Vicky: Uma memória inesquecível

1171 Words
O lugar emanava uma atmosfera acolhedora, e o cheiro de comida caseira pairava no ar. Um grupo de moradores se reunia em uma praça central, rindo e compartilhando histórias. — Parece que há uma celebração acontecendo — comento, animada. — Vamos nos juntar a eles — sugere YaoWei, seu entusiasmo contagiante. Ao chegarmos, somos recebidos com sorrisos e calorosos cumprimentos. Um homem idoso, com uma barba longa e branca, nos apresenta a vila. — Sejam bem-vindos, viajantes! Hoje celebramos o Festival da Colheita. Juntem-se a nós e compartilhem suas histórias! A festa começa, e rapidamente nos sentimos à vontade. A música alegre enche o ar, e as pessoas dançam ao nosso redor. YaoWei e eu nos entreolhamos, ambos impressionados com a alegria do momento. Enquanto dançamos e rimos, noto como a proximidade entre nós se intensifica. Ele me observa com um brilho nos olhos, e, por um instante, sinto que o mundo ao nosso redor desaparece. — Vicky, você é incrível — ele diz, sua voz suave. — Obrigada, YaoWei. Você também é — respondo, um pouco envergonhada. Conforme a festa avança, o clima muda, e a música se torna mais lenta. A luz da fogueira cria uma atmosfera mágica, e um silêncio confortável se instala entre nós. — Eu... preciso te contar uma coisa — YaoWei diz, sua expressão séria. — Sinto algo por você, algo que não consigo ignorar. Meu coração dispara, e um misto de alegria e confusão surge. — YaoWei, isso é... loucura. Nós somos de mundos diferentes. Ele se aproxima um pouco mais, determinado. — Eu não me importo. O que sinto é real, e não posso deixar passar. Antes que eu possa responder, ele inclina a cabeça e me beija suavemente. O mundo ao nosso redor desaparece, e o toque dos nossos lábios é intenso e cheio de emoção. Surpresa, começo a retribuir o beijo, sentindo uma onda de calor percorrer meu corpo. Por um momento, tudo faz sentido, como se a conexão entre nós transcendesse as barreiras dos nossos mundos. Quando nos separamos, estou sem palavras. YaoWei me olha com esperança, e percebo que a intensidade do que vivemos não pode ser ignorada. — O que foi isso? — pergunto, ainda atordoada. — Foi um começo — ele responde, seu olhar firme. — Não podemos controlar onde viemos, mas podemos escolher o que sentimos. A festa continua ao nosso redor, mas a conversa entre nós se torna um refúgio em meio ao caos. Apesar da confusão em minha mente, a certeza de que existe algo especial entre nós se solidifica. — Talvez você esteja certo — digo, hesitante. — Mas e se isso acabar machucando a gente? — Prefiro arriscar e sentir do que viver com arrependimentos — ele responde, a sinceridade em seus olhos me toca profundamente. A música se transforma novamente, e a festa se torna um espaço de celebração e liberdade. Ao olharmos para os moradores dançando e as luzes brilhantes, percebo que, independentemente dos desafios que virão, este momento sempre será nosso. Com um sorriso, pego a mão de YaoWei, e juntos nos perdemos na festa, prontos para enfrentar o que o futuro nos reserva. A conexão que construímos essa noite se torna a base para tudo o que está por vir, e, por um instante, nada mais importa além do que sentimos um pelo outro. A noite continua vibrante, e a música envolve a todos como um abraço caloroso. YaoWei e eu dançamos juntos, perdidos no ritmo e na energia contagiante da festa. O brilho nas estrelas acima parece refletir a conexão crescente entre nós. Enquanto dançamos, ele sussurra: — Vamos fazer desta noite uma memória inesquecível. Concordo, sentindo uma onda de felicidade. É como se a festa e o nosso sentimento criassem uma bolha que nos isolava do mundo lá fora. Conforme a celebração avança, as pessoas começam a se reunir em volta da fogueira, compartilhando histórias e risadas. Um grupo começa a cantar canções tradicionais, e logo somos puxados para nos juntar a eles. YaoWei canta junto, sua voz harmonizando-se à melodia, e eu não consigo deixar de sorrir ao vê-lo tão à vontade. Depois de um tempo, encontramos um espaço mais calmo à beira da praça, longe do barulho da festa. A luz suave da fogueira ilumina seu rosto, e, em um momento de introspecção, ele fala: — Vicky, você sabe que isso é especial, não sabe? — Sim, sinto isso também — respondo, olhando nos olhos dele. — Mas é tão inesperado. — Às vezes, as melhores coisas acontecem quando menos esperamos. A profundidade de suas palavras ressoa em mim. Sinto que essa conexão não é apenas um capricho, mas algo que pode realmente florescer. Ele segura minha mão, e a confiança entre nós cresce. — O que você imagina para nós? — pergunto, intrigada. — Não sei exatamente, mas gostaria de descobrir. Podemos enfrentar os desafios juntos. A proposta dele me faz refletir. Sim, pode haver dificuldades, mas o que temos é algo raro. — Então vamos aproveitar o momento e deixar o futuro nos surpreender — digo, decidida. Nosso olhar se encontra novamente, e a química entre nós é inegável. A música lá atrás continua a tocar, mas agora, tudo o que importa é esse instante. Com um novo entendimento, voltamos à festa, prontos para dançar, rir e celebrar o que está por vir. Enquanto voltamos à festa, a energia vibrante nos envolve novamente. YaoWei me puxa para dançar, e, entre risadas e passos sincronizados, sinto que o mundo ao nosso redor se dissolve. A música ecoa, e a atmosfera é eletrizante. Ele se inclina para me dizer: — Vamos nos perder na dança e esquecer o resto. Concordo, permitindo que o ritmo nos guie. Nossos movimentos se tornam uma extensão um do outro, e cada giro traz um sorriso mais largo. No meio da dança, YaoWei se afasta por um momento e retorna com dois copos de uma bebida refrescante. — Um brinde a esta noite — ele sugere, seus olhos brilhando. Levantamos os copos, e eu digo: — A momentos inesperados. Brindamos, e, enquanto a música toca, ele segura minha mão novamente. O calor da fogueira ilumina nossos rostos, e percebo que, mesmo em meio à festa, nosso espaço é único e íntimo. Sinto que essa noite é apenas o começo de algo especial, um primeiro passo em uma jornada que estou ansiosa para explorar. À medida que a festa avança, as conversas se misturam e risadas ressoam. YaoWei me apresenta a amigos, e a conexão entre nós se fortalece. Cada nova interação traz um sorriso, e a sensação de pertencimento cresce. Finalmente, quando a noite começa a se dissipar e os primeiros sinais da manhã surgem, encontramos um lugar tranquilo novamente, longe do burburinho. A atmosfera serena é perfeita para refletirmos sobre tudo que vivemos. — O que você achou da noite? — pergunto, curiosa. — Inesquecível, exatamente como esperava — responde ele, um brilho de satisfação em seus olhos. E naquele momento, percebo que irá doer deixar esse mundo.
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