Episódio 2.

3823 Words
Bairro Binskyns. Zona norte de Kallindonn City. No quarto número 77 , Dárius colocava as balas no carregador da Glock .40. Se passaram duas semanas desde que deixou a moto na oficina. O serial killer de criminosos usou esses dias para investigar os principais pontos de atividades criminosa da cidade, e achou vários lugares. Ele saiu do local e foi no quarto de Pendrive. — Me dê uma chuva de boas notícias essa semana por favor. — disse Makárius sorrindo. — Vejo que acordou feliz né. Tenho notícias boas sim. Ontem invadir o sistema da polícia e peguei uma lista gigante de suspeitos que estão foragidos. — respondeu Marcus tomando um gole de café. — Excelente notícia brother. Mas acordar feliz não é uma palavra que combina muito comigo. — murmurou Dárius olhando para a televisão na parede. — Ninguém se cura machucando o outro. O que você acha de ir a um terapeuta? — perguntou ironicamente Pendrive colocando a xícara de café em cima da mesinha. — Viver não é esperar a tempestade passar. É aprender a dançar na chuva. No meu caso em específico, prefiro andar no coração de um furacão. Está é a minha vida faz dez anos. — disse SEIYKER com uma expressão de raiva no rosto. — Acho que nossas atitudes revelam o que tem no nosso coração. E as suas atitudes revelam muita vingança e ódio. Será que estou errado? — indagou Parcus. — Ficar calado às vezes é terapêutico brother. Mas você está certo sobre o ódio e a vingança. Para sobreviver nesta sociedade de perversidade, tenho que partir para a crueldade para fazer a verdadeira justiça. Agora eu tenho que sair para buscar a motocicleta, na volta você me passa os nomes dos meliantes foragidos. — disse o vigilante vingador já se levantando do sofá. — Perfeito então. Mas você está feliz de algum jeito, afinal ficou falando usando a chuva como metáfora. — comentou o hacker. Makárius zero respondeu e fechou a porta do quarto. Entrou no elevador e desceu. Passou pela recepção sem ser incomodado e já na rua , olhou em volta antes de entrou no veículo de aplicativo que havia chamado alguns minutos anteriormente. Algum tempo depois chegou no endereço da oficina de customização. Pagou a corrida e deixou a gorjeta para o motorista que muito satisfeito. Ele saltou do automóvel , e adentrou no estabelecimento. E ficou lá dentro por dez minutos, nos quais verificou se tudo estava do jeito que queria. Logo escolheu um capacete vendido no próprio lugar e fez o pagamento. Dárius montou na Ducati Panigale S 1299 V4 R que agora era da cor preta fosca assim como as rodas. O próximo endereço que o caçador de bandidos foi uma loja de armas Beretta & Antique Firearms. O ex militar entrou no local e perguntou se suas encomendas haviam chegados. Munição de pistola e várias granadas táticas. O vendedor confirmou que já estava disponível. Isso o deixou extremamente satisfeito. Pagou pelos produtos, mas disse que voltaria para pegar, porque tinha um compromisso antes. Regressou para a rua Yaslen Clement pouco tempo ulteriormente. Deixou a esportiva italiana estacionada em frente ao hotel e se encaminhou para o Citroen C4 Cactus. Pegou as chaves do bolso do casaco e entrou. Quinze minutos de trânsito posteriormente chegou na loja de armamentos e apetrechos. Abriu o bagageiro e depositou uma grande bolsa de nylon lá dentro. Antes de ir embora, SEIYKER encomendou mais granadas e um fuzil de precisão de grosso calibre. A verdade era que a Beretta & Antique Firearms conseguia armas que não poderiam ser comercializadas para civis. Bairro New Wyoming , Zona leste. Makárius alugou um grande galpão que serviria como sua base de operações , no município escocês. O Citroen entrou lá dentro e estacionou bem no centro do lugar. Eram um ambiente grande o suficiente para , o ex - militar trabalhar sem ser incomodado. A vizinhança era de fábricas alimentícias. SEIYKER removeu a sacola com as granadas e munição do porta malas. Ele já tinha comprado alguns móveis para colocar no armazém, que eram uma cama de casal, uma mesa e quatro cadeiras, uma escrivaninha de escritório, com uma poltrona de couro de pernas de madeira. Também existia um contêiner onde guardou seu equipamento bélico. Seu uniforme tático e a espada medieval de poderes cósmicos / místicos achava-se em seu interior. Logo se sentou na poltrona e ligou o smartphone para ver as notícias policiais de Kallindonn City. Dárius Makárius era procurado por muita gente nos Estados Unidos, o governo e as facções criminosas o queriam morto. Ele tinha total consciência das consequências das suas ações violentas para cumprir a sua justiça pessoal , ele era o juiz, o juri é o executor. Porque acreditava piamente que estava fazendo a coisa certa e não existia o mínimo arrependimento de nada que do fez. Após fechar o contêiner entrou no carro e deu a ré. Dárius deixou o veículo ligado para trancar o galpão , pouco depois estava dirigindo rumo ao hotel. Bairro Binskyns , Zona norte. O Citroen parou no outro lado da rua. Makárius colocou os óculos mágicos que transformou a aparência do seu rosto. Francis Constantine desembarcou e atravessou a via pública. Entrou no hotel e foi diretamente para o elevador. Instantes posteriormente bateu na porta de Pendrive. — Agora eu estou preparado para voltar ao trabalho. Já ajeitei as coisas no galpão. A moto está pronta também. Mesmo que investiguem a origem da Ducati não vão chegar até mim. Bom você já pode me enviar os nomes dos meliantes foragidos do sistema judiciário . — disse SEIYKER deixando as chaves do Citroen em cima da mesinha. — Já enviei faz uns cinco minutos. O que você pensa em fazer? — perguntou Marcus num tom de voz suave. — Vou cumprir o meu dever e acabar com esses desgrenhados. Nós vamos ficar um tempo se nos falar. A próxima grande notícia que você vai vê na TV e na internet será a minha prisão. — murmurou ex - soldado. — Você enlouqueceu? Ou será que se arrependeu de todos os crimes que já cometeu até hoje? — perguntou o hacker com os olhos arregalados de surpresa. — Eu não estou louco. Só vou ser colocado num lugar cheio de criminosos. Eles são os meus objetivos e sei que vão tentar me m***r na penitenciária, e também sei que até a polícia quer a minha morte. Assim que resolver a situação dos foragidos, vou me entregar para as autoridades. Eles ainda não sabem dos meus poderes por completo. — disse Dárius ironicamente. — Hum espere um pouco aí. Então esse é o seu plano? Quer se mostrar para todo mundo? — perguntou Parcus. — Exatamente isso. É um plano simples e objetivo na verdade. As pessoas acreditam que sou um psicopata assassino ou um sociopata, mas eu não tenho total noção que meus atos são na verdade crimes. Tanto é verdade que eu confessei tudo no meu julgamento e em nenhum momento aleguei inocência. E ainda tem mais, que em circunstâncias normais já estaria morto a muito tempo. Só estou vivo por pura sorte. — disse Makárius tirando as luvas e as guardando no bolso da calça. — Alex Evans é o nome da sorte. Não sei porque esse cara abriu mão de um poder desse, mas enfim ele te escolheu por algum motivo. — comentou Pendrive. — Bom esse papinho já durou muito. Vou voltar para o quarto e vou ficar as próximas vinte e quatro horas lá em silêncio. Somente a minha playlist do nirvana que vai quebrar a monotonia. Sempre que escuto essas músicas tenho uma satisfação momentânea, contudo muito espontânea. — disse Dárius já andando em direção a porta. — Entendi. Mas você ainda é uma pessoa muito complexa de compreender e nem eu sei porque sou seu amigo até hoje. Você acredita que ficar tanto tempo em silêncio é uma coisa boa? — perguntou Marcus desligando a televisão. — Uma coisa eu te garanto, o silêncio nunca irá te trair. Portanto faça dele seu aliado. — respondeu SEIYKER girando a maçaneta e abrindo a porta. O ex-militar entrou no seu quarto e deixou o casaco numa cadeira. Na sequência tomou um banho e se deitou. Verificou as horas e a temperatura ambiente que era de 13°C. Na sequência ligou o aplicativo de música e clicou na playlist do álbum Rarities da banda Nirvana. Na manhã seguinte. Dárius se arrumou e pegou o seu capacete e desceu para a recepção. Amber Ferkin já achava-se no balcão. O ex-militar foi até ela e fez o pagamento por mais três meses de hospedagem no hotel. — Hum pelo jeito você tem muita grana. Por que não se hospeda em estabelecimento mais sofisticado? — perguntou a mulher contando as notas de libras Esterlinas. — Porque eu gosto da discrição deste lugar. É simples assim, ninguém faz perguntas e só cuida da sua vida. É desse jeito que me sinto tranquilo. E esta é a mesma opinião do meu amigo. — Perfeito então. Bom dia senhor Constantine. Makárius se afastou calmamente e foi para fora do hotel. Fazia 10°C quando o vento gelado soprava forte no seu rosto. Poucos pedestres e carros circulavam na rua. Ele montou na motocicleta italiana , partiu para a sua base de operações. Bairro New Wyoming , Zona leste. Makárius escolheu a placa certa para colocar na moto. Ele havia furtado as identificações veiculares nas semanas anteriores e o objetivo era trocar a placa depois de cada ação ostensiva. O ex-oficial vestiu o uniforme tático totalmente n***o , que tinha um colete com compartimentos onde colocava as granadas e os carregadores de pistola. Na cintura tinha um cinto muito resistente onde prendeu o coldre da Glock .40 e no lado esquerdo achava-se a bainha da "Caçadora de Pecados" . Ele se sentou na poltrona para calçar as combat boots black e pôs as luvas. Logo ficou de pé e foi para a Ducati e instalou a placa, em seguida montou nela. Então ativou os seus poderes cósmicos/ místicos e desapareceu engolido pela escuridão. Nas duas semanas seguintes várias pessoas procuradas pela justiça apareceram mortas. Todas faleceram com o mesmo padrão. Perda integral de sangue, de modo quê não havia absolutamente nenhum vestígio desse líquido vital em seus organismos.Não existia nenhum tipo de ferimento nas vítimas o que dificultou bastante a descoberta da causa do óbito com a autópsia. Os médicos legistas foram surpreendidos com o fato de não existir nenhum sinal de sangue nos cadáveres e só restou ossos e tecidos. Para a polícia de Kallindonn City o caso tinha relação com o serial killer Dárius Makárius conhecido como SEIYKER. Todos os indivíduos foram assassinados durante a madrugada enquanto encontravam-se dormindo , porém não existia evidências que pudessem incriminar o vigilante urbano. As câmeras de monitoramento da região onde moravam cada vítima não filmaram nada, porque uma interferência eletromagnética prejudicou o funcionamento adequado dos equipamentos. A imprensa e as famílias dos criminosos assassinados cobravam uma resposta das autoridades, o que era muito difícil acontecer, uma vez era praticamente impossível prender ou m***r o serial killer sobrenatural. Uma parte da população concordava com as atividades ilícitas de Makárius que ganhou vários apelidos nas redes sociais e nos canais de TV. Dárius Makárius pagou a corrida do táxi que estacionou em frente ao prédio do 13° distrito policial. Usando óculos escuros para esconder os olhos coloridos, ele desceu do carro e entrou na edificação. Foi até o balcão de recepção e se entregou ao dizer o seu nome e tirar os óculos. Imediatamente foi algemado e levado para a sala de interrogação. A movimentação no local aumentou bastante a partir daquele momento. O bandido foi colocado sentado numa cadeira de frente para uma mesa e estava algemado nas mãos e nos pés , existia uma câmera para filmar o interrogatório. No lado de fora do cômodo Sarah Pickwood foi escolhida pelo tenente Winston Norton para conduzir a oitiva do suspeito. Um relatório foi entregue a moça com algumas informações sobre a vida do meliante. Dárius Makárius era um ex- oficial do exército dos Estados Unidos, com missões nas guerras do Afeganistão e Iraque. Em determinado ponto ele abandonou o serviço militar norte americano e se alistou na Legião Estrangeira que é uma divisão independente das forças armadas da França. Após alguns anos de incumbências secretas , Dárius se desligou da corporação e regressou para os Estados Unidos. Foi morar em Detroit com a esposa Danielle Makárius e os três filhos , Sofia, Samantha e Jonathan. A máfia tinha negócios na cidade naquele época e em especial na rua onde o ex- oficial morava e isso o levou a denunciar as atividades ilegais que aconteciam lá. Contudo Homer Sirkir que era um policial corrupto, informou aos mafiosos sobre a denuncia. E foi dado uma ordem de execução para Makárius e sua família como queima de arquivo. Em fim de tarde , três homens dentro de um Chevrolet Suburban foram até o endereço dele e invadiram a casa e abriram fogo contra a família ,entretanto o ex- soldado não estava na residência. Ele apareceu alguns minutos ulteriormente e trocou tiros com os matadores da Cosa Nostra Americana. Os assassinos fugiram e Dárius foi baleado no ombro esquerdo. No hospital ele descreveu as características do carro dos bandidos. A morte da mulher e filhos o afetou profundamente e foi sedado após um colapso nervoso. Após dois meses sem novidades por parte da polícia, o ex-militar decidiu usar as suas habilidades de perito em armas de fogo, exímio atirador, especialista em infiltração e demolição, táticas de guerrilha e mestre em combate corpo a corpo / artes marciais para fazer justiça com as próprias mãos. Suas primeiras vítimas foram Alberigo Zola, Mauro Casighi e Ciro Dia Matteo os assassinos seus familiares e também Homer Sirkir fuzilado com mais de cem tiros dentro da própria casa. Em jornada de vingança e ódio, Dárius massacrou os membros da Cosa Nostra de Detroit até chegar no chefão Paolo Pallábria que foi brutalmente assassinado com vários tiros de espingarda calibre 12. Depois de vingar os seus entes queridos, e pegando o dinheiro dos gângsteres para si, Makárius se dedicou ao combate ao crime. Neste período teve a ajuda de um hacker , conhecido como Pendrive. Esse parceiro era responsável por comprar armamentos, fazer transferências bancárias na internet, investigação de alvos e invasão de sistema de segurança. Após dois anos de atividades ilegais e várias vítimas de homicídio no currículo, o vigilante vingador se entregou a polícia. As informações terminavam neste ponto. O que se sabia sobre o serial killer de criminosos eram boatos que circulam nas redes sociais até os dias atuais. A detetive Sarah entrou na sala de interrogação. E SEIYKER a olhava fixamente para o vidro especial , que não permitia que quem estivesse lá dentro visse quem estava lá fora. A mulher se sentou na cadeira e pôs a pasta de capa de papel pardo sobre a mesa , neste momento , Dárius virou o rosto para encará-la. — Particularmente eu não tinha esperança que um dia veria você aqui. Por que decidiu se entregar? — perguntou a investigadora. — Tinha um objetivo ao fazer isso. E isso vai acontecer naturalmente. A policial abriu a pasta e folheou as páginas e leu uma coisa rapidamente e a fechou na sequência. — Vou direto ao assunto aqui. Você é o responsável por todos aqueles homicídios, incluindo os mais recentes? — Eu sou sim. Matei cada um daqueles humanos desprezíveis.— disse o ex-oficial do exército americano. — Por que? Existe um motivo minimamente plausível? — Para proteger uma sociedade infectada pela violência é necessário ser violento. Esses indivíduos eram criminosos e eu fiz o meu dever de purificação e os eliminei do convívio social, salvando vidas inocentes. Entre sofrer a família de uma pessoa boa e a família de um desgraçado de bandido é melhor que sofra a família do fora da lei. — respondeu Dárius com a voz tranquila. — Então a sua família deve sofrer muito por causa das suas atitudes absurdas. Eu acredito que não deve ser fácil a situação deles. — contrapôs Pickwood. A expressão no rosto de Makárius não mudou. — Sim eles sofreram e ainda estão sofrendo. Infelizmente não posso mudar o passado. Você acreditou que eu perderia o controle ao me provocar falando da minha família. Eu não sou o que as pessoas pensam, não sou psicopata ou sociopata. Tudo que fiz e estou fazendo é totalmente consciente. Sei que sou um contraventor, mas eu não desistir de fazer a minha justiça imparcial e sem a influência da corrupção ou falhas de leis frágeis. Não importa quem seja a pessoa , se for um bandido eu fazer o meu dever de limpar um pouco este mundo. — disse SEIYKER colocando as mãos algemadas em cima da mesa. — Então na sua opinião. O único jeito de salvar pessoas é m***r pessoas? Você não sente nada ao assassinar alguém? — indagou a detetive. — Eu fiz justiça para minha família. Mandaram m***r eles só porque eu fiz o meu dever de denunciar o crime organizado. Eu sobrevivi por sorte. A corrupção policial foi culpada pela minha trágica vida homicida. Então eu sinto muita coisa quando faço o meu serviço. Sinto raiva, ódio, frustração é principalmente tristeza. Cada bandido vagabundo que existe me lembra que foi um deles que jogou no inferno diário que estou vivendo atualmente. Matei muito e não me arrependo de nada. Eles tinham que morrer. Os inimigos poderiam ter me matado naqueles dois anos , mas não conseguiram e agora é tarde demais para tentar. — Então você afirma que nunca matou uma pessoa que não precisasse ser morta? Todos os seus mortos eram criminosos? — perguntou Sarah. — Todos eram. As evidências provam o que estou falando. O sistema da corrupção da sociedade é o meu adversário íntimo. — Onde estão as suas armas? — perguntou Pickwood. — Eu não tenho nada a declarar sobre esse assunto. — murmurou o serial killer em voz muito baixa. Então a investigadora voltou a provocação ao suspeito. — Você acredita que a sua mãe teria orgulho da pessoa que você se transformou? — Eu não tenho orgulho das minhas obrigações de defensor da verdadeira justiça. E logicamente ela não teria orgulho não, mas eu entendo as consequências das minhas atitudes execráveis. — SEIYKER olhou novamente para o vidro espacial. — Está bom. Se você diz fazer uma justiça imparcial, isso significa que se a sua mãe fosse uma criminosa , você a mataria também? O vigilante clandestino hesitou antes de responder. Sabia que aquilo era um teste para a sua moralidade dúbia. — Eu não misturo o pessoal com o profissional. Se a minha mãe for uma criminosa não pode existir piedade no caso dela. — disse o ex-militar americano olhava para baixo. Foi neste momento que Sarah Pickwood teve certeza , que aquele homem acredita totalmente na justiça que inventou para justificar suas atividades ilegais. — Possessão demoníaca. Circulam nas redes sociais que você está possuído por um demônio. Dizem que você fez um pacto com uma entidade sobrenatural. É verdade algumas dessas teorias? — perguntou Sarah num tom de voz ríspido. — Não existe nada a ver com demônios ou criaturas sobrenaturais, e ninguém pode provar que tenho algumas habilidades incomuns. É isso que irei falar sobre isso. — Acho que já estou satisfeita com as suas respostas. — disse a policial. — Esse depoimento está sendo gravado e filmado? — indagou o homicida. — Sim. Áudio e vídeo, esse é o novo protocolo judicial. A nossa conversa está sendo gravada ao vivo. — Muito obrigado pela informação detetive Pickwood. Vejo que você é das poucas pessoas que não são corruptas neste distrito. A moça foi surpreendida com essa resposta. Houve uma longa pausa até que ela voltou a oitiva. — O senhor será conduzido para o instituto csi. Onde passará por exames médicos e na sequência será levado para a Penitenciária de Kallindonn City, a qual vai aguardar a definição da sua situação. — É qual é a minha situação? — perguntou o serial killer. — O governo dos Estados Unidos quer a sua extradição. Essa situação será definida em breve , afinal você cometeu vários crimes aqui no território escocês. — Todos os meus inimigos juntos contra mim. As forças de segurança e o mundo do crime. Os opostos se atraem para tentar obter a minha destruição. — murmurou o matador em série levando as mãos ao rosto. O interrogatório se encerrou naquele instante. A policial saiu da sala. A notícia da prisão de SEIYKER se espalhou na velocidade da luz pelo mundo inteiro, com grande repercussão. Os principais canais de televisão, enviaram seus repórteres para Kallindonn City. A fala de Dárius sobre os policiais corruptos gerou desconforto no ambiente de trabalho , porque era a verdade da realidade. A conjuntura daquele município escocês era mais complexo de se entender. Algumas horas depois, Makárius foi colocado no camburão da radiopatrulha e foi transferido outro lugar para realizar os exames médicos periciais. Instituto de ciência e investigação criminal. Centro da cidade. Na sede do ISCI ( Institute of science and criminal investigation). O facínora fantasma passou alguns procedimentos de Check Up. Fazendo os exames de hemograma, glicemia, colesterol e triglicérideos , uréia e creatina, TGO(AST) e TGP( ALT) que quantifica as enzimas TGO e TGP e avalia o funcionamento do fígado, teste de urina, TSH e T4 Livre que analisa o funcionamento da glândula tireóide, ácido úrico que quantifica as dosagens dessa substância nas articulações dos rins, eletrocardiograma, teste ergométrico e por último o ecocardiograma. O suspeito de vários homicídios só deixou o prédio dois dias após a conclusão das avaliações médicas legais. Dárius Makárius não disse nenhuma palavra durante o período que esteve lá e não apresentou resistência para fazer os exames e só apresentou um sorriso sardônico o tempo inteiro. O Ford Interceptor estacionou em frente ao ISCI , o vigilante clandestino entrou no banco de trás e suas mãos foram lacradas com algemas reforçadas. Uma multidão de curiosos e jornalistas achavam-se na região para registrar o momento. De dentro do carro , o homem só via os flashes das câmeras e dos smartphones. Logo ativou a Visão Sobrenatural e visualizou a outra face da realidade. A única certeza que existia para SEIYKER era que não havia uma pessoa 100% voltada para fazer o bem no mundo, contudo havia muita gente boa que ajuda as pessoas fazendo coisas que , ele sendo matador de bandidos jamais poderia fazer. Dárius Makárius sabia muito bem das terríveis consequências de suas ações ilegais causavam para algumas pessoas , só que mesmo gerando muito sofrimento para certos indivíduos não iria desistir de jeito nenhum da sua jornada para exterminar os diversos núcleos do crime.
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