Nós conversamos por um tempo. A tarde é interminável. Gael disse que me ligaria quando voltasse, mas meu telefone não tocou. Ele deve estar ocupado. Depois de algumas horas, Ernestine verifica o relógio. — Oh querida. Tenho que ir tomar o meu remédio. Ela diz. — Volto num momento. Eu ofereço a ela um sorriso gentil. — Eu estarei bem aqui. Eu digo a ela. Ela sorri de volta para mim, dá um tapinha no meu joelho de novo e vai para o quarto. Suspiro e descanso a minha cabeça no sofá. A dor vem em ondas. Há momentos em que a tragédia não me afeta e outros em que sinto que o meu mundo está se despedaçando. Na maioria dos casos, apenas sento e tento respirar. Então ouço a porta de Julia abrir no final do corredor, seguida por passos tímidos. Quando ela aparece na porta, um cobertor de arc

