Thor narrando
capítulo 13
-Vem. Não vou te encostar. Só pegar uma água. Tu tá branca igual folha de sulfite.
Ela não respondeu. Só ficou olhando. A respiração desregulada, rímel um pouco borrado, cabelo bagunçado da fuga ridícula dela… e linda. A p***a da mulher mais linda que já quase me deixou estéril.Empurrei a porta e entrei. Depois de uns segundos, ouvi o salto batendo no chão atrás de mim. Ela veio. Desconfiada, mas veio. Fui direto pra cozinha, liguei a luz. A claridade bateu nela e eu vi melhor o olho brilhando, não era só raiva. Era medo mesmo. Medo de mim. Medo do que ela achou que eu ia fazer. Isso me deu um soco na consciência. Abri a geladeira, peguei a garrafa, virei um copo e empurrei na direção dela.
-Toma. Ela pegou sem encostar na minha mão. Tomou quase metade de uma vez só. A respiração foi diminuindo aos poucos.
Eu encostei na bancada ainda sentindo minhas bola latejando. Cocei a garganta e
falei sem rodeio, sem graça, sem charme , papo sincero.
- Sem neurose .Eu reconheço que cheguei errado contigo. Ela levantou o olhar na hora.
-É… isso aí que falou tudo lá fora… ela ia falar alguma coisa. Interrompi com a mão. -Eu fui cuzão. Pronto falei. Contente?
Ela piscou, surpresa.
-Nem sei se eu fico chocada ou se eu bato palma. ela ainda tava tentando demostrar firme , mas os dedos dela tremia levemente.
-Tu pode fazer os dois… só não mira de novo no mesmo lugar porque ele já tá sofrendo. falei sério, e ela quase riu levando o copo na boca novamente.Suspirei, passando a mão no cabelo, irritado comigo mesmo.
-Eu te tratei como se… sei lá, como se tu fosse qualquer uma. E não é. Nem parece. Tu é pra frente, tu é boca solta pra c*****o, mas… eu passei do limite.Ela abaixou o copo devagar.
-E me tirar do baile daquele jeito. Pra que tudo aquilo ?
- Eu ...vi tu com o vapor e pensei merda. Fiquei… que nem um animal porque ce me negou e achei que ce tava de lero com ele na intenção. Não é desculpa, mas é verdade. Ela respirou fundo, ainda de pé, sem se aproximar. Fiz sinal com a mão pra cadeira.
-Senta ai po . Eu prometo que a porta tá aberta. Tu vai embora se quiser. Só queria… ajeitar as ideia antes de tu mete o pé, eu não ia fazer nada contigo a força não po , só te trouxe na intenção de ... de tu entender quem eu sou e que não se bate de frente com bandido. Ela mordeu o lábio, avaliando se era armadilha ou sinceridade.
E finalmente sentou. De braços cruzados, queixo erguido, mas sentou. Eu puxei outra cadeira e sentei também, soltei um gemido baixinho ajustando as partes doloridas.
-Tá vendo? falei apontando pra mim. - Se eu fosse manter tu em cárcere privado… eu não tinha condição nem de te carregar mais. Tu quase me matou. Maldade da p***a que ce fez . Ela soltou um risinho de canto, tentando esconder.
-Bem feito. Vamos combinar que você mereceu por ter me feito passar vergonha.
- É… bem feito. admiti, olhando no fundo dos olhos dela. - Mas não quero que tu tenha medo de mim, loirinha. Medo… não. Ela desviou o olhar, engolindo seco.
-Eu só… não gosto que me tratem como se eu fosse de alguém. Eu não sou. Não devo nada pra tu. Nem pra ninguém mas .
- Demoro ... estiquei a mão na direção da dela , tipo num trato sincero pra c*****o.
-Mas eu quero muito que tu fique mais cinco minutos sentada aqui… sem querer fugir de mim. Só isso. Ela respirou fundo.
-Cinco minutos. Depois eu vou embora.
-Cinco minutos. Prometo não tentar te beijar… Ela colocou o copo na mesa, respirando mais estável, mas ainda com aquele olhar de quem tá pronta pra morder se eu chegar errado.
-Tá mais calma? perguntei, sério. Sem malícia, por incrível que pareça. Ela ergueu olhar . A vermelhidão subindo na bochecha , o peito dela subindo agora mais devagar , dedo tamborilando no copo vazio. Não era só medo que tinha ali. Era outra coisa que ela tava tentando engolir.
-Tô. Acho. disse, mas parecia mais uma pergunta que uma resposta. Inclinei a cabeça, avaliando ela. Cada detalhe. As unhas tremendo de leve, a boca marcada de tanto morder, o rímel borrado que deixava o olho mais intenso. Ela percebeu meu olhar e virou o rosto como se eu tivesse pegado ela no flagra.
-Que foi? ela perguntou, semicerrando os olhos. - Por que você tá me olhando assim?
E aí acabou. Minha promessa foi pro c*****o. Levantei devagar da cadeira, empurreitr com o pé pra trás. Ela arregalou os olhos um pouquinho, mas não se mexeu. Minha mão passou pelo tampo da mesa, o apoio que eu precisava porque meu p*u ainda tava pedindo carinho . Cheguei do lado dela. Ela virou o rosto pra mim, desafiando, mas eu via a veia dela saltada no pescoço.
- Oque você… ela tentou falar mas eu interrompi.
-Falhei. falei baixo. Muito baixo, quase rosnando. - Na missão de não querer te beijar. Ela abriu a boca, talvez pra responder, ou pra xingar, pra negar… mas não deu tempo. Peguei ela pela nuca, firme, sem machucar. Só firme o bastante pra tirar aquela p***a de distância que tava me torturando desde a pista. Ela puxou um ar rápido, como se tivesse levado um susto.
E eu beijei. Não um selinho. Foi beijo de perder a linha, molhado, quente, urgente. A boca dela abriu na mesma hora, como se estivesse esperando, mesmo que o cérebro dela dissesse que não.
Ela agarrou minha corrente, puxou, como se quisesse me afastar e trazer pra perto ao mesmo tempo. Meu corpo colou no dela, ignorando qualquer dor, ignorando tudo que não fosse a p***a daquele beijo. O gosto dela tinha um pouco de água gelada e um pouco de desafio. A língua dela encontrando a minha no mesmo ritmo irritado e entregue ao mesmo tempo. Meu dedo deslizou na lateral do rosto dela, segurando firme, trazendo ela toda pra mim.
Ela deu um suspiro abafado no meio do beijo e isso quase me fez esquecer de respirar. E quando eu mordi o lábio dela de leve, ela soltou um gemidinho que… p***a. Me destruiu inteiro. A p***a da falta de ar pegou nois dois . Quando eu afastei um centímetro, um só ficamos os dois respirando pesado, testa quase encostada.
Ela tava vermelha, boca inchada do beijo, peito subindo num ritmo que entregava tudo que ela tentou negar a noite inteira.
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