Capítulo 2

1786 Words
  Desde que completei 13 anos, decidi que meus cabelos seria curtos por ser mais fácil de arrumar estando em orfanato, mas como era muitas garotas e meu sangue é considerado doce, eu pegava piolho muito fácil, então cheguei a conclusão que teria que usar química para resolver este problema. Então passei a ter cabelos curtos repicados e pintados de preto azulado, mas me olhando no espelho fez parecer que voltei a cinco anos atrás referente a minha aparência.   O meu eu natural que me olha através do espelho, não é mais a garota com ar de rebelde, brigada com a vida, e com todos. Esse eu no espelho, transmite um ar de inocente, uma garota delicada, que nuca passou por dificuldades na vida. Não que eu tenha passado dificuldades, muitas vidas é pior que a minha, mais quero dizer que a minha vida, não é só rosas e flores. Ninguém é feliz, sabendo que foi abandonado, assim que nasceu, e as únicas coisas deixada para trás com você, é uma coberta com seu nome, e um cartão de banco.   Por conta do corte meu cabelo era sempre liso, mas agora ele esta longo com suas pontas onduladas batendo na minha cintura, e agora não tem rastros de qualquer coloração, o ruivo natural esta mostrando sua presença bem chamativa por cima da camisola branca, as olheiras de varias noites m*l dormida, não estão mais lá, as espinhas mostrando que estou passando da fase adolescente, simplesmente sumiu, levando junto as marcas de espinhas estouradas. E agora, minha pele parece de porcelana, e a última quer que a vi assim, eu tinha 11 anos e estava prestes a entra nos mundo misterioso dos adolescentes.   - Lady Emma, se acalma por favor! - A mulher pediu, ficando desesperada também, ao ver minha cara mais pálida que o normal.   - Ficar calma, o que esta acontecendo aqui? Quem é você?- Fiz uma pergunta atrás da outra, e me afastando da mulher.   - O que esta acontecendo aqui?- Pergunto um homem de olhos azuis, e cabelos castanhos claro.   - Eu não sei Duque Downing. - A mulher o respondeu, rapidamente.- A lady Emma, acordou assim.    "Duque Downing", já ouvi isso de algum lugar.   - Emma, sou e, Brian.- Um homem mais jovem que o primeiro, porém muito parecido com ele, veio até mim, e colocou sua mão em meu rosto.- Patrick, vá atrás do medico, nossa irmã deve ter pegado alguma enfermidade, durante a nossa viagem para cá.   Downing, Brian e Patrick? Esses são os nomes do livro que estava lendo. Isso não pode estar acontecendo, o que eu estou pensando, isso é impossível, mas por via das duvidas, vamos fazer um teste.   -Sarah? - Fechei meus olhos e coloquei uma mão na testa, como se tive passando muito m*l.   - Querida, a mamãe está aqui.- Uma voz graciosa feminina falo, e logo senti uma mão na minha bochecha.   - Eu não posso estar vivendo dentro de um livro.- Sussurrei antes de apagar. (...)   Senti uma mão segurando meu pulso, e logo em seguida meu olho direito sendo aberto com um dedo, e sem pensa duas vezes, ditei a mão de perto do meu rosto.   Minha vontade era de acorda e dar uma segunda surtada, mas mudei de ideia ao lembra que estou em 1801, e qualquer coisa já é motivo de fofoca, não que em 2022 seja diferente, mas aqui as criticas afeta toda a família, e eu tenho uma reputação pra zelar, mesmo não sendo a minha reputação.   - O que aconteceu? - Perguntei me fazendo de sonsa.   - Você não lembra de nada?- Sarah me pergunto, se sentando do outro lado da cama.   Ela é exatamente como imaginei, ao ler o livro. Seu cabelo ondulado, na altura dos ombros, com a sua tonalidade de um loiro escuro, seu rosto fino na medida certa, e o nariz de dar inveja, em muitos famosos que vive fazendo cirurgia plástica. Mais ao olhar melhor em seus olhos, encontrei uma mudança, no livro, seus olhos são azuis bem claros, mais agora, a olhando pessoalmente, seus olhos são verdes escuros, igual aos meus.    - Me lembro, de ter ficado ontem até tarde lendo, depois que chegamos.- Respondi calma, e com a delicadeza que não tenho.   Não tive outra escolha, a não ser mentir.   - Está explicado o que aconteceu.- O medico falo, fechando sua maleta.- Exaustão.   - Deve ser isso, me sinto um pouco cansada.- Fiz um leve drama.   - Irei o acompanhar até a saída, Doutor Antônio.- Richard ou Duque como preferir, falou com o medico.- Vamos conversar mocinha.    Richard Downing, ele segue como a copia fiel ao livro, seus cabelos curtos em um tom preto, quase azul, e seus olhos azuis claros. A família Downing, é sempre descrita no livro, como a família perfeita, seja em afeto, dinheiro, ou beleza.   - Vai dormi mais um pouco querida?- Sarah pergunto, passando a mão no meu cabelo.   - Não, irei tomar banho.- Sorri.   - Pedirei para esquentarem a água.- Ela se levanto, e foi até a porta.- Me chama se precisa de alguma coisa.   Assim que ela saiu, senti que no meu rosto está estampado um sorri, e sei que é porque essa é a primeira vez que sinto um carinho materno direcionado pra mim.   - Acorda Emma, você não pode se prender a essa família.- Andei até o espelho e me olhei no reflexo. - Essa vida não é sua.   - Falando sozinha?- A mulher que me acordo de manhã apareceu na porta.   - Não Lili, só estava pensando alto.- Sim, de tanto ler o livro, eu sei quem é ela.   Lili é a Dama de companhia, em toda a jornada da personagem no livro, Lili sempre esta lá para a ajudar ou a acompanhar. Lili é somente dois anos mais velha, mas a personagem e ela são melhores amigas, e a família Downing, não vê problema nisso.   - Você não sabe o quanto fiquei preocupada.- Ela me abraça, apertadamente, e com carinho .- Quantas vezes seus pais já não te falaram, para não fica até tarde lendo.   - Muitas vezes.- Por fora respondi isso, mas por dentro a resposta foi "nunca".   - Vou arrumar sua roupa.- Ela ando até a porta ao lado da penteadeira, e a abre.- Depois do café iremos até a modista.   - Por que iremos até lá?- Perguntei sentando, no banco da penteadeira.   - É sua apresentação a sociedade. - Ela respondeu, como se fosse obvio. - Vai precisar de vestidos novos.   -Esqueci que estamos na busca do marido perfeito.- Comentei contra gosto.   - Sim, você é jovem, e já está na hora de achar um marido.- Ela apareceu na porta com dois vestido.- Vermelho ou azul?   - Azul. - Respondi sem olhar.   Me esqueci que nesta época o mundo e mais machista que no século vinte um. Mulheres que deveria estar vivendo o auge da suas vidas, passando de meninas para mulheres ,e ao invés de aproveita, tem que estar atrás de um homem para não se tornar uma solteirona e ser ridicularizada pela sociedade. (...)   De banho tomado e vestida como uma Lady, usando um vestido azul comprido rendado no b***o e com uma fita azul em baixo dos seis, manga curta, uma gargantilha de pano azul ao redor do meu pescoço e luvas azuis que vai até o cotovelo. Meu longo cabelo está pesando no topo da minha cabeça em um oque com mechas desfiadas. Quando perguntei para Lili porquê não podia deixar eles soltos e livres, ela me respondeu dizendo que não é adequado uma mulher deixa seus cabelos soltos, na presença de outras pessoas que não seja meu marido.   Durante o café da manhã, "minha" família me deu um sermão por ter dormido tarde e ter esgotado toda minha energia. Achei melhor deixa eles pensando isso, seria estranho dizer que sou do mundo real e eles são personagens de um livro que eu estava lendo, a possibilidade de ser taxada como louca, seria de cem por cento.   - O que acha de roxo?- Sarah pergunto segurando um tecido.- Ira ficar lindo para o seu primeiro baile.   - Não gosto de roxo.- Falei em quanto a modista tirava minhas medidas.   - Desde quando?- A modista pergunto.- A última vez que nos encontramos, roxo era sua cor preferida.   Assim como a modista Célia, Sarah também esta esperando uma resposta, e foi ai que percebi que cometi um erro. A personagem do livro gosta de roxo, e seu vestido do primeiro baile, era roxo.   - Estou tentando ser mais elegante com as cores.- Dei a resposta mais machista e cabível nesta época.- Quero agradar meu futuro marido, mostra que ele está casando com a mulher perfeita para ele. Estava pensando em usa um vestido, cor creme neste primeiro baile.    - Está certa, a primeira impressão é a que fica, mas não mude quem você é por alguém.- Sarah respondeu indo até os tecidos da cor creme.   - Não irei.- Falei sorrindo.   - Medidas tiradas.- Célia falo tirando a fita da minha cintura.   - Poderia tirar minhas medidas também, vou precisa de vestidos novos.- Sarah falou subindo no pequeno altar em que eu estava.    - Mãe, em quanto tira suas medidas, irei dar uma andada na rua com a Lili.- Avisei.   - Claro, mas não demore. - Pediu.- Assim que terminar aqui, iremos para casa.   - Sim senhora.- Respondi saindo e sendo acompanhada pela Lili.   - As ruas não mudou nada, andamos aqui com sua irmã antes de conhecer o marido.- Lili falo olhando tudo ao redor.   - Continua da mesma forma que me lembro.- Menti.   - Acho melhor irmos para o outro lado da rua.- Lili falou.   - Por que?- Perguntei confusa.   - Não podemos passar na porta da bruxa, ela pode nós trazer azar. - Ela aponto para uma porta que tem uma placa escrito Vidente Eve.    - Olha! - Sabrina pegou em meu braço, me tirando de meus pensamentos.   - Uma vidente?- Perguntei olhando para onde ela apontava.    - Uma vidente de graça.- Ela me puxou até a porta de entrada. - Vamos descobrir o que o futuro nós espera.    Antes que pudéssemos abrir a porta, ela foi aberta por dentro e uma mulher aparentando estar aos seus 50 anos apareceu em nossas vistas.    - Estava esperando por você.- Ela fez um gesto para nós entra.- Sou a vidente Eve.   - Eu tenho que ir lá.- Dei uma passo decidida.    - Não pode.- Lili me parou. - Tem muita gente na rua, eles iram comentar.   - Hoje a noite, quando Patrick for pro o clube dos homens e Brian for visitar sua amante, iremos vir aqui.- Não deixei ela responde, dei meia volta e segui caminho até a loja da modista.
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