PRÓLOGO

1025 Words
Eu estava no carro de Fox, olhando pra o lugar lá fora e me perguntado se estava pronta pra encarar o pior tipo de pessoa, não estava sozinha, mas estava com um receio de dar errado ou algo do tipo, observei tudo e o envelope que ela havia pego a algumas horas atrás, comprovando que a três semanas atrás eu havia estrado em contato com uma substância que eu não conhecia, mas que tinha os efeitos adversos como sonolência forte e apagão. Assim como foi depois que bebi um suco. Respirei fundo. - Você não precisa fazer isso - Respirei fundo e quis mesmo não precisar fazer aquilo. - Eu estou com medo, eu sei que eu acordei no dia seguinte bem e consciente das coisas naquele momento. - Se você acha que pode ter sido abusada depois de beber o que ele ofereceu, pode ir na polícia, ainda dá tempo com esse exame. Balancei a cabeça. - Eu sei que não houve, mas eu quero saber o motivo além do ódio do irmão. - Então deixe o motivo, agora você não precisa disso. A gravidez anunciada e agora eu tentando encarar o irmão do Charlles, depois de saber como ele foi sujo e r**m, como ele registrou uma foto minha apagada com ele, como se tivéssemos dormido juntos. Como se eu houvesse traído ele, quando na verdade ele havia sido o único cara que eu havia ficado. Havia pego as câmeras e sabia que ele havia ficado pouco tempo, que ele saiu quieto e fechou tudo antes. Mas precisava saber o motivo dele ter feito aquilo, do ódio por Charlles e tentar fazer ele desmentir toda aquela farsa absurda criada e montada por ele. Agora me sentia em uma daquelas novelas com uma reviravolta incrível. Meu coração martelava no peito com tudo. Eu estava grávida também, eu ainda nem conseguia parar pra assimilar isso, sabia que eu tinha um bebê dentro de mim, sabia que agora tinha alguém que precisava de mim. Estava assustada, com medo e não havia ninguém além de Fox que me apoiava, a mãe de Charlles também, mas eu havia a afastado ao tentar falar pelos filhos. Estava casada da situação. Queria paz. Só não sabia se isso viria com aquele homem, quando ele falasse toda a verdade que eu sabia. Charlles não olhou na minha cara quando tirei minhas coisas do apartamento, eu também não fiz questão, sabendo que ele havia me taxado como uma v***a que eu não era. Estava ficando no galpão agora, longe de tudo e todos, ninguém poderia me achar lá e eu poderia manter as coisas lá por enquanto. Se eu pudesse sumir eu teria feito isso. Voltar pra Califórnia até se passou na minha cabeça, mas eu não queria nada do meu pai e da minha mãe, muito menos sermão desenfreado de como fui burra e de como um bebê ajudaria tudo. Essa criança nunca seria um prêmio de troca. Essa criança não tinha culpa de nada. Isso me motivava agora, mesmo sentindo que meu mundo estava de cabeça pra baixo, ele era meu cinto de segurança pra não virar junto. - Charlles deve me odiar por causa desse cara e do que ele inventou. Me dói pensar que ele não acreditou em mim ou nem quis falar direito, apenas me acusou, com apenas uma foto, não se perguntando se eu era capaz de dormir com outro homem, mesmo com a dificuldade que tive com ele, de admitir que eu gostava daquilo com ele. - Você tem que escolher tirar a história a limpo Ana, mas também pode seguir sem mexer nisso. Só de pensar no que esse cara fez me dá um embrulho enorme no estômago, do tipo de ter nojo e nunca querer pisar no mesmo lugar ou respirar o mesmo ar. Eu estou com você para o que você decidir, mas quero que pense bem. - Minha vontade e pegar um carro e passar por cima - Reflito. - De verdade, ainda voltar de Re pra ver se está bem. - O que eu faço quanto a Charlles, ele é o pai. - O bebê nasce, você faz o teste, pronto. - Pelos céus - Fiquei nervosa, observei a entrada da empresa da família Pacini e ali tinha que tomar uma decisão rápida que poderia mudar minha vida ou apenas melhorar, de qualquer jeito sabia que não seria fácil. Respirei fundo. Ergui a mão e coloquei sobre minha barriga, observando que nada daquilo era planejado, nada poderia fazer as coisas voltarem como antes. Charlles me tinha como imagem de outra pessoa. Charlles havia pensado que eu trai ele. Ele havia dito que aquele bebê não era dele. Era tudo um arranjo, eu devia fazer algo sobre aquilo. - O que foi? - Ergui o olhar. - Vou seguir, chegou a hora de enfrentar as coisas de um jeito ou de outro. Aquilo tudo era uma arranjo - Senti uma lágrima deslizar no meu rosto. - Acabou, eu vou procurar assinar os papéis e pronto, vou começar a minha vida. - Ana... - Ninguém vai se meter a partir de hoje, não estou nem aí para os Guerra, para os Pacini - Sorri, totalmente inspirada e desesperada. - Agora tenho isso, pelos céus, eu tenho um bebê vindo. Nada disso foi planejado e esse bebê não vai chegar perto de ninguém que possa magoar e ferir ele. Eu não queria ser mãe, mãe vou me tornar uma agora Fox, vou ser como meu avô foi pra mim, carinhoso, amoroso, preocupado e dedicado, ser alguém que faça a diferença na vida de outra pessoa. Quando olhei pra Fox ela sorria e limpava o rosto. - Você não está sozinha, vamos conseguir fazer isso, eu estou aqui pra ajudar. - Vou ser uma boa mãe, eu prometo isso, pode anotar e apostar Fox, eu vou ser uma boa mãe por mim e pelo meu filho. Nada de r**m vai acontecer com meu filho. Dane-se Charlles ou aquele doente, acabou, ainda vou limpar minha imagem e colocar em panos limpo mas depois não quero nada dele e nem de ninguém. Acabou esse arranjo, acabou!
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