Capítulo 2

1457 Words
Rebeca Fico encarando com cara de boba o moreno de olhos azuis acenando em nossa direção. Percebo que Priscila está falando comigo, mas não consigo desviar o olhar, parece que estamos na mesma sintonia. E isso é uma coisa muito estranha, balanço a cabeça e tento prestar atenção em minhas amigas. Bárbara: - Alô? Tem alguém ai? - pergunta balançando a mão em frente ao meu rosto. Priscila: - Vamos parar de palhaçada e pode ir falando, quem é aquele pedaço de mau caminho na outra mesa? Por que ele estava acendo? E por que o susto? E por que você não disse que ele era um deus grego? Pegou o número dele? Bárbara: - Calma, uma pergunta de cada vez Pri, ela já está com cara de i****a e você não está ajudando. Rebeca: - Hm, desculpa... É que... - O que eu posso dizer a elas? Nem sei o porquê dessa reação i****a! E por que ele está acenando pra mim? Deus sabe! Priscila: - Ok, uma pergunta de cada vez. Rebeca Bonnet, quem é essa coisa linda na outra mesa? Rebeca: - É o vizinho do qual falei mais cedo. - respondo meio que sussurrando. Bárbara: - Uau, você não estava exagerando quando disse que ele era um gato, que olhos são aqueles? Vou dar um jeito de descobrir o apartamento dele e ir pedir uma xícara de açúcar emprestada. - diz sorrindo. Priscila: - Vamos acalmar o fogo da periquita dona Bárbara? Lembra que você é a toda certinha do trio? Bárbara: - Isso não quer dizer que sou de ferro! Quem resistiria a um homem desses? - diz me olhando de uma forma estranha. Priscila: - Já chega, vamos a próxima pergunta. Por que ele estava acendo Rebeca? Você disse que não falou com ele. - pergunta com cara de desconfiada. Rebeca: - Olha, essa é uma ótima pergunta, se quiser ir lá perguntar a ele fique vontade, tenho certeza que ele poderia explicar isso, já que eu não posso! - Que saco! Ainda tenho que aguentar esse interrogatório! Bárbara: - Ér, meninas... - diz cutucando a Priscila. Priscila: - Calma ai, essa é a última pergunta! - se defende brava. Bárbara: - Mas... - Ela diz sem jeito e Pri a interrompe. Priscila: - Mas nada Bárbara! Por que dessa sua cara de quem viu uma assombração em Rebeca? Qual o motivo do susto? - pergunta. Oliver: - Tirou as palavras da minha boca. Achei que não estava tão m*l quando me olhei no espelho mais cedo e morena, preciso dizer que não é assim que se olha para um homem que você chamou de gostoso. - p**a que pariu, ele precisava mesmo falar isso com essa voz rouca? Isso é baixaria. Nem consigo acreditar que ele está ali, me olhando com um sorriso sexy e uma sobrancelha arqueada. E eu como fiquei? De todos os tons de vermelho que existem! Oliver: - Onde estão meus modos, deixem eu me apresentar. É um prazer conhecê-las senhoritas, sou Oliver, ao seu dispor. Priscila: - Prazer Oliver, sou Priscila, essa é a Bárbara e creio que já conheça minha amiga Rebeca. Oliver: - Infelizmente não nos conhecemos, apenas trocamos umas palavras hoje cedo, mas pretendo conhece ela muito melhor e em um futuro muito próximo... Mas por enquanto me satisfaço em saber seu nome, e por sinal, um belo nome pra uma bela mulher. Sério? Ele está flertando comigo??? Hora de abrir a boca dona Rebeca. Rebeca: - Olá Oliver, caso não tenha reparado, estou sentada bem aqui. E por falar nisso, sou Rebeca. - digo estendendo a mão. Pegando minha mão ele dá um beijo. Tudo bem, ele é mais ridículo do que eu pensava! E minhas amigas da onça, apenas observam essa palhaçada, se segurando pra não rir. “Elas me pagam!” - penso irritada. Rebeca: - Quanto cavalheirismo. - digo sendo sarcástica. Oliver: - Vou deixa-las em paz agora, tenham um ótimo almoço e me perdoem por interromper, mas eu precisava descobrir o nome dessa morena linda. - diz piscando pra mim. Bárbara: - Só uma perguntinha antes que nos deixe em paz. – ela diz sem simpatia alguma - Você está realmente morando no mesmo prédio que o nosso ou estava só de passagem? Oliver: - Depende, estou no Residencial Rose. Se esse for o de vocês, vão ter que me convidar um drink e quem sabe eu possa comer algo. - diz me olhando com malícia. Bárbara: - É o mesmo condomínio, então pode deixar que qualquer hora dessa te faremos um convite, não é Rebeca? - diz parecendo irritada, eu não a culpo, ele acha que só por ser gostoso pode sair por ai com esse papinho e insinuações escrotas? Rebeca: - Hurum, claro que sim. Se você está dizendo. - respondo olhando quase hipnotizada Oliver passar a língua pelos lábios, que parecem tão macios e consigo até ignorar que ele parece ser um pevertido. “Foco garota! Mantenha o foco!” - penso. Bárbara: - E então Oliver, que tal se juntar a nós para o almoço? - olho para ela abismada. “O que? Ela só pode estar ficando louca? E que m***a de assanhamento é esse? Cadê minha amiga?” - penso totalmente abismada. Oliver: - Vou deixar passar essa oportunidade de desfrutar da presença de vocês moças lindas, tenho que comer correndo e ir trabalhar, se atrasar o chefe fica bravo. Mas vou esperar o convite para aquela bebida. Tenham um ótimo almoço. - diz e volta para mesa dele. Enquanto almoçávamos, não falamos dele, mas senti seus olhos em mim por todo o tempo que ele esteve no restaurante, e graças a Deus ele não demorou muito pra almoçar e logo foi embora, me deixando estranhamente aliviada. Terminamos o almoço e marcamos de conversar a noite, nós três precisávamos ir trabalhar e se não corrêssemos nos atrasaríamos. Bárbara faz estágio em um ateliê, Priscila e eu, estamos no final de nosso estágio em um escritório de Direito. O escritório fica a uns 15 minutos da faculdade, assim que chegamos fomos cada uma pra sua sala. Estava revisando uns documentos, quando me avisaram que o poderoso chefão estava convocando uma reunião em 5 minutos para apresentar seu filho que começaria a trabalhar aqui hoje. “Espero que não seja mais um chato pra gritar ordens para os estagiários”. - foi meu único pensamento. Estávamos quase todos na sala de reuniões, não demorou muito para o Sr. Robert Le Leuken entrar na sala, com seu terno caro e elegante como sempre. Robert: - Boa tarde a todos, reuni vocês aqui porque quero que conheçam meu filho, que vai assumir seu lugar de direito e começar a trabalhar nas empresas Leuken, por favor, deem as boas-vindas ao meu filho Oliver Le Leuken! “p**a m***a!” – pensei arregalando os olhos. Ouvir isso fez um calafrio percorrer todo o meu corpo, não pode ser, isso seria muita coincidência. E quando Oliver filho do meu chefe entrou na sala confirmou todas as minhas suspeitas, era o mesmo moreno gostoso e arrogante, mas mesmo assim parecia outro Oliver, de terno e gravata, que pelo jeito foram feitos sob medida, mas aquele sorriso cafajeste estava lá, olhando para cada rosto daquela sala. Notei que quando olhava para um rostinho bonito o sorriso crescia ainda mais, deixando ele com mais cara de cafajeste e de quebra me deixando muito, mas muito irritada, não deixei de reparar como a oferecida da Gabriela estava olhando para ele, mas quando ele me olhou, foi a vez dele ficar com cara de quem viu um fantasma. Oliver: - Eu não acredito nisso. - disse me olhando. Todos na sala viraram em minha direção... Eu por minha vez, olhei pra Priscila que olhava de mim pra ele com os olhos arregalados. E como era esperado todos ficaram em silêncio, em expectativa pelo que viria a seguir, como ambos permanecemos calados Sr. Robert limpou a garganta pra quebrar o climão que ficou e tomou a frente da situação. Robert: - Está tudo bem Oliver? Temos algum problema aqui? - perguntou arqueando a sobrancelha do mesmo modo que o filho, e a semelhança até me assustou. Oliver: - Imagina Sr. Le Leuken, não há problema algum. Na verdade, não poderia estar melhor. Vamos voltar a reunião, quero dizer que estou muito feliz de poder trabalhar e crescer junto com todos vocês, espero que possamos trabalhar em harmonia. Aos olhos do meu pai são ótimos funcionários e ajudam muito a empresa, espero poder comprovar com meus próprios olhos. Sem mais delongas, vou deixar que voltem a seus afazeres. Tenham um ótimo dia. E com isso a reunião foi encerrada. Passei o dia todo esperando que ele aparecesse na minha sala com gracinhas ou algum comentário i****a, mas o dia passou e nem sinal de Oliver. No final do expediente, exatamente às 18:00 Priscila veio até minha sala para irmos para casa. Arrumei minhas coisas e seguimos para o elevador. “Finalmente esse dia acabou”. - penso me sentindo cansada além da conta. Mal sabia que a noite estava apenas começando!
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