Candy

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Minha vida era perfeita quando ela estava em casa, mas quando a mesma saía era um pesadelo, ficávamos eu e Anthony que era o marido dela. Depois de suportar todas as coisas que aconteciam durante cinco anos, eu fugi, e Larry me encontrou, me deu abrigo e quando eu disse que iria embora ele me trouxe para cá, o mesmo disse que eu só sairia desse Club depois de pagar essa dívida que nem o valor eu sei. Ando em direção ao meu palco e as músicas da Doja Cat começam a tocar, no começo eu apanhava muito de Larry e as garotas daqui caçoavam de mim pois eu nunca acertava uma dança, não tenho nenhuma amiga no Club, as garotas não gostam de mim! Larry diz que sou seu pote de ouro, sua dançarina mais linda, e sei que as garotas me odeiam por isso, eu não queria criar inimigas para ficar sozinha aqui, mas pelo jeito esse é o meu destino, ficar só! Os caras quem frequentam aqui são nojentos, batem em nós, nos xingam de todas as coisas possíveis, acho que não teria a capacidade de descrever o que acontece aqui e não desejaria isso para ninguém, meu único cliente que não é um super rato é o Senhor Henrique. Ele já tem idade, e nunca vem aqui para dança ou ter um certo contato físico, ele também só se encontra comigo e isso deixa as garotas bem bravas pois ele realmente oferece muito dinheiro, coisa que deixa Larry muito feliz. Quando ele vem aqui nós conversamos sobre a vida dele, ou sobre suas historias na medicina e as vezes até trocamos os moveis de lugar. Ele vir aqui não é tão frequente, mas quando o vejo fico aliviada, pois sei que é uma noite em que não irei sofrer. A vida de stripper está longe de ser fácil, ser tratada como um objeto, ser distratada, ter o seu corpo tocado por homens que você nem conhece está longe de ser metade do que passamos! Fazer o strip e lidar com 'oh, sim, você quer t*****r comigo? é tão chato, não me orgulho do que faço, existem pessoas que gostam, mas tem outras que precisam disso! Tem bebês, filhos para dar o que comer, pessoas que não tem ninguém e fazem isso pra poder sobreviver. Eu não tenho nenhum relacionamento com as meninas daqui, mas admiro elas e as acho muito fortes, pois passam por muitas coisas aqui, isso aqui é importante para muitas pessoas, na maioria das vezes é sua única forma de ter o que comer todos os dias. Normalmente no meu dia a dia eu ensaio com as garotas, como moramos aqui fazemos tudo, roupas, pratos e essas coisinhas, sempre sou eu que levo as roupas e as lavo. Cada uma de nós faz algo, eu fico com a comida e as roupas, cozinho muito bem pois quando estava com a Liz tinha que cozinhar para mim e Anthony, e depois para Larry. De manhã eu levo as roupas para lavar, em seguida faço o café da manhã e quando termino de comer, eu e as garotas vamos ensaiar. Larry chega pela tarde e ai ele revê os passos, nos grita e faz com que a gente se sinta insegura, é como se fosse o mantra dele. Frases como ''Você é inútil'', ''Deus, como você é gorda, faça uma dieta''. O Club abre as 21:00 e fecha as 5:00, eu normalmente me retiro umas quatro e meia da manhã pois acordo as sete para fazer as coisas antes das meninas acordarem, ultimamente as coisas andam bem calmas e isso é estranho porque o Larry é super reclamão e agressivo, quando ele começa a ficar calminho significa que a próxima briga vai ser federal! ! Não entendo como um homem consegue ter tanta raiva e estresse em seu coração, principalmente em relação a mim, não por qual motivo ele me odeia tanto, ou que fiz para ele me tratar tão m*l! Ele foi como uma bruxa do mar, me encantou e me tratou bem, me deu a casa e a comida dele, foi super gentil e depois acabou comigo, transformou a minha vida em um completo inferno! Eu nem sei dizer quais os meus sentimentos por Larry! São tão confusos e as vezes chego até a me sentir culpada por eles. É um misto de ódio por ele ter me colocado aqui, e gratidão por toda a ajuda ferrada que ele me deu! Eu tento, tento de verdade, mas não consigo ignorar o fato de que ele já me ajudou nessa vida, e que nunca esquecerei isso! Dia seguinte Depois de colocar todas as minhas roupas e das meninas para lavar tomo um banho rápido e visto um vestido branco que tenho, tenho que ir ao mercado. Saio pelos fundos do Club e vejo Larry conversando com dois homens ao lado de dois seguranças acompanhados por um carro preto, nunca havia visto um homem tão belo em toda minha vida, ele era alto e forte, muito forte e muito alto. Ele me encara e Larry, que estava de costas, se vira para mim e então apresso os passos. No mercado compro pão, laranjas, feijão e arroz, macarrão, cebolas e alho. As meninas que moram aqui sempre juntam uma boa quantidades do dinheiro que ganham para que a comida não falte, eu não recebo então do os dinheirinhos que os rapazes que vem aqui colocam na minha roupa. Assim que volto algumas meninas já estão acordadas, então começo a fazer o café da manhã, assim que termino de comer vejo se as roupas já lavaram e estendo elas, depois disso vamos para o ensaio. Larry deixa as meninas escolherem as músicas de seus shows, menos eu! Ele sempre tem uma lista pronta para mim, e sempre é Doja cat, o que facilita é o fato de eu gostar dela. O que diminui a dor de estar aqui é a dança, cheguei aqui sem saber nada, e para cada erro que eu cometesse era um t**a diferente. Então me esforcei, treinei noite e dia, me apaixonei pela dança e me tornei muito boa nisso, me sinto bem e por um milésimo de segundo livre. Quando eu danço me livro de toda a dor, me livro da sujeira que sinto levar em minha pele, deixo o som me envolver e fazer de nós um só. Eu amo isso. Eterno vai e vem, essa coisa brusca e desenfreada, que me arrasta, depois esquece... comove! complica, arde, alivia, e sempre comove! Isso que move, orienta e desorienta. Dançar é a minha vida, meu oxigênio, é o que me faz sorrir! - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Mulher Objeto O que será que a agulha sente quando passam a linha por ela, será que ela sente dor? Será que ela sente prazer? Ninguém se preocupa em saber. Eu sou como a agulha. E quando a linha está passando, eu finjo que estou gostando, faz parte do meu trabalho. É assim que pensam os insanos, que é a minha obrigação. Estou casada há muitos anos. Uma mulher como eu, sempre mente. Mente o que não sente, mas sente muito o que mente. Assim como a agulha, eu costuro, lavo e passo. E às vezes, até me entusiasmo, mas meu marido nunca pergunta se eu já cheguei ao o*****o. Ele me deixa no agulheiro. Só trabalho quando ele quer. E ele ainda me diz: É para isso que serve a mulher. Vou sair desse agulheiro, procurar no mundo inteiro o homem certo para mim. Sem essa de meu marido, sem essa de minha mulher. Agora, no buraco da minha agulha, só vai passar a linha, o homem que eu quiser. Um homem que não seja um pulha e que não me faça de agulha, como você sempre me fez. Estou procurando um homem Esse homem que eu estava procurando, acho que já acabei achando e você já vai saber quem é. Nós dois juntos vamos tirar o meu atraso, fazer do s**o um arraso e da vida um prazer. Esses anos de desejo contido, desejo nunca vivido, é com você que eu quero viver. Imagine a minha libido, que ficou sempre escondida, fazendo s**o só por fazer. Agora ela vai explodir, explodir de tanto prazer. E eu vou te levar à loucura, te tirar das profundezas escuras e te levar para o céu. Mas o nosso céu vai cair, pois ele vai tremer tanto, que o nosso mundo vai desabar. Você vai ver o céu descendo para a terra e no lugar do céu, você vai enxergar o mar. Tudo de ponta cabeça, tudo sem pé e sem cabeça, é assim que o nosso mundo vai ficar. É esse o prazer que eu quero sentir. É esse o prazer que eu quero te dar. E se você sentiu o mesmo que eu senti no que eu acabei de dizer, então é justamente você, o homem que eu quero ter. Vem f********o comigo, você não vai se arrepender. ( Claire Feliz Regina ) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -