segurança, aonde posso encontrar o diretor do hospital, pois tenho uma denuncia a fazer, não procuro dizer mentiras para o mesmo, sou realista. — Por favor me acompanhe, o mesmo não gosta de que nenhum dos funcionários destrate ninguém, deve ser sobre isso a sua denúncia não é? Simplesmente embarco na conversa do mesmo, não vou dizer a ele que sou irmão de paciente algum, quero apenas dizer ao chefe que estamos desesperados por notícias e que até a residente do caso não quis sair para conversar conosco, pois tenho certeza que a mesma saberia perfeitamente bem nos dizer como a minha irmã está. Agradeço ao segurança entrando logo em seguida, não posso perder tempo, pois pretendo ter notícias urgente. — Licença! Desculpas incomodar o senhor, prazer sou o advogado Thomás. Me apresento como advogado, quem sabe assim todos comecem a me tratar de maneira diferente aqui dentro, apesar de já ter ameaçado processar este lugar. — Não lembro de ter contratado nenhum advogado, mas por favor pode sentar, eu sou o Dr Palhares. Com certeza o mesmo usa o sobrenome para atende os pacientes e os demais funcionários do hospital. — Que pena que eu não possa dizer o mesmo, pois os seus funcionários não me permitem dizer que é um prazer lhe conhecer. O mesmo fica branco feito papel, demora alguns segundos para poder voltar ao normal, me respondendo em seguida. — O senhor foi destratado por um de nosso funcionários? Pode me dizer agora mesmo quem foi, pois não admito que isso aconteça no meu hospital. O mesmo só pode estar sonhando para me responder uma coisa dessas. — A minha irmã deu entrada pela manhã aqui, segundo os paramédicos a mesma sofreu um acidente grave e o hospital mas perto era esse, porém desde que chegamos que solícito um médico que nos dê algum parecer sobre a mesma e ninguém se dispõem a vir, segundo a sua funcionária que aliás não tira os olhos do computador, o médico que lhe atendeu está em cirurgia, tudo bem até esse ponto eu consigo entender, porém a mesma ligou para residente que o acompanhou no atendimento e a mesma informou que estava atendendo um paciente urgente somente para não vir nos passar as informações. O senhor que está a minha frente coça a cabeça, andando de um lado para o outro, com certeza sem saber me dá alguma resposta concreta sobre o que de fato está acontecendo. — Me acompanhe por favor, vamos voltar a recepção, quero entender porque a residente não quis ir lhe repassar as informações, já que segundo o senhor a mesma não estava ocupada no momento que chegaram. Sigo junto com o mesmo, a recepcionista que nos atendeu, muito m*l por sinal, chega a ficar sem cor quando ver que estou acompanhado do mesmo, quero só ver se ela vai falar no mesmo tom que usou comigo. — Senhorita quero que me diga agora, porque ninguém veio da informações sobre a irmã do advogado Thomás ainda? Eles eram para ter recebido uma atenção especial, afinal são familiares desesperados em busca de notícias. A mesma gagueja dizendo que o neurocirurgião que acompanhou o caso está numa cirurgia complicada desde as duas horas da tarde e a única residente que o acompanhou também está atarefada com os pacientes do setor, pois a mesma está dando assistências aos pacientes, enquanto o Dr Tadeu está em cirurgia. — Peça para a mesma ir até a minha sala, estarei esperando junto com os familiares para que ela passe o boletim médico para os mesmo, não podemos esperar que o Dr Tadeu saia de uma cirurgia para que eles tenham informações, por favor da próxima vez saiba como tratar as pessoas, nesses momentos precisamos ter empatia, olhe nos olhos das pessoas, ninguém gosta de ser atendidos, como se estivessem sendo ignorado por completo. A mesma só faltou me pedir desculpas ajoelhadas, como as coisas mudam, quando o assunto é o chefe das pessoas, quero só ver a cara desta residente insolente quando entrar na sala do chefe para nos dá informações. — Sim, senhor! Não se preocupe, vou ligar para informar a Dr Elisa agora mesmo. Engraçado o nome desta bendita residente é igual ao meu amor do passado, mas tenho certeza que apenas uma coincidência, afinal não tenho dúvidas de que ela deve ter se acomodado depois que sair da cidade, com certeza deve está trabalhando de vendedora em algum lugar da cidade, ou de garçonete em algum barzinho. — Por favor podem se sentar, fiquem a vontade, vocês desejam alguma coisa água? um café? Respondo ao mesmo que a única coisa que queremos é notícias sobre o estado de saúde da minha irmã nada mas além disso. — Não precisa, só querendo sabe notícias, também quero a opinião do médico assim que o mesmo estiver disponível, pois pretendo tranferir a minha irmã de hospital, se durante o caminho eu já vinha amadurecendo está ideia, depois do tratamento da sua funcionária é que não tiro ela da cabeça mesmo. Isso foi um santo remédio, para que o mesmo não nos dirigisse mas a palavra, estou olhando no relógio de minuto em minuto para ver se está bendita Dr Elisa não entra por está porta. — Desculpe Dr Palhares, mas eu não poderia deixar os pacientes sozinhos sem que o Dr Tadeu voltasse da cirurgia. Essa voz, não posso acreditar que seja ela, não isso não pode ser, não posso acreditar que a mesma seguiu com os seus sonhos, afinal quando a deixei ela nem se quer tinha prestado o vestibular, como isso poderia ser possível?
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