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Show De Vizinho

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Blurb

Maddison sempre corre atrás do que quer. Ela batalhou muito para ter a sua pequena agência de eventos em Miami e um relacionamento de dez anos com Paco Alváres, coisas das quais ela se orgulha muito. Até que após um incrível final de semana com seu namorado, ela recebe no dia seguinte um convite para organizar o casamento dele próprio, mas com outra mulher, e para se vingar, contrata o gostosão do seu vizinho para se passar por seu namorado, mas será que esse plano dará certo?

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Prólogo
Maddison — Mentiroso, mas que filho de uma p**a, desgraçado! - Esbravejei de tanta raiva. Devo ter acordado toda a vizinhança com o meu ódio matinal. E quer saber? Eu não me importo nem um pouco. Que chamem a polícia, o corpo de bombeiros e até mesmo a carrocinha, eu não ligo. Ninguém vai me segurar, eu vou destruir a vida daquele desgraçado, ah, mas ele vai me pagar... — Amiga, grita mais alto que não devem ter te escutado naquele bairro — Ayla aponta o indicador para fora da janela e prende o riso. Seguro o envelope com força a ponto de rasgá-lo. A segunda-feira começou ótima: estou cega de raiva, com vontade de derrubar tudo o que vejo pela frente e usar o meu réu primário para m***r alguém. — Como ele conseguiu me enganar todo esse tempo? — Mordo o lábio inferior com força e encaro Ayla, que me olha tentando conter o riso. Ela instantaneamente para de rir e se compadece do meu estado. Olha-me quase de modo maternal, se aproxima devagar e pousa as mãos em meus ombros. Espero algo motivador e inspirador sair de sua boca. Ela sempre tem algo espirituoso a dizer e mais do que nunca eu preciso de uma palavra que me tire do fundo do poço, onde me encontro nesse momento. — Para de ser doida! — ela me sacode, como se fosse uma ventania passando por um milharal. Para completar o esculacho, me dá tapas na cara, para ver se recobro o juízo. Recobro sim. E o ódio só aumenta mais e mais. — Maddie, meu anjo, olhe bem para você! — Ela me arranca do lugar em que estou e me põe de frente para o espelho que fica ao lado da porta de entrada. Encaro-me por um segundo: descabelada, olhos inchados e com ar de quem vai cometer um crime a qualquer momento e por isso é bom que alguém já deixe a polícia de plantão. — Olha! — Ela insiste e me sacode. — Você é uma mulher de vinte e cinco anos, bem-sucedida, apaixonada pela vida. Sim, você encontrou o homem dos seus sonhos, o cara que te dava suspiros no colegial e teve um intenso caso com ele recentemente. Foi bom? — Foi ótimo — choramingo. — Pois é, meu amor, agora acorda! — Ela volta a me sacudir e eu só vejo meu cabelo ficando a verdadeira passagem do furacão Katrina no reflexo. — Você pensou o quê? Que um dia ele ia te pedir em casamento? Suspiro profundamente. Na verdade, sim, eu pensei que isso pudesse acontecer. Paco e eu tivemos um excelente final de semana. E quando digo excelente quero que fique registrado que fomos para um motel maravilhoso, estouramos um champanhe, bebemos até começar a dançar sem ouvir música alguma e transamos por deliciosos cinquenta... segundos. Tá, ele tem e********o precoce, tudo bem, acontece. Mas o cara sempre foi o deus grego, desde que éramos adolescentes, então esse detalhe não importa, não é mesmo? Moreno, olhos castanhos e porte atlético: o príncipe dos contos de fodas, meu sonho proibido, e o homem dos sonhos de qualquer mulher. Olho mais uma vez o envelope. Antes que em um ataque de fúria comece a rasgá-lo, Ayla o arranca de minhas mãos e retira o convite de casamento de lá de dentro junto com uma carta escrita à mão. Ayla passa os olhos pelo convite, depois a carta. Lê rapidamente e sua expressão começa a ficar desconcertada. — Puts, ele não fez isso. - Falou ao ler o conteúdo. — Desgraçado! — Tapo os olhos e começo a pensar em diferentes formas de desovar um corpo. — Ele não apenas te convidou para o casamento dele, como quer te contratar para fazer o buffet! Amiga, esse cara tem culhões. — Ele tinha culhões — rosno e tomo o envelope das mãos dela. — Eu mesma irei arrancar! No dente! — Que carnívora a minha amiga, depois me conta se essa dieta emagrece — debocha de mim. — Me diz, o que eu fiz de errado? Ayla levanta a sobrancelha loira e me inquire com o olhar se eu quero mesmo que ela fique mais ou menos três horas dissertando toda a minha odisseia de erros com Paco. Não, eu não preciso disso agora. — Aonde você vai, sua louca? Precisamos ir para a loja! — Ela tenta me puxar pelo braço. — Eu vou me preparar psicologicamente para ir a esse casamento. - Digo. — Você vai mesmo? Só um instantinho, vou ligar para um bom psiquiatra — ela se afasta e tira o celular do bolso. — Será que eles ainda usam camisa de força hoje em dia? — pergunta para si mesma. — Eu vou destruir o casamento desse desgraçado! — Rosno.

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